terça-feira, 9 de setembro de 2008

Alice no país...

Choro.
Olho para trás. Não virei estátua de sal, mas sinto o salgado das lágrimas que me escorrem pelo rosto.
Se por um lado me alivia ver tudo o que percorri até agora, por outro o que está por vir me assusta. Mas não me impede de prosseguir.
O medo, na maior parte das vezes, me move. O medo, na maior parte das vezes, relaciona-se com o temor da loucura, que parece-me iminente. Paranóia, obsessão. Talvez o que impeça que essa treva tome conta de mim seja a dor. O amor. E o próprio ressentimento. Que indicam que ainda posso sentir, não apenas pensar.
Trilhar o caminhar sem afundar na psicose. Saber o que desejar, porque a falta de desejo gera tédio e o tédio empurra para a loucura. Uma loucura que consiste na inebriante vontade de rasgar a própria pele para que meu espírito possa enfim libertar-se. A libertação da troca de corpos, de um novo corpo, um novo rosto, um novo eu.
Para que eu possa voltar, verdadeiramente, a sorrir.

4 comentários:

Anônimo disse...

Viu?
Isso é escrever algo bacana e que preste.
Ando totalmente sem inspiração. e com o cabelo idem...
Hahahahahaha
Ahh me ensina como colocar este lance dos blogs alí do lado( blogs que leio).
Como se faz isso???
beijo


faxina

A União Faz a Vida disse...

É triste, mas também é bonito... e passa, viu?
;)

Sheyla disse...

Meu Deus, nisso estou eu!

G.D. disse...

IMPRESSIONANTE se sentir PRESO dentro da propria pele. Sair de casa nao basta, sair para a rua nao basta e tem vezes que o cara quer mesmo sair de si mesmo e da sua pripria alma.

Romper, rasgar.

Apenas quem ja vivenciou isso - por algum motivo - sabe explicar.

Triste, mas intenso. BELO, ate mesmo, sob um certo aspecto.