Dois dias de Brasília e muito tempo passado dentro de um prédio no setor seguradoras fizeram com que eu visse pouco da cidade. Uma das coisas, no entanto, que me emocionou mesmo foi pensar que Renato Russo vivera ali, que poderia ter passado pelos poucos lugares que eu passei. Isso realmente me emocionou. Eu gostava muito de Legião. Eu ainda gosto de Legião. Sempre gostei, há muito, muito tempo. Música para Acampamentos foi a "fita" da minha vida (fita cassete dupla!) por um bom tempo. Eu chorava ouvindo músicas como Maurício e Pais e Filhos. Cantava aos berros Há Tempos. Me revoltava e cantava Teatro dos Vampiros. Eu fui no último show do Legião em Porto Alegre (que é um dos shows da minha vida, também), um tempinho depois Renato Russo morreu. E virou lenda.
A verdade é que as letras dele têm uma proximidade com o que há de mais humano dentro de nós todos: amor, dor, tristeza pela perda da inocência. E todas as letras inteligentes demais, doídas demais, dedo na ferida demais.
Se eu posso dizer que tenho ídolos, com certeza, um deles é Renato Russo.
E vai a letra de Maurício, pra embalar o domingo. (Não sei porquê eu me emocionava tanto com essa música, na época em que a descobri nunca tinha tido um namorado, devia ter uns 12 para 13 anos de idade e chorava, chorava...)
Já não sei dizer se ainda sei sentir
O meu coração já não me pertence
Já não quer mais me obedecer
Parece agora estar tão cansado quanto eu
Até pensei que era mais por não saber
Que ainda sou capaz de acreditar
Me sinto tão só
E dizem que a solidão até que me cai bem
Às vezes faço planos
Às vezes quero ir
Pra algum país distante
Voltar a ser feliz
Já não sei dizer o que aconteceu
Se tudo que sonhei foi mesmo um
sonho meu
Se meu desejo então já se realizou
O que fazer depois
Pra onde é que eu vou?
Eu vi você voltar pra mim
Eu vi você voltar pra mim
Eu vi você voltar pra mim...
A verdade é que as letras dele têm uma proximidade com o que há de mais humano dentro de nós todos: amor, dor, tristeza pela perda da inocência. E todas as letras inteligentes demais, doídas demais, dedo na ferida demais.
Se eu posso dizer que tenho ídolos, com certeza, um deles é Renato Russo.
E vai a letra de Maurício, pra embalar o domingo. (Não sei porquê eu me emocionava tanto com essa música, na época em que a descobri nunca tinha tido um namorado, devia ter uns 12 para 13 anos de idade e chorava, chorava...)
Já não sei dizer se ainda sei sentir
O meu coração já não me pertence
Já não quer mais me obedecer
Parece agora estar tão cansado quanto eu
Até pensei que era mais por não saber
Que ainda sou capaz de acreditar
Me sinto tão só
E dizem que a solidão até que me cai bem
Às vezes faço planos
Às vezes quero ir
Pra algum país distante
Voltar a ser feliz
Já não sei dizer o que aconteceu
Se tudo que sonhei foi mesmo um
sonho meu
Se meu desejo então já se realizou
O que fazer depois
Pra onde é que eu vou?
Eu vi você voltar pra mim
Eu vi você voltar pra mim
Eu vi você voltar pra mim...
Um comentário:
Bah, Vica, eu tenho todos os CDs da Legião. Hoje escuto menos, quase nada, pra falar a verdade, mas eles me fizeram companhia durante uma fase ótima. Comecei a ouvir porque o primeiro menino com quem eu fiquei era louco por Legião. Ele era meu vizinho, então um dia eu fiz ele gravar uma "fita" pra mim e eu disse que depois ia lá na casa dele buscar. Era pura desculpinha pra ver ele mais de uma vez naquele dia, depois da aula. O triste é que ficamos, e no dia seguinte ele foi embora da cidade. Não me contou que iria embora, e eu nunca mais vi ele. Chorei por décadas (aqui vão me chamar de emo) ouvindo legião. Bom, ele foi, e o meu gosto por Legião ficou, e depois disso eu fui comprando os CDs e completando a coleção.
Adorei teu texto!
: )
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