Então que eu tinha lido umas 5 páginas do Disgrace, do Coetzee, e daí peguei o I-Ching, o Livro das Mutações, e li um dos prefácios e daí passei para História do Pranto, do Alan Pauls e daí que peguei o Livro das Perguntas, do Neruda e aí que comecei a ler O Africano, de Le Clézio, e resolvi ir até o final. Livro fino, pungente, com fotos de época. Livro sobre a África antes de ela ser a África que eu conheci na infância pela tv (Apartheid, Somália e por aí vai) e antes de ser a África que é hoje: aids, pobreza extrema, guerras civis, maldades grotescas e muitas vezes inimagináveis e muita ganância explorando um povo que já nasce explorado.
Uma África de liberdade e descoberta. Uma África de natureza e beleza. Uma África de agricultores e ignorância que protege e traz felicidade.
Embora seja curta a narrativa, traz todo um sentimento de aventura, de explorar o desconhecido, e de como a vida acaba por tornar as pessoas duras. No caso, o pai do Autor. É quase um romance autobiográfico, mas centrado na pessoa do pai do Autor e nos anos em que viveu no continente africano. Vale pela parte histórica, e também pela descrição de sentimentos e sensações que o Autor passa.
Aliás, uma só frase vale por todo o livro: "Era tarde demais, não se recupera o tempo, nem sequer em sonhos".
Uma África de liberdade e descoberta. Uma África de natureza e beleza. Uma África de agricultores e ignorância que protege e traz felicidade.
Embora seja curta a narrativa, traz todo um sentimento de aventura, de explorar o desconhecido, e de como a vida acaba por tornar as pessoas duras. No caso, o pai do Autor. É quase um romance autobiográfico, mas centrado na pessoa do pai do Autor e nos anos em que viveu no continente africano. Vale pela parte histórica, e também pela descrição de sentimentos e sensações que o Autor passa.
Aliás, uma só frase vale por todo o livro: "Era tarde demais, não se recupera o tempo, nem sequer em sonhos".
3 comentários:
VIOLENTA, de fato, essa frase.
Estou lendo uns 6 livros ao mesmo tempo, pratica que, admito, sempre contestei no MEU PAI, mas que agora virei, da noite para o dia, adepto.
SEMPRE tem um que faz a gente PARAR um pouco, de qualquer forma.
E sempre reluto em ler coisas sobre a Africa pelo fato de que penso eu que esse standard narrativo de "descrever a exploracao" de quem "nasce, de cara, explorado" me parece inescapavel quanto ao continente. Talvez eu esteja errado.
Olha, esse livro tem um enfoque totalmente diferente. E já que falaste no teu pai, acho que tu gostarias deste livro, se o lesse.
Eu também comprei um dele, mas o Peixe Dourado.
Não quis comprar o Africano com medo de que fosse justamente panfletário e coisas do gênero.
A gente podia se emprestar e trocar (até porque acho que terei que esperar até a próxima feira pra comprar livro de novo, eheheheh)
Bjs
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