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quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Shh...

Tudo aquilo que não está escrito. O que nunca foi dito. Aquele gesto que nunca saiu do pensamento. São todas essas coisas que farão falta no final. E ele virá quando você menos imaginar. E com ele um vazio. Não muito grande, mas tampouco pequeno. Um vazio com uma agulha para fazer doer de vez em quando. Fazer doer toda vez que você quiser enfiar a mão lá dentro para tentar preencher o vazio.
Eu sinto muito, eu sinto muito mesmo. Por você e também por mim.

domingo, 13 de fevereiro de 2011

Sobre os fatos.

O fato é que somos duras demais. Com a gente mesma. É uma agressividade sem tamanho, voltada para si.
Eu queria que a gente fosse menos cruel.
Eu queria que eu me castigasse menos. Gostaria de sofrer menos. Mas a gente embarca numa navalha na carne e só pára quando estamos em frangalhos.
Ele vai te estender o tapete vermelho. Quando você não precisar mais dele. Ou não quiser mais.
Eu acreditava em encontros, mas a vida é desencontro. Desilusão. Decepção.
E tudo me parece sem sentido.
E eu não quero mais resolver os problemas alheios. Quero alguém que resolva os meus.
Eu tenho bastante a dar em troca. Sei que tenho.
Mas se me perguntassem quem eu sou, eu não saberia responder.
Essas são as evidências. De quem tem algo errado. Aqui. Agora.

quarta-feira, 30 de junho de 2010

É importante.

É claro, é claro que é. Mas importância é uma questão puramente pessoal. Claro, claro que é. Mas eu continuo achando que é o MÍNIMO. O mínimo. E você deveria estar preocupado com o MÁXIMO.

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Música sem título

É uma melodia quase sem forma, sem cor, sem odor. Tênue lembrança de algo que não sei ao certo o que é.
Uma coisa que já foi vivida alguma vez, experimentada, sentida. E que eu preciso resgatar.

terça-feira, 2 de março de 2010

É o mundo que se transforma.

Perdemos o rumo e eu sinto saudades de quando éramos todas mais felizes. Sim, éramos todas mais felizes. Nunca consegui me enxergar dissociada de vocês, minhas amigas. E eu sei que éramos todas mais felizes e de repente, um dia, acordamos sentindo-nos mais velhas e horrendas, tristes e achando a vida sem sentido.
Então eu bebo, porque beber é a única coisa que eu tenho vontade de fazer e nem o medo de virar alcóolatra (vide casos na família), me assusta. O meu problema talvez, é aquilo que me disse a minha irmã pequena: eu sou sincera demais para ser advogada. Eu sou sincera demais para mentir. E, no entanto, há pouco tempo, eu gostava tanto de ser advogada, coisa que eu dizia que nunca seria. Gostava tanto de resolver os problemas alheios. Ou, ao menos, tentar resolvê-los.
Minha mãe diz que eu sempre quero resolver os problemas dos outros sem tentar resolver os meus. Mas na minha cabeça, eu não tenho problemas, porque eu não posso admitir ter problemas. Eu tenho todas as ferramentas para ser feliz, não?
Eu tenho. Eu sei. E nós fugimos, nós, jovens pensantes, fugimos, fugimos.


quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Carta a Daniel 18

Querido Daniel,
eu senti saudades de ti. Dos teus pés. Daquela sala à meia luz e do silêncio. Da brisa morna da tarde. Da falta de expectativa, do sanduíche, do queijo.
Daquilo que seria. Senti saudades. Daquilo que seria.
"Se a gente continuar vai doer?"
"Vai."
Pois eu não sei de nada. Meu estômago queima.
Eu fiquei ouvindo todas aquelas músicas que só gosto de ouvir sozinha. Porque existem certas coisas incompartilháveis. Não as músicas em si, mas o que elas evocam. Acho que entendes.
Talvez eu devesse mesmo cruzar o oceano. Acreditar que existem príncipes. Mas na verdade, se ele fosse mesmo um príncipe, ele viria, ele atravessaria todo o mar para me encontrar.
Muitas coisas não fazem o menor sentido. E as que fazem, também não me dizem muito.
Mas eu consegui admitir certas coisas e isso foi, de alguma maneira, um tanto libertador. Não o bastante para me libertar da tristeza. Eu não sei nada de ti, eu não sei nada de ti. Só sei que as promessas quase nunca são cumpridas e todo o resto é ilusão. O problema é que, mesmo quando percebemos a ilusão, não conseguimos tomar nenhuma atitude concreta com relação a ela. Limbo.
Eu soltei o meu cabelo e tu não viste como ficou bonito. Eu sorri e tu não viste como foi sincero. Eu bebi, porque é mais fácil beber. Não se pode ter o melhor de dois mundos; às vezes, sequer se pode ter o melhor de um mundo só.
Depois a realidade virá galopante, baterá na tua porta, tu não saberás o que dizer mas não terás como impedi-la de entrar. Ela vai entrar, ela vai derrubar as paredes, ela vai derrubar tudo e terás de começar com uma pedra e depois outra, até teres teu castelo outra vez.
Eu vou morar na torre encantada, e quando meu cabelo estiver comprido o bastante, jogarei minhas tranças pela janela, à espera de um princípe que suba por elas e me tire de lá. Ou então uma verruga, na ponta do nariz, que atirada ao chão fará dele surgir uma escada. 
Um beijo com gosto de lima,
C.



terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

I was alone, over the edge...

Como saber se valeu a pena? E não pensar que não valeu? Mas não valeu, afinal de contas? Porque você pode fazer todas essas coisas que você fez, e ir aos lugares que foi, e ver as coisas que viu, ouvir o que ouviu, sentir o que sentiu? Consegue olhar para trás e sentir arrependimento? Faria tudo diferente? Cada experiência é única, quem a experimenta também o é. Não achas que o sofrimento que teve foi necessário para tornar-se quem se é? 
Eu não posso sentir tua dor, tu não podes sentir a minha, isso significa que não sofremos?

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Carta a Daniel 15


Querido Daniel,
estás quase deixando de existir. Transformado em fumaça, apenas tenho uma vaga noção de como era teu sorriso. Pergunto-me, diariamente, onde e quando e porquê ficamos assim: tão covardes. Algo de muito ruim, de muito sujo, de muito escuro deve ter acontecido em algum momento e, tomados pela surpresa, não conseguimos absorver de todo a tragédia, de maneira que ela penetrou nosso sangue, pouco a pouco, tornando-o podre e viscoso demais para continuar correndo em nossas veias.
Pergunto-me se poderemos fazer algum tipo de diálise que possa limpar nosso sangue, torná-lo vermelho, fluído, para que nosso organismo possa funcionar com perfeição novamente. Mas é difícil enxergar com sangue negro nos olhos. É difícil prosseguir com o coração pesado. As pernas parecem pedras, estão roxas e endurecidas.
Pergunto-me onde estarás, no que estarás pensando. Não que faça alguma diferença. No momento me parece que nada faz diferença e se o mundo acabar amanhã, bem, acabou. Não haverá ninguém depois disso para dizer que era alguma maldição da sexta-feira 13. Tudo deixará de existir e, por isso mesmo, nada importará. Pensar em ti apenas me distrai de pensamentos negros. E nem mesmo isso importa.
Um beijo salgado,
C.

domingo, 19 de julho de 2009

My Tiny Vessels

Essa música me diz muito...

"Transatlanticism"

The Atlantic was born today and I'll tell you how...
The clouds above opened up and let it out.

I was standing on the surface of a perforated sphere
When the water filled every hole.
And thousands upon thousands made an ocean,
Making islands where no island should go.
Oh no.

Those people were overjoyed; they took to their boats.
I thought it less like a lake and more like a moat.
The rhythm of my footsteps crossing flatlands to your door have been silenced forever more.
The distance is quite simply much too far for me to row
It seems farther than ever before
Oh no.

I need you so much closer [x8]

[instrumental break]

I need you so much closer [x4]
So come on, come on [x4]

terça-feira, 14 de julho de 2009

Maybe you don't deserve this...


if I never see you again
I will always carry you
inside
outside

on my fingertips
and at brain edges

and in centers
centers
of what I am of
what remains.

-Bukowski

quinta-feira, 11 de junho de 2009

Dieta desintoxicante

I don't wanna be the girl who laughs the loudest
Or the girl who never wants to be alone
I don't wanna be that call at four o'clock in the mornin'
'Cause I'm the only one you know in the world that won't be home

Ah, the sun is blindin'
I stayed up again
Oh, I am findin'
That's not the way I want my story to end

I'm safe up high, nothing can touch me
But why do I feel this party's over?
No pain inside, you're my protection
But how do I feel this good sober?

I don't wanna be the girl that has to fill the silence
The quiet scares me 'cause it screams the truth
Please don't tell me that we had that conversation
'Cause I won't remember, save your breath
'Cause what's the use?

Ah, the night is callin'
And it whispers to me softly, "Come and play"
But I, I am fallin'
And if I let myself go I'm the only one to blame

I'm safe up high, nothing can touch me
But why do I feel this party's over?
No pain inside, you're like perfection
But how do I feel this good sober?

Comin' down, comin' down, comin' down
Spinnin' 'round, spinnin' 'round, spinnin' 'round
I'm lookin' for myself, sober

Comin' down, comin' down, comin' down
Spinnin' 'round, spinnin' 'round, spinnin' 'round
Lookin' for myself, sober

When it's good, then it's good, it's so good 'til it goes bad
'Til you're trying to find the you that you once had
I have heard myself cry 'never again'
Broken down in agony, just tryin' find a friend, oh, oh

I'm safe up high, nothing can touch me
But why do I feel this party's over?
No pain inside, you're like perfection
But how do I feel this good sober?

I'm safe up high, nothing can touch me
But why do I feel this party's over?
No pain inside, you're like perfection
But how do I feel this good sober

domingo, 7 de junho de 2009

Un dolor



Acho que meu sorriso continua o mesmo...
Esse post é uma coisa que escrevi ano passado, mas continua valendo.


É claro que dói, saber que os amigos ficam tristes. Saber que ficam tristes porque estás triste. Saber que talvez a amizade nunca mais seja a mesma. Crescer dói. Tentar não crescer dói. Amar dói e te faz pensar que tu nunca mais vais amar outra vez. E te rouba o lado bom da paixão e do novo. Tu suspiras e é de dor e de ardor, ao mesmo tempo. Pelo que sai. Pelo pensamento que penetra na pele. Não quero que roubem isso de mim.
Eu quero alguém que pegue meu rosto com as duas mãos e olhe fundo na minha alma. E VEJA a minha alma. E leia meus lábios, entenda o que eu digo, entenda o que meus olhos dizem.
Só duas pessoas no mundo viram o brilho dos meus olhos. Mas o mais importante daqueles olhos, era o que eu sentia quando olhava o mundo com eles. E eu não senti mais aquilo, tudo aquilo que eu podia dar pra alguém. Mas tudo aquilo que eu dei e toda a mágoa que eu senti não apagaram o sentimento de que posso olhar o mundo com aqueles olhos de novo. Com aquele amor todo de novo. Desculpem-me, nunca os vi com aqueles olhos.
Chorei mas queria chorar mais. Muito mais. Mas talvez eu não consiga e isso tenha um motivo. E o motivo é o de sempre: amor à vida. A vida é bela por demais para que eu fique assim tão triste. Há beleza em todas as coisas, eu já disse isso antes. Eu não vou esquecer disso. É só que no momento me sinto um tanto vazia. Eu, sempre tão cheia. Cheia de riso, cheia de palavras. Eu que consigo ser uma pessoa assim, tão legal quase sempre. Eu, que consigo amar tanto as pessoas que eu amo. E muitas vezes as que eu não amo.
Mas deixe-me assim por um instante: triste, nua e desamparada. Só por um instante.

domingo, 31 de maio de 2009

Nevermind the bollocks


Porque tá tudo errado mesmo... and I can't read people anymore.

domingo, 3 de maio de 2009

Ay carajo!


Se samba pa ti tivesse uma letra, qual seria? Pra mim essa música lembra amor. Mas não qualquer um. Só vejo gente amargurada e, no entanto, eu insisto. Insisto. Idiota, muito provavelmente. Mas eu insisto. Louca, muito provavelmente, mas eu insisto. Me lembra amor. Mas não qualquer amor. Talvez um que não exista. As pessoas são escrotas, escrotas, escrotas. Mas mesmo assim eu insisto. Porque essa música me lembra amor. Porque como disse o Che: o que move um revolucionário verdadeiro é o amor. O amor pela justiça, pela igualdade, pela liberade. O amor pelo amor. O amor pelo que é belo.
E samba pa ti diz isso: a juventude é a eterna beleza. Por mais que eu ouça que as pessoas só se apaixonam aos 12 anos. O que é ridículo. Por mais que eu ouça que depois, não mais, não mais. Por mais que eu veja a amargura que escorre pelos cantos. Por mais que eu seja amarga. Tem um pouco de amargura que simplesmente não me adentra. Um mel que bloqueia. Umas flores jogadas ao alto. Uma ajuda inesperada. Uma solidão merecida. Uma solidão triste e ao mesmo tempo libertária. Porque samba pa ti diz eu te amo, te amo, te amo. E mesmo assim há pessoas que ficam putas com o amor porque ele é repetitivo e ridículo. Porque o amor não pode existir se tomou umas cachaças. O amor não pode existir se fumou um baseado. O amor não pode existir se bebeu cerveja demais e disse de menos. O amor não pode existir se não for sério. E, no entanto, ele existe e insiste acima de tudo. Nas coisas mais pequenas. Nas coisas mais insignificantes. Nas flores murchas, ainda assim, ele ganha significado. Em lágrimas não derramadas e na amargura da decepção, ele insiste. E eu? Continuo trouxa, mas ao menos uma trouxa com convicção.

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

does it make any sense?


when words don't make sense at all
as palavras sempre significam, ou não
tentamos entendê-las
a verdade é algo que nunca saberemos
a verdade está lá fora
também aqui dentro, mas você não vê, você não vê
e todas essas baboseiras, e as tuas cretinices, e as tuas loucuras e paranóias
tudo jogado no espelho, feito lama
estão quebrando tudo lá fora, e também aqui dentro, para reconstruir
construir algo novo?
casas novas, casas velhas, queimamos tudo o que não era mais necessário, preciso daquela fogueira de São João, de novo, me dá, onde estão as fotos?
se não há fotos, não aconteceu
se não está no Google, não existe
mas eu vi, eu estive lá, eu falei, eu dancei, eu ouvi
quem somos nós, quem eram aquelas pessoas?
aqueles sorrisos, porquê?
e as lágrimas, ainda?
eu teria vontade de mandar à merda se eu realmente sentisse algo, mas não sinto
sinto muito, muitíssimo
não sou a mulher maravilha
tinha cabelo vermelho, unhas verdes, tinha cabelos loiros, unhas vermelhas, tinha cabelos castanhos, unhas azuis
nunca deixei de ser eu, nunca fui ninguém sequer parecida comigo, no entanto...
te diria muitas coisas, mas não sinto vontade
cronista de estórias dessa cidade
la fea, y el bebe más lindo, nunca houve família
e quem tem família, tenta destruí-la com verdades que bem poderiam ser mentiras
ou mentiras, que poderiam ser verdade?
louca, vadia, desvairada
teclo, teclo, teclo, ninguém quer tc comigo? nunca gostei de sala de chat
vão chatear a mãe de vocês!
não tenho dicionário, mas tenho gramática, fia
chora no cantinho, corta os pulsos com bolacha maria, amanhã levanta e vai trabalhar de novo
e a gangue dos gordos barbudinhos ataca novamente
agh, aquelas mãos gordas de dedos finos
e o fogo, onde está a fogueira, traz logo!
love is all around us

terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

I was just trying to... what?


Just gotta know what else is there to be known. Because I don't understand how much can a person lie. Just silly, just so selfish, so self-centered.
Dreaming about people I don't know, trying to understand the people I know. And all that people tell me. Of course it's my problem, and of course it's self inflicted pain. Because being pulled down is something I'm used to. It's what's known. And I fear the unkown, the what's yet to come.
Cheio de marcas. Oh, yeah, slumdog millionaire. We all have our bruises and scars.
But don't blame them on me. It's not my fault, and yes, it's your problem. Not mine. It was never mine. Will you ever realize?
No sunshine, no happiness, just loneliness. An empty screaming sound that never stops.
And oh I love you blah blah blah it's just words some scraming maniac can shout out of his window late at night.
You are a 5 year old. Still. And I'm truly sorry, but I'm not your mommy.

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Cortador de grama


A verdade está lá fora e só ela liberta. Por mais dura ou cruel que possa ser. No entanto, passamos muito do nosso tempo (e muitos passam todo o tempo), tapando o sol com a peneira e queimando os cantos dos olhos, porque não queremos ver. Embora possamos.
Eu ainda não assisti ao Ensaio sobre a Cegueira, mas tenho certeza de que um pouco da mensagem do filme é essa. Veja porque podes ver.
Seria bom se as pessoas cortassem sua própria grama antes de apontar a grama alta do vizinho.