Mostrando postagens com marcador amor. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador amor. Mostrar todas as postagens
domingo, 4 de dezembro de 2011
Carta a Daniel 23
Querido Daniel,
talvez o amor que eu busque, seja, afinal, inexistente.
Talvez os momentos felizes sirvam apenas para lembrar da tristeza que resta no fundo do pote, quando acaba o doce.
Talvez os risos todos sirvam apenas para lembrar o vazio do silêncio que nasce da ausência. A tua ausência, a ausência de todos, a ausência do meu espírito que se foi. Eu pensava que a fortaleza voltaria a habitar essa morada, mas as coisas continuam aos pedaços. Aquele furacão que levou Dorothy fez com que ela nunca voltasse a ser mesma.
Ou era tudo sonho?
Talvez porque é dezembro. Talvez porque mais um ciclo acaba. Talvez porque a fé insista em desistir.
Tu foste viver outra vida, tu nem lembras mais que eu existo. Se é que algum dia existi. Existi?
E tantas coincidências.
E foste nada, nada. Agora há aquele caderno incompleto, inacabado, como essa idéia, como a idéia de ti. Quem eras tu? O que buscava eu?
Nem sei mesmo onde estava. Estávamos.
Uma livraria no meio da avenida mais movimentada do mundo. Uma calçada com todas as pessoas do mundo.
E eu chorando. E eu gritando.
E ele me dizia: eu te amo, eu te amo, eu te amo, eu te amo, eu te amo...
Quem eras tu?
Eu sei quem ele é, e há sempre um ele, não é mesmo?
E o passado que volta como onda revolta do mar para me cuspir lixo na cara.
Onde estou? O que busco?
Talvez um amor, afinal, inexistente.
Algo que preencha um vazio impreenchível.
Um abraço do tamanho do mundo, que aplaque essa solidão infinita e gélida.
Deve ser por isso que estou sempre com frio.
Um beijo com gosto de areia salgada,
C.
quarta-feira, 15 de junho de 2011
Sim, nós nos amávamos. Onde foi parar esse amor?
AMAR.
O VERBO.
A VIDA ORIENTA-SE EM FUNÇÃO DA LINGUAGEM OU SERÁ A LINGUAGEM QUE VISA EXPRIMIR A VIDA?
ACREDITO NA PARTILHA, NA INTERAÇÃO.
ENTÃO, A VIDA IMITA A LINGUAGEM E A LINGUAGEM IMITA A VIDA.
AMAR.
A ORIENTAÇÃO.
O VERBO AVANÇA POR ENTRE CASCATAS, FLORESTAS, OU PELO EÓN E A BRUTALIDADE DAS CIDADES.
O VERBO CARREGA EM SI A PUREZA.
E AQUELE QUE O ESCREVE DEVE SENTIR A LUZ DAS COISAS PURAS, A ESSÊNCIA LÍQUIDA DO MUNDO.
AMAR.
PORQUE SE AMA NOS DIAS, NAS SEMANAS, MESES E ANOS.
PORQUE O SER FOI FEITO PARA AMAR.
E EXPRIME O AMOR NA LINGUAGEM.
EXPRIME O SEU PATHOS NO CÓDIGO INTELIGÍVEL DAS PALAVRAS.
EU PODIA VIVER NO MEIO DE FRASES.
EU PODIA VIVER NO MEIO DO MUNDO.
EU PODIA VIVER NOS TEUS LÁBIOS,
NO TEU OLHAR,
EM CADA UM DOS TEUS MOMENTOS SEM MIM.
PODIA VIVER AÍ.
PRESSINTO-TE.
PORQUE O VERBO CONJUGA-SE EM MIM E NO MUNDO QUANDO ESTÁS PRÓXIMO.
(5/5/06)
domingo, 13 de março de 2011
quinta-feira, 27 de janeiro de 2011
Brain x Heart
'All the same', said the Scarecrow, 'I shall ask for brains instead of a heart; for a fool would not know what to do with a heart if he had one'.
'I shall take the heart', returned the Tin Woodman, 'for brains do not make one happy, and happiness is the best thing in the world'.
'I shall take the heart', returned the Tin Woodman, 'for brains do not make one happy, and happiness is the best thing in the world'.
The Wizard of Oz.
sexta-feira, 21 de janeiro de 2011
terça-feira, 28 de dezembro de 2010
Always MPH
Às vezes o mundo é um lugar grande e misterioso pra mim.
Leio notícias como essa e me surpreendo não com as conclusões dos cientistas, mas com o processo.
Como eles inventaram esses exames, em primeiro lugar? Por certo que para fazer tais exames eles acabam destruindo as amostras (ver Bones: The Grave Digger).
E a NASA tira fotos do sol, e coisas assim, e eu me pergunto: como? HOW?
Por vezes me sinto muito criança: tudo parece grande demais, inalcançável e incompreensível.
Minha melhor amiga do colégio está grávida e eu fico muito surpresa, porque pra mim ela ainda tem 15 anos.
Minha melhor amiga tem uma filha de 9 anos e muitas vezes eu, que acompanhei toda gravidez, que estou vendo a menina crescer (e como cresce!), simplesmente esqueço que ela tem uma filha, há NOVE ANOS.
Eu fico chocada quando penso que minha irmã mais nova, aquela pirralha, tem 31 anos já. Sequer percebo que eu já tenho 32.
Fico chocada quando vejo o quanto minha mãe envelheceu, porque sempre que penso nela, ela tem uns 40 e poucos anos.
Fico feliz, claro, quando as pessoas dizem que eu tenho 25 anos.
Mas a verdade é que eu meio que parei no tempo, lá pelos meus 22 anos. Total síndrome de Peter Pan.
Eu saí de casa cedo, com 20 anos. Eu casei cedo, com 26 anos, e separei cedo também. Num dia cabalístico, aliás: 8/8/8.
E me identifiquei total com Comer, Rezar, Amar, porque toda aquela coisa de estar casada me sufocava, me tirava a identidade.
Mas eu fui feliz.
E foi difícil, foi muito, muito, muito difícil. Assim mesmo, triplamente difícil.
Esse post não é uma retrospectiva de 2010, porque 2010 não foi um ano. 2010 foi apenas parte de um ciclo que começou lá em 2008, e que eu espero esteja acabando de vez agora.
Em 2008 eu fui para Nova Iórque e tive um dos poucos dias felizes daquele ano. Acho que posso contar nos dedos os dias verdadeiramente felizes daquele ano.
Em 2009 eu fui para Buenos Aires, São Paulo e Paris e foi o pior ano da minha vida. Bateu 2002.
Mesmo tendo sido o ano em que conheci meu namorado.
Mesmo tendo sido o ano em que deixei outras coisas que me faziam mal para trás.
Porque a ruptura sempre é difícil, ainda que necessária.
Acho que ano passado eu não tive sequer um dia realmente feliz. Nem um único dia.
Foi um ano total das trevas, ainda que tenha, sim, vivido bons momentos, em especial na França e na ótima companhia da Ane.
Só quem estava lá, do meu lado, pode ter noção do que eu passei.
E mesmo com todas as quedas, os hematomas, os arranhões, e até uma cirurgia horrenda, eu ainda estou aqui.
Acreditando, ainda, que o amor existe, e é "natural, inexplicável e grandioso".
E 2010 só me deu algum sinal de que havia túnel, e luz ao final dele, quando reencontrei minha alma gêmea.
E quando recebi o cartão de natal mais lindo da vida, que não foi escrito, mas falado direto no meu ouvido.
E a minha meta para 2011 e pro resto da vida é amar. Mais e mais.
domingo, 12 de setembro de 2010
terça-feira, 24 de agosto de 2010
segunda-feira, 16 de agosto de 2010
sexta-feira, 25 de junho de 2010
Where he slowly let me drown
Eu era um coração pesado de se carregar. Meu amado estava sobrecarregado. Eu tinha meus braços em volta do pescoço dele, e era muito, muito pesada. Era como se ele tivesse pés de chumbo, dava passos de concreto, mas me levava. Havia um assassino na multidão, ele se arrastava pelos corredores, não fazia nenhum barulho. Eu sabia que ele estava lá. Eu estava em volta dos seus tornozelos, tal qual cimento. Deixei com que tu afundasses lentamente. Mas meu amado nunca me abandonou.
Se o amor passado não foi uma benção, esse amado que me carrega é um presente. Ainda que muitas vezes meu coração seja tão pesado que ele mal possa carregar, meus pés nunca tocam o chão.
Passamos pelos lugares escuros que havia no caminho, ele não me deixou ter medo. Havia uma cachoeira, a água fria caiu sobre nós, atravessamos. Meus pés nunca tocam o chão. Ele me leva. E não me deixa ter medo, nunca me deixou na mão.
A floresta me dava calafrios, ele me disse para não olhar. Ele enfrentou tudo que havia e eu apenas coloquei meu rosto contra o seu corpo, eu não olhei, eu não quis ver, apenas ouvi e era assustador. Mas passamos, passamos pela floresta, continuamos no caminho, eu não sei onde ele me leva, mas deixo-o me levar.
sábado, 12 de junho de 2010
Watch me burn
Ele tem raiva. Eu gosto. Eu posso compreender. Eu sei aceitar. É fácil de me identificar. E tudo vem à tona, tudo vem à tona. Eu preciso dar socos nas paredes para machucar as mãos. Eu preciso correr, eu preciso ficar em forma, eu preciso me preparar, porque terei de lutar, terei de lutar.
Eu tenho muita coragem. Eu chuto todos os baldes. Eu não sei fingir. Eu minto que era muito mais fácil sorrir, mas é isso, é apenas mentira e eu não sei mentir quanto às coisas que realmente me importam.
O sol brilha quando tem de brilhar.
I was a heavy heart to carry, my beloved was weighed down
My arms around his neck, my fingers laced to crown
I was a heavy heart to carry, my feet dragged across ground
And he took me to the river where he slowly let me drown
My arms around his neck, my fingers laced to crown
I was a heavy heart to carry, my feet dragged across ground
And he took me to the river where he slowly let me drown
segunda-feira, 26 de abril de 2010
Milhas por hora
Your heart’s on the loose
You rolled them seven’s with nothing lose
And this ain’t no place for the weary kind
You called all your shots
Shooting 8 ball at the corner truck stop
Somehow this don’t feel like home anymore
And this ain’t no place for the weary kind
And this ain’t no place to lose your mind
And this ain’t no place to fall behind
Pick up your crazy heart and give it one more try
Your body aches…
Playing your guitar and sweating out the hate
The days and the nights all feel the same
Whiskey has been a thorn in your side
and it doesn’t forget
the highway that calls for your heart inside
And this ain’t no place for the weary kind
And this ain’t no place to lose your mind
And this ain’t no place to fall behind
Pick up your crazy heart and give it one more try
Your lovers warm kiss…
It’s too damn far from your fingertips
You are the man that ruined her world
Your heart’s on the loose
You rolled them seven’s with nothing to lose
And this ain’t no place for the weary kind
You rolled them seven’s with nothing lose
And this ain’t no place for the weary kind
You called all your shots
Shooting 8 ball at the corner truck stop
Somehow this don’t feel like home anymore
And this ain’t no place for the weary kind
And this ain’t no place to lose your mind
And this ain’t no place to fall behind
Pick up your crazy heart and give it one more try
Your body aches…
Playing your guitar and sweating out the hate
The days and the nights all feel the same
Whiskey has been a thorn in your side
and it doesn’t forget
the highway that calls for your heart inside
And this ain’t no place for the weary kind
And this ain’t no place to lose your mind
And this ain’t no place to fall behind
Pick up your crazy heart and give it one more try
Your lovers warm kiss…
It’s too damn far from your fingertips
You are the man that ruined her world
Your heart’s on the loose
You rolled them seven’s with nothing to lose
And this ain’t no place for the weary kind
quinta-feira, 17 de setembro de 2009
E então toca algo que me toca...
It doesn’t matter where you’ve been – how far
It doesn’t matter how run down you are
Or if there’s nothing perfect left in your heart
No, it all means nothing, it all means nothing, it all means nothing at all, at all
I’ve told you every selfish lie I know
I’ve taken falls from dizzy heights - I’ve let go
But there is a simple truth to find below
Where it all means nothing, it all means nothing, it all means nothing at all, at all
I’m on the edge for you
Losing my head for you
I’m in the red for you
Tonigh, tonight
Until my hopes fall through
There’s nothing else I can do
I’m in the red for you
Tonight, tonight
I’m on a rescue
Love is a thousand shades of grey – and we know
There’s not a safe or certain way to go
But when we’ve seen all, uneasiness and hate, it will show
That it all means nothing, it all means nothing, it all means nothing at all, at all
I’m on the edge for you
Losing my head for you
I’m in the red for you
Tonigh, tonight
Until my hopes fall through
There’s nothing else I can do
I’m in the red for you
Tonight, tonight
Until my hopes fall through
There’s nothing else I can do I’m in the red for you
Tonight
I’m on a rescue....
It doesn’t matter how run down you are
Or if there’s nothing perfect left in your heart
No, it all means nothing, it all means nothing, it all means nothing at all, at all
I’ve told you every selfish lie I know
I’ve taken falls from dizzy heights - I’ve let go
But there is a simple truth to find below
Where it all means nothing, it all means nothing, it all means nothing at all, at all
I’m on the edge for you
Losing my head for you
I’m in the red for you
Tonigh, tonight
Until my hopes fall through
There’s nothing else I can do
I’m in the red for you
Tonight, tonight
I’m on a rescue
Love is a thousand shades of grey – and we know
There’s not a safe or certain way to go
But when we’ve seen all, uneasiness and hate, it will show
That it all means nothing, it all means nothing, it all means nothing at all, at all
I’m on the edge for you
Losing my head for you
I’m in the red for you
Tonigh, tonight
Until my hopes fall through
There’s nothing else I can do
I’m in the red for you
Tonight, tonight
Until my hopes fall through
There’s nothing else I can do I’m in the red for you
Tonight
I’m on a rescue....
domingo, 26 de julho de 2009
Música linda de tudo
She says "wake up, it's no use pretending"
I'll keep stealing, breathing her.
Birds are leaving over autumn's ending
One of us will die inside these arms
Eyes wide open, naked as we came
One will spread our ashes 'round the yard
She says "If I leave before you, darling
Don't you waste me in the ground"
I lay smiling like our sleeping children
One of us will die inside these arms
Eyes wide open, naked as we came
One will spread our ashes round the yard
I'll keep stealing, breathing her.
Birds are leaving over autumn's ending
One of us will die inside these arms
Eyes wide open, naked as we came
One will spread our ashes 'round the yard
She says "If I leave before you, darling
Don't you waste me in the ground"
I lay smiling like our sleeping children
One of us will die inside these arms
Eyes wide open, naked as we came
One will spread our ashes round the yard
sexta-feira, 24 de julho de 2009
Carta a Daniel 8

Querido Daniel,
8 é um número mágico, do infinito. E o que me pega por dentro e me mastiga e me cospe é essa falta de possibilidade de pensar no infinito. E as bobagens que tenho feito, que nem com 15 anos de idade tinha feito. Os erros que eu cometi que vêm se esfregar na minha cara e esse frio por dentro e por fora, que não termina, não termina...
Porque eu não posso mais planejar? Porque eu não posso mais querer? Porque tanto vazio, tanto vazio, tanto vazio? E frio? O calor que me faz suar é ruim. Não é um calor de verdade, é de mentira. E acho que tens razão quando dizes que tenho a aparência enfermiça de um poeta romântico. Mas agora morro de falta de amor. Pálida. Fria. Triste.
Eu queria a árvore de natal, os presentes, a comida e os abraços quentes. Sorrisos. E só vejo tristeza no fundo dos meus próprios olhos. Há momentos em que o mundo se torna um lugar absolutamente horrível e poucas coisas salvam. Mas hoje ele disse pra mim que as pessoas nunca amaram tanto, e eu quis acreditar. Eu juro que quis acreditar, mas até agora acho que não acredito. Sinto como se fôssemos todos mendigos dormindo na rua nesse frio abissal. E, no entanto, poucos são os que se aproximam uns dos outros na tentativa de se aquecerem.
Eu vou guardar teus iogurtes na geladeira, prometo que eles não vão estragar. Todo dia acordo nauseada e hoje não foi diferente. Vontade de vomitar o mundo que durou o dia inteiro. Tentei me concentrar na comida. Tentei pensar que era realmente boa. Tentei dizer: amiga, não coma bobagens, esqueça disso, tu não precisas disso. Tentei dizer: amiga, é melhor que seja assim. Tentei dizer: amiga, cospe na cara dele e nunca mais lhe dê ouvidos. Tentei, tentei. O máximo que consegui foi consolar um choro que tinha muito motivo. Que era quase meu. Porque foi dia 23 e no dia 22 eu esqueci de cantar aquela música que eu um dia prometi cantar todo dia 22 por qualquer motivo que eu não lembro. Já não importa.
Ele me disse que eu sou uma pessoa ótima. Ontem eu ouvi que sou uma pessoa legal que vai achar alguém legal. Mas eu preciso de calor, carinho e futuro. Talvez nessa mesma ordem. Coisa que eu não sou capaz de dar. Futuro. Alguém? Alguém?
Talvez quando a gente não tem mais nada a perder, seja a hora de ganhar. Eu ainda desconfio. E vejo quanta gente escrota ainda pisa nesse mundo lindo. E os erros vêm e me sujam a face. Debocham de mim. E eu apenas observo.
Preocupei-me com a ausência e talvez não seja nada. Talvez eu me importe demais, seja legal demais. Ainda. Mesmo com todos as pedras que tomei no meio do caminho. Os tombos que levei. Não quero me vangloriar. E ele conhece uma nova eu. Essa pessoa que fica com ele, que eu não sei quem é. Será que tu gostarias de conhecê-la?
Amanhã vai ter sol e vai nevar. Ah, vai. Eu vou pra Etretat, te contei? É, eu vou. Olhar aquele mar por ti.
Um beijo salgado e frio,
C.
Marcadores:
amor,
cartas a Daniel,
long december,
sometimes i write fiction
domingo, 19 de julho de 2009
My Tiny Vessels
Essa música me diz muito...
"Transatlanticism"
The Atlantic was born today and I'll tell you how...
The clouds above opened up and let it out.
I was standing on the surface of a perforated sphere
When the water filled every hole.
And thousands upon thousands made an ocean,
Making islands where no island should go.
Oh no.
Those people were overjoyed; they took to their boats.
I thought it less like a lake and more like a moat.
The rhythm of my footsteps crossing flatlands to your door have been silenced forever more.
The distance is quite simply much too far for me to row
It seems farther than ever before
Oh no.
I need you so much closer [x8]
[instrumental break]
I need you so much closer [x4]
So come on, come on [x4]
"Transatlanticism"
The Atlantic was born today and I'll tell you how...
The clouds above opened up and let it out.
I was standing on the surface of a perforated sphere
When the water filled every hole.
And thousands upon thousands made an ocean,
Making islands where no island should go.
Oh no.
Those people were overjoyed; they took to their boats.
I thought it less like a lake and more like a moat.
The rhythm of my footsteps crossing flatlands to your door have been silenced forever more.
The distance is quite simply much too far for me to row
It seems farther than ever before
Oh no.
I need you so much closer [x8]
[instrumental break]
I need you so much closer [x4]
So come on, come on [x4]
quinta-feira, 16 de julho de 2009
Amor mudérrrrno
To be lost in the forest
To be cut adrift
You've been trying to reach me
You bought me a book
To be lost in the forest
To be cut adrift
I've been paid
I've been paid
Don't get offended
If I seem absent minded
Just keep telling me facts
And keep making me smile
Don't get offended
If I seem absent minded
I get tongue-tied
Baby, you've got to be more discerning
I've never known what's good for me
Baby, you've got to be more demanding
I will be yours
I'll pay for you anytime
You told me you wanted to eat up my sadness
Well jump on, enjoy, you can gorge away
You told me you wanted to eat up my sadness
Jump right
Baby, you've got to be more discerning
I've never known what's good for me
Baby, you've got to be more demanding
Jump left
What are you holding out for?
What's always in the way?
Why so damn absent-minded?
Why so scared of romance?
This modern love breaks me
This modern love wastes me
Do you wanna come over and kill some time?
Tell me facts, tell me facts, tell me facts
Tell me facts
Throw your arms around me
To be cut adrift
You've been trying to reach me
You bought me a book
To be lost in the forest
To be cut adrift
I've been paid
I've been paid
Don't get offended
If I seem absent minded
Just keep telling me facts
And keep making me smile
Don't get offended
If I seem absent minded
I get tongue-tied
Baby, you've got to be more discerning
I've never known what's good for me
Baby, you've got to be more demanding
I will be yours
I'll pay for you anytime
You told me you wanted to eat up my sadness
Well jump on, enjoy, you can gorge away
You told me you wanted to eat up my sadness
Jump right
Baby, you've got to be more discerning
I've never known what's good for me
Baby, you've got to be more demanding
Jump left
What are you holding out for?
What's always in the way?
Why so damn absent-minded?
Why so scared of romance?
This modern love breaks me
This modern love wastes me
Do you wanna come over and kill some time?
Tell me facts, tell me facts, tell me facts
Tell me facts
Throw your arms around me
terça-feira, 14 de julho de 2009
Maybe you don't deserve this...
sábado, 4 de julho de 2009
terça-feira, 30 de junho de 2009
Minha querida amiga
Hoje pensei em ti, numa de nossas tardes, depois do almoço, no colégio. Era inverno, estávamos sentadas naquela mesa que ficava perto do prédio da Arquitetura, lembra? Havia sol. Fumávamos. Lembro que falávamos bobagens e escrevíamos bobagens na minha agenda. Lembra daquela agenda do colégio que ganhamos no primeiro ano?
Fiquei pensando no que diriam aquelas meninas que éramos sobre o futuro. O que será que pensávamos sobre o futuro? Poderíamos imaginar toda a dor do mundo acontecendo no futuro? Provavelmente não. O futuro, para nós, com toda certeza, era brilhante. Era cheio de coisas boas.
Não que não tenhamos tido coisas boas. Não que não tenhamos tido momentos brilhantes. Sei que tivemos. Lembra que tivemos, por favor.
No entanto, nem aquela que era eu, nem aquela que era tu, poderia imaginar algo como o dia de hoje e, também no entanto, o dia de hoje aconteceu.
Porque ele aconteceu? Não sei. Gostaria de pensar que há um motivo e sei que gostarias de pensar que há um motivo. Podemos achar todas as explicações racionais e científicas para o que aconteceu. Não faz diferença nenhuma.
Eu sei que agora o teu futuro, que é teu presente, deve parecer um buraco negro, e que tu afunda, afunda, afunda e não pára mais de afundar, sem poder ver nada. Isso passa. Tu sabes que passa embora a dor que sentes deva ser inimaginável e insuportável. Mas eu sei que podes suportá-la. Pode parecer que não há um motivo para suportá-la, mas há, amiga, creia, há. Eu acredito nisso. Eu quero te ver bem. Não vai ficar tudo bem, mas sei que pode ficar bem e sei que vai ficar bem.
Agora, tu tens todo o direito de querer nunca mais levantar da cama. De chorar até os olhos sairem pra fora. Não que isso melhore o que houve, mas talvez torne menos pior. Eu queria poder tirar a dor que tu sentes aí de dentro com as mãos. Eu queria poder voltar no tempo, eu queria ter poderes mágicos e reverter o dia de hoje, mas eu não posso. E tu não podes e sei que isso te destrói por dentro, mas pensa que há um motivo, tem que haver um motivo, ainda que não possamos entender.
Eu te amo, amiga, eu sei o quanto a vida consegue ser difícil pra ti muitas vezes, mas sei que tu és forte, és uma pessoa muito especial, tens amigos que te amam muito, um marido que te ama muito, uma família que te ama muito, estás cercada de amor. Pensa nesse amor. Pensa no amor que sentes pelo teu filho e lembra que ele sempre vai estar contigo. Não da maneira como todos queríamos, mas vai estar sempre contigo. Pensa que ele é um anjo e que agora está em paz, feliz, sem qualquer sofrimento.
Vai doer, vai doer por muito tempo, mas uma hora tu vais ver que vais lembrar dele só com amor, sem a dor. Só amor, amiga. E ele te rodeia agora, e vai te rodear sempre, porque as pessoas que te amam, vão te amar pra sempre, pra sempre. E não te culpa por nada, porque as coisas simplesmente acontecem, e não foi culpa tua, nem de ninguém. Conta comigo, sempre vou estar contigo, quando precisares, e também quando não precisares. Te amo muito. Cuida de ti agora, cuida muito, todos te queremos por aqui, por muito tempo.
Te amo.
Fiquei pensando no que diriam aquelas meninas que éramos sobre o futuro. O que será que pensávamos sobre o futuro? Poderíamos imaginar toda a dor do mundo acontecendo no futuro? Provavelmente não. O futuro, para nós, com toda certeza, era brilhante. Era cheio de coisas boas.
Não que não tenhamos tido coisas boas. Não que não tenhamos tido momentos brilhantes. Sei que tivemos. Lembra que tivemos, por favor.
No entanto, nem aquela que era eu, nem aquela que era tu, poderia imaginar algo como o dia de hoje e, também no entanto, o dia de hoje aconteceu.
Porque ele aconteceu? Não sei. Gostaria de pensar que há um motivo e sei que gostarias de pensar que há um motivo. Podemos achar todas as explicações racionais e científicas para o que aconteceu. Não faz diferença nenhuma.
Eu sei que agora o teu futuro, que é teu presente, deve parecer um buraco negro, e que tu afunda, afunda, afunda e não pára mais de afundar, sem poder ver nada. Isso passa. Tu sabes que passa embora a dor que sentes deva ser inimaginável e insuportável. Mas eu sei que podes suportá-la. Pode parecer que não há um motivo para suportá-la, mas há, amiga, creia, há. Eu acredito nisso. Eu quero te ver bem. Não vai ficar tudo bem, mas sei que pode ficar bem e sei que vai ficar bem.
Agora, tu tens todo o direito de querer nunca mais levantar da cama. De chorar até os olhos sairem pra fora. Não que isso melhore o que houve, mas talvez torne menos pior. Eu queria poder tirar a dor que tu sentes aí de dentro com as mãos. Eu queria poder voltar no tempo, eu queria ter poderes mágicos e reverter o dia de hoje, mas eu não posso. E tu não podes e sei que isso te destrói por dentro, mas pensa que há um motivo, tem que haver um motivo, ainda que não possamos entender.
Eu te amo, amiga, eu sei o quanto a vida consegue ser difícil pra ti muitas vezes, mas sei que tu és forte, és uma pessoa muito especial, tens amigos que te amam muito, um marido que te ama muito, uma família que te ama muito, estás cercada de amor. Pensa nesse amor. Pensa no amor que sentes pelo teu filho e lembra que ele sempre vai estar contigo. Não da maneira como todos queríamos, mas vai estar sempre contigo. Pensa que ele é um anjo e que agora está em paz, feliz, sem qualquer sofrimento.
Vai doer, vai doer por muito tempo, mas uma hora tu vais ver que vais lembrar dele só com amor, sem a dor. Só amor, amiga. E ele te rodeia agora, e vai te rodear sempre, porque as pessoas que te amam, vão te amar pra sempre, pra sempre. E não te culpa por nada, porque as coisas simplesmente acontecem, e não foi culpa tua, nem de ninguém. Conta comigo, sempre vou estar contigo, quando precisares, e também quando não precisares. Te amo muito. Cuida de ti agora, cuida muito, todos te queremos por aqui, por muito tempo.
Te amo.
Assinar:
Postagens (Atom)