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SXC, esse cãozinho bem guai me lembra a Tônia, uma cachorrinha que eu peguei no canil municipal quando estava no 2o. grau.
Eu e minha irmã, gurias de apartamento, queríamos muito um cachorro. Insistimos tanto que minha mãe resolveu nos dar um cachorro, e lá fomos nós na Zimmer comprar um cão. Eu devia ter uns 12 anos.
Chegamos lá e demos de cara com duas cadelinhas cocker, a coisa mais linda. Eu queria as duas, mas minha mãe disse que só podíamos ter uma, e assim compramos a Foggy. Eu estava aprendendo isso nas aulas de inglês (how's the weather today? it's a foggy day!) e achei bonitinho. Espero que a outra cadelinha tenha achado um bom dono. Se a tivéssemos levado, eu a chamaria Sunny.
Depois disso, quando a Foggy já tinha um ano ou dois, não lembro, minha irmã chegou em casa um dia com outra cocker, a Shana. Ah, a Foggy ficou numa mágoa! Olhava-nos com uns olhos de uma mágoa profunda. Mas aquilo passou.
Eu estudava perto do canil municipal no 2o. grau e costumava ir lá quase todos os dias, levava ração, às vezes, mas na maioria eu ia apenas para olhar os bichinhos e morrer de pena. Um dia bem frio, cheguei lá com uma amiga e acabavam de ter trazido uma caixa cheia de filhotinhos guai (guaipecas, termo gauchesco para cão vira-lata). Ah, não resisti, peguei uma e levei pra casa. A Tônia. Foi super engraçado. Estava me preparando para tomar xingão da mãe, só que quando cheguei dei de cara com um outro cusco, bem parecido, que minha mãe tinha encontrado na rua, o Tado.
Os dois filhotes se acharam! Pena que a festa durou pouco, o Tado tava com cinomose e acabou morrendo, mesmo a gente tendo feito tudo o que pôde pra levantar o bichinho. Foi bem triste. Daí teve o episódio tragicômico de eu e uma amiga colocar-mos o cachorrinho morto numa caixa para levar até o biotério... de lotação!
Depois disso, pegamos a Preta, uma cadela vira-lata que minha mãe achou que estava esperando filhotes, mas na verdade estava com uma infecção e quase morreu. Acabamos ficando com ela. A Tônia eu dei para uma colega de colégio, hoje ela ainda está lá, vivendo numa casa com um baita pátio. Assim também o Pepê, um cocker lindo, que era de uma amiga da minha irmã... história trágica essa, outro dia eu conto.
Na praia pegamos a Sofia, que está com uma amiga, a cadela era um nadinha, toda sarnenta, agora é um baita cachorro, gorda, peluda e linda.
E também uma outra preta, além de uma preta com branca que teve filhotes na nossa casa da praia em New Tramanda beach, e que conseguimos arrumar donos para todos os 8 cachorrinhos...
Depois minha mãe pegou a Branca, uma cocker pura que nossa empregada achou fuçando o lixo nas ruas da tinga. E minha irmã trouxe outra preta da praia, a Pretinha, que é vira-lata mas parece um cocker miniatura. (Sim, a Foggy e a Preta já morreram, de câncer e de velhinhas, tadinhas). E daí pegou a gata Mindy que é irmã da Cindy. Minha mãe pegou as duas, cuidou, e deu a Cindy e ficou com a Mindy.
E daí apareceram a Cidinha e a Inha, as gatas. E uma pretinha, que se chama Preta (criatividade para nomes não é o forte da minha mãe, ela só foi criativa quando deu o nome de Asdrúbal pro hamster que a gente teve, que era filho da Maria de Fátima, a traidora*... essa história é engraçada também), que eu tive que tirar de trás de um pé de espada de são jorge, me arranhei toda e a gatinha, minúscula, me mordeu e me arranhou toda também, mas agora tá lá, gorda, linda, de coleira rosa com strass...
Ihhh... uma bicharada... até pomba com asa quebrada a gente já acolheu. Fazemos o que podemos.
A gatinha que eu peguei na rua ante-ontem, já tá no seu novo lar, dormindo na cama com sua nova dona e já tem nome: Fiona. Qualquer hora coloco umas fotos dela aqui.
Não se trata de salvar o mundo, mas a gente salva um por vez. Já é alguma coisa.
*Um amiga comprou um hamster. O dono da loja garantiu que era macho. A família foi passar o fim-de-semana na praia, quando voltou, o hamster tava lá, na sua gaiolinha, cercado de hamsterzinhos... ficamos com um, o Asdrúbal, que teve uma morte trágica, não gosto nem de falar, pobrezinho... Mas daí que o hamster ficou sendo a Maria de Fátima, por causa daquela novela com a Glória Pires e a Regina Duarte.