domingo, 31 de maio de 2009
quinta-feira, 28 de maio de 2009
Luluzinha Camp - 06/06/09
Oi Luluzinhas queridasss!
Gurias, agora temos um lugar pra realizar o Luluzinha Camp Poa, não somos mais Lulus sem-teto!
ÊÊÊÊÊÊ!
Anotem aí as informações :
Então, inscrevam-se já, pois os brindes estão chegando!
(O post original tá no blog da Pri, espiem lá)
Gurias, agora temos um lugar pra realizar o Luluzinha Camp Poa, não somos mais Lulus sem-teto!
ÊÊÊÊÊÊ!
Anotem aí as informações :
- Data: 06/06/09
- Local: Bardô Bar e Restô R. Auxiliadora, 225 (quase esquina com 24 de outubro)
- horário: 15:30
- Cada Lulu, deverá contribuir com 1k de ração para cães , pois vamos ajudar uma ONG.
- Quem puder, favor trazer jornais para doarmos à ONG, pois eles utilizam muito jornal lá e toda doação será bem aceita.
- Tem algumas Luluzinhas que ainda não responderam o número que calçam, quem ainda não respondeu, por favor mande um email para: deisiremus [arroba] hotmail ponto com
Então, inscrevam-se já, pois os brindes estão chegando!
(O post original tá no blog da Pri, espiem lá)
quarta-feira, 27 de maio de 2009
A Long december
2008 foi, realmente, um longo dezembro. Parece estar acabando agora, que meu aniversário tá iminente. E, cuidado com o você deseja, porque pode se realizar... não disse que queria fugir no meu aniversário? Pois parece que a fuga se apresentou, de uma maneira muito bizarra. But that's life, isn't it?
A long december and theres reason to believe
Maybe this year will be better than the last
I cant remember the last thing that you said as you were leaven
Now the days go by so fast
And its one more day up in the canyons
And its one more night in hollywood
If you think that I could be forgiven...i wish you would
The smell of hospitals in winter
And the feeling that its all a lot of oysters, but no pearls
All at once you look across a crowded room
To see the way that light attaches to a girl
And its one more day up in the canyons
And its one more night in hollywood
If you think you might come to california...i think you should
Drove up to hillside manor sometime after two a.m.
And talked a little while about the year
I guess the winter makes you laugh a little slower,
Makes you talk a little lower about the things you could not show her
And its been a long december and theres reason to believe
Maybe this year will be better than the last
I cant remember all the times I tried to tell my myself
To hold on to these moments as they pass
And its one more day up in the canyon
And its one more night in hollywood
Its been so long since Ive seen the ocean...i guess I should
domingo, 24 de maio de 2009
Til Kingdom Comes
Findi tudo de bom em Itapuã. A natureza é puro amor.
Steal my heart and hold my tongue.
I feel my time, my time has come.
Let me in, unlock the door.
I've never felt this way before.
The wheels just keep on turning,
The drummer begins to drum,
I don't know which way I'm going,
I don't know which way I've come.
Hold my head inside your hands,
I need someone who understands.
I need someone, someone who hears,
For you, I've waited all these years.
For you, I'd wait 'til kingdom come. Until my day, my day is done. And say you'll come, and set me free,
Just say you'll wait, you'll wait for me.
In your tears and in your blood,
In your fire and in your flood,
I hear you laugh, I heard you sing,
"I wouldn't change a single thing."
The wheels just keep on turning,
The drummers begin to drum,
I don't know which way I'm going, I don't know what I've become.
For you, I'd wait 'til kingdom come,
Until my days, my days are done.
Say you'll come and set me free,
Just say you'll wait, you'll wait for me.
Just say you'll wait, you'll wait for me.
Just say you'll wait, you'll wait for me.
sexta-feira, 22 de maio de 2009
When I dream of Michelangelo
Nesses dias em que Porto Alegre É Nova Iórque, me pego pensando...
Em ir de novo pra lá, em ficar por lá...
Um amigo me diz pra ir embora. New York, New Zealand, whatever.
Talvez, who knows?
Nesses dias de calor-frio-calor-frio... eu me pego pensando...
Que preciso me mudar. Ainda não tenho meu apartamento ensolarado, do jeito que quero.
E preciso de mais espaço. S-ó-m-e-u.
E bah... eu não tenho nem como explicar o quanto eu tô melhor, anos luz.
E bah... eu não tenho nem como explicar o quanto eu tô melhor, anos luz.
quarta-feira, 20 de maio de 2009
Carta a Daniel 2
Querido Daniel,
mais um dia cinza nessa cidade.
Tu sabes bem como odeio dias cinzas.
Ontem à noite, antes da chuva, só eu mesma para não perceber a iminência dela. Aquele ar pesado de umidade, e um calor frio que só existe nessa cidade, gostaria de poder te explicar melhor, mas não consigo.
Terias de vir até aqui e pegar uma dessas noites úmidas de maio, assim saberias do que estou falando.
Agora é tempo de mofar as coisas. Minha geladeira tem um cheiro ruim, mas sinto uma enorme preguiça de jogar fora as poucas coisas que estão lá dentro.
Preciso te contar que não estarei aqui no próximo feriado. Já tenho planos, finalmente passarei ao menos perto do mar. No frio, mas perto do mar. E perto de um rio, também.
Pretendo beber vinho e falar todas as bobagens que não tenho dito nos últimos tempos, quiçá, nos últimos anos.
Essa fase de não-sentimento que tenho vivido é boa, mas ao mesmo tempo intrigante.
Ouço aquelas músicas que me arrancavam lágrimas quase com desdém. Mas não deixei de gostar delas.
Preciso te dizer, também, que não há nada a ser perdoado, e que está tudo bem. Sabes o quanto gosto de ti (ao menos espero que saibas) e, realmente, não terminaria nossa amizade por qualquer bobagem, ainda que essa bobagem tenha sido a que eu mais detesto: o silêncio.
Enfim, quero que leias minhas cartas e me responda em pouco tempo.
Mal posso esperar pela despedida no aeroporto! Aquela que te contei na minha carta anterior. Porquê? Realmente não sei, mas sinto que é importante.
Ano passado tive péssimas despedidas. Uma na qual eu quis arrancar lágrimas de mim mesma e não consegui. Fiquei sentada a esperar o ônibus do lado de fora do aeroporto. Parara de chover, e o sol voltava aos pouquinhos. Aquilo me dizia algo.
Algo como "pare de chorar". Eu realmente não consegui. Talvez eu consiga chorar de novo, por algum verdadeiro bom motivo, daqui há algum tempo.
Too damaged, me disse o Carlos. A mesma coisa que sempre me diz a minha irmã.
Somos de um cinza flutuante, ele insistiu, quando eu disse que já não lembrava mais como era ser criança.
Não acho que eu seja assim tão "estragada", mas de qualquer forma, não importa.
De alguma maneira doida nós nunca deixamos de ser crianças, ainda que não nos recordemos da sensação. E há um momento, apenas um momento, dentro de uma sucessão de vários eventos desafortunados, no qual uma criança deixa de ser criança, e passa a ser um adulto "estragado".
Aquele momento fica congelado na retina, e ao ver aquele rosto passar do lado de fora, e olhar bem nos meus olhos, eu percebi que está lá, na retina dele, e não pude deixar de sentir pena. No fundo, talvez pena de mim mesma, por pior que isso seja.
Fato é que não consigo enxergá-lo somente como o adulto que ele é, vejo aquele rosto infantil, aquele da fotografia, e me entristeço, por breves momentos. Aquela criança merecia respeito. O adulto que ele é, sinceramente, não merece nada.
Mas chega das minhas divagações... nem sabes mais de quem te falo.
Deveria contar-te de mim.
Mas isso fica para outra carta.
Um beijo,
C.
terça-feira, 19 de maio de 2009
Segunda-feira de chuva, como tantas outras...
Não resisti ontem e fui ao Praia de Belas jantar sushi. Dei aquela entradinha básica na Saraiva e esse foi meu erro: Livros da Cosac Naify em promoção! Comprei Contos de Virginia Woolf por R$29,90 e Histórias Fantásticas do Casares por R$21,90.
Tinha começado a ler os dois Hornby no findi, mas deixei de lado e devorei o primeiro conto do livro da minha xará. Aliás, esse é o primeiro livro dela que compro.
Hoje pretendo ler a primeira das Histórias Fantásticas.
Tenho sonhado com praia. Não bem com o mar, mas mais com a areia da praia. No primeiro sonhos eram casas construídas dentro de cavernas de areia úmida, aquela areia úmida, mas dura da beira-mar.
Casas que tinham dois banheiros, lado a lado, e nos banheiros havia três chuveiros, lado a lado, e esses banheiros terminavam num ângulo, como se fossem a ponta de uma estrela.
Essa noite, sonhei de novo com a praia, que eu procurava um lugar para ficar. Havia edifícios construídos em pedra escura, com janelas de puro cristal. Eram lindos, e estavam vazios.
Eu encontrava um albergue perto do mar, onde as pessoas dormiam em fofas camas de areia branquinha. Mas o lugar mais parecia um asilo, já que todos os hospédes eram bem velhinhos.
Uma mulher me emprestava dois batons: um rosa, e um vermelho, e me dizia para experimentar e escolher qual eu queria de presente. Várias coisas aconteciam, eu rodava dentro de um ônibus a procura de outro lugar para ficar, e não conseguia experimentar os batons.
Acabava passando os dois, meio borrados, ficando com a boca metade vermelha, metade rosa e não conseguia escolher qual a cor que eu achava que ficava melhor.
E aqueles prédios de pedra e vidros de cristal eram fascinantes. Sombrios, a luz do sol refletia nos cristais criando um brilho amarelo dentro daquelas peças vazias.
Caí por acaso em um post que escrevi em maio do ano passado. E fiquei com vontade de ouvir Placebo de novo.
Please don't drive me blind. Não consigo lembrar qual era o mistério daquele post do 13 de maio de 2008. Mas eu sei que daqui a pouco vem.
Pesto de alfavaca, então? Vou ter de experimentar.
E agora estou nisso aqui.
segunda-feira, 18 de maio de 2009
Intrépido
Ineditismo: sessão de cinema à meia-noite na sexta-feira. Anjos e Demônios. Gostei bastante. Da companhia também. E o Ewan McGregor? Amo.
2 livros do Hornby comprados na Cultura, no sábado: comecei a ler os dois ao mesmo tempo. No domingo.
Gastação homérica na Zara = 2 calças novas de pernas longuíssimas = preciso ir urgente na costureira, mandar fazer as barras.
2009 = ano de viajar. Fim de maio, aniversário, corpus christi, maybe september e, ainda, reveillon.
Meu amigo: promete pra mim que quando tu casar de novo tu vai fazer um puta festão? E eu: prometo. Vou fazer um puta festão, do jeito que EU quero.
Meu amigo: promete que tu nunca mais vai te comportar como algo que tu não é? E eu: prometo tentar.
Almoço de sexta-feira com direito a pés. Ideias completamente malucas que me passam na minha cabeça. O cúmulo da intimidade, eu disse, é pedir pra ver os pés da pessoa.
E, como eu disse, o mundo tá cheio de gente chata bagaray.
E, como eu disse, tomate cru pra alguns.
E veio o sol. Mas o horóscopo disse que o sol ia queimar minha ideias, pois viria forte demais... momento de ficar quieta no meu canto?? Preservar minha alvura.
Ineditismo 2: planejando uma fuga no meu aniversário. Primeira vez na vida que eu não quero fazer festa e sinto vontada de estar sozinha no meu aniversário. Quem sabe Budapeste? ;)
Aliás, Budapeste está a caminho de Lisboa, partiu hoje de manhã.
A Long Way Down é um livro sobre suicídio, vejam vocês. E o outro é um livro sobre livros. Um livro sobre livros! Acho que vou continuar preferindo o 31 songs, sobre músicas.
Baixei um cd da Jewel mais recente, country demais. Affe. Prefiro as musiquinhas dor de corno dela, como Foolish Games.
No meio disso: Transatlanticism, do Death Cab for Cutie. Linda demais.
No meio disso: drama, drama, drama... no thanks. Cansei.
Chimas na redença com um grande amigo, adorei. Caminhada na noite até em casa, balbúrdia total na frente do Guion, pulinho no Zaffari para comprar shiitaki, que tava muito bom, tô me aprimorando nisso.
Ontem comi uma fatia de pão 12 grãos com creamcheese, 2 xícaras de chá, redenção: 1 térmica de chimarrão. Janta: shiitaki com castanhas do pará. Depois não resisti e comi duas fatias finas de pão integral com semente de girassol e cream cheese. Suco de cranberry. Mais chá de borboleta. Dia bom não me dá fome.
Hoje: resolvi fugir da dieta porque fui assolada por uma vontade enorme de café com leite. Péssima ideia. Azia a manhã toda, dor abdominal. Muita água e passou, ainda bem.
Vontade de trocar bilhetinhos em sala de aula.
Sonho: corro numa floresta. Não é fuga, é apenas jogging. Roupa de ginástica. Suo sangue, que escorre pelas pontas dos dedos. No outro sonho, eu tinha 3 pontos sanguinolentos na barriga, embaixo da pele, abaixo da costela esquerda. Eles sangravam por dentro da minha pele, era algo muito estranho.
Folhas secas e raios de sol no meio das árvores. Fico intriguida com aquele sangue misturado ao suor. E suo em bicas. Depois praia. Uma impressão ruim que se desfez num domingo de sol.
Combinamos de nos encontrarmos de novo, no aeroporto, apenas para nos despedirmos mais uma vez. E os dois disseram: adoramos despedidas. Chegadas. Partidas. Aeroportos. Tão raro encontrar almas afins.
Cinza e ensolarado. Ideias queimadas? Ainda não. I can see clearly now the rain is gone.
E sim, a resposta era sim, eu sabia que sim, mas mesmo assim: não. And I don't really know why.
Deixa eu falar...
Não sei se acho isso bom ou ruim, mas me parece essencialmente ruim...
Súmula do STJ sobre investigação de paternidade pode virar lei
O reconhecimento da presunção de paternidade quando houver recusa de suposto pai em submeter-se a exame de DNA ou a qualquer outro meio científico de prova, quando estiver respondendo a processo de investigação de paternidade, pode vir a tornar-se lei. A proposta, parte de um projeto de lei da Câmara aprovado pela Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) do Senado Federal na última semana, pode tornar lei entendimento já pacificado no Superior Tribunal de Justiça.
A questão está sumulada no Tribunal desde 2004. A súmula 301, publicada em novembro daquele ano, determina: em ação investigatória, a recusa do suposto pai a submeter-se ao exame de DNA induz presunção juris tantum de paternidade.
O entendimento começou a ser consolidado em 1998. Seguindo o voto do ministro Ruy Rosado, a Quarta Turma decidiu que a recusa do investigado em submeter-se ao exame de DNA, marcado por dez vezes, ao longo de quatro anos, aliada à comprovação de relacionamento sexual entre o investigado e a mãe do menor gera a presunção de veracidade das alegações do processo (REsp 135361).
Em outro caso, o ministro Bueno de Souza considerou o fato de o suposto pai ter se recusado, por três vezes, a realizar o exame. “A injustificável recusa do investigado em submeter-se ao exame de DNA induz presunção que milita contra a sua resignação”, afirma em seu voto (REsp 55958).
A Terceira Turma também consolidou essa posição ao decidir que, “ante o princípio da garantia da paternidade responsável, revela-se imprescindível, no caso, a realização do exame de DNA, sendo que a recusa do réu de submeter-se a tal exame gera a presunção da paternidade”, conforme acórdão da relatoria da ministra Nancy Andrighi (REsp 256261).
Vários e antigos são os julgamentos que solidificaram essa posição até que o Tribunal decidisse sumular a questão, agilizando, dessa forma, a análise dos processos com esse intuito nas duas Turmas da Segunda Seção, especializada em Direito Privado. A matéria agora está sendo discutida no Congresso Nacional. Originário da Câmara dos Deputados, o PLC 31/07 vai agora à votação no Plenário do Senado, para decisão final.
O projeto modifica a Lei n. 8.560/1992, que regula a investigação de paternidade dos filhos havidos fora do casamento. Segundo essa legislação, em registro de nascimento de menor apenas com a maternidade estabelecida, o oficial remeterá ao juiz certidão integral do registro e o nome e prenome, profissão, identidade e residência do suposto pai, visando à verificação oficiosa da legitimidade da alegação. Se o suposto pai não atender, no prazo de 30 dias, a notificação judicial, ou negar a alegada paternidade, o juiz remeterá os autos ao representante do Ministério Público para que intente, havendo elementos suficientes, a ação de investigação de paternidade. A proposta é inserir novo dispositivo pelo qual a recusa do hipotético pai em fazer os exames passa a ser considerada como admissão da paternidade.
domingo, 17 de maio de 2009
Carta a Daniel 1
Querido Daniel, como estás?
Espero que bem.
Nossa vida ficou louca, mas mesmo assim tentamos (eu tento) dar um rumo, olhar pro horizonte, querer algo mais. No momento, o que posso te dizer é que tenho andado distraída, tal qual aquela música, sabe qual é? Com alguns objetivos, mas muito distraída quanto a quase tudo, parece que nada importa, nada importa. Na livraria eu disse: dessa vida, levamos apenas nossa sabedoria. Ela me respondeu: nem isso. E eu disse: então nada importa. Mas mesmo assim comprei 2 livros novos, tu sabes que eu amo ler.
Ela me disse: leia coisas que vão te fazer ir adiante. E eu disse: não leio nada que não me acrescente. O que é uma meia verdade. Ou uma meia mentira, mas que diferença faz?
As pessoas querem ser amadas, todos querem ser amados, como disse o Carlos, aquele amigo de quem te falo tanto. No entanto, o que eu percebo, é que não querem amar de volta. Será mesmo isso?
Eu quero saber de ti, como vai tua vida, que andas fazendo, mas, principalmente, em que andas pensando. Tens sentido algo? Eu tenho sentido muito pouco, o que me causa enorme estranheza, pois sabes como sempre fui intensa em meus sentimentos. Agora tudo me parece superficial e vazio. O horóscopo disse que o sol está entrando no meu signo, e isso significa que minha vida vai voltar a ter belos dias. Não sei se acredito.
Na verdade, meus dias não têm sido ruins, muito pelo contrário. Tenho tido vários belos dias, mas alguns carecem de significado. Tu sabes como eu estou sempre tentando dar significado e interpretação a tudo, mania terrível, da qual venho tentando me livrar há algum tempo.
O que eu não entendo é a falta de sinceridade e franqueza das pessoas em geral. Qual a dificuldade que encontram? Nós, os francos, somos chamados de rudes, grosseiros, mas ao menos somos livres. Mais que isso: não somos covardes. Sei que concordas comigo nisso, tu, sempre tão corajoso, tão direto, tão franco.
Ele me disse: sei que tu gostas de franqueza. E eu realmente gosto. Não peço nada além disso.
Conte-me, amigo, o que aspiras ultimamente?
Vou voltar às minhas leituras.
Como todo amor,
C.
sábado, 16 de maio de 2009
Você tem sempre essa nobreza de represar os sentimentos...
"Ou confiamos no amor, ou ele deixa de existir. Não se pode inventar nada além daquilo que a natureza criou para o ato sexual, meu caro, sem fazê-lo perder a força e a beleza originais".
"Benjamim. Ele é baiano. Preferiu viver em São Paulo porque adora o deserto. Homem de muito saber e sensibilidade, precisa, para resistir a si próprio, de bastante aridez, secura e vazio ao seu redor. Nada melhor, pois, que a cidade de São Paulo com suas centenas de quilômetros quadrados de concreto armado, veias e artérias de ferro e aço, pele de asfalto e granito. Homens e mulheres, poucos e bons, em número e qualidade suficientes ao seu apetite intelectual, afetivo e sexual. O resto, isto é, quase todas as criaturas que habitam a cidade, Benjamim compara a formigas obreiras, recobertas de quitina do rabo cotó aos ferrões agressivos. Se não mexermos com elas não nos incomodam, porque são muito pacíficas. Estão sempre ocupadas e, em geral, não são carnívoras".
"A alienção tem muitos caminhos. Mas a mental é menos importante e grave que a vital. Não foi nossa mente que ficou louca, mas nossa vida, compreende? E, permanecendo intacto o pensamento, julgamos, criticamos, analisamos e sintetizamos nossa incapacidade de ser, estar, sentir, querer e fazer".
(Todos esses trechos são de Cleo e Daniel, do Roberto Freire. E o título do post tirei do Leite Derramado, do Chico Buarque)
"Benjamim. Ele é baiano. Preferiu viver em São Paulo porque adora o deserto. Homem de muito saber e sensibilidade, precisa, para resistir a si próprio, de bastante aridez, secura e vazio ao seu redor. Nada melhor, pois, que a cidade de São Paulo com suas centenas de quilômetros quadrados de concreto armado, veias e artérias de ferro e aço, pele de asfalto e granito. Homens e mulheres, poucos e bons, em número e qualidade suficientes ao seu apetite intelectual, afetivo e sexual. O resto, isto é, quase todas as criaturas que habitam a cidade, Benjamim compara a formigas obreiras, recobertas de quitina do rabo cotó aos ferrões agressivos. Se não mexermos com elas não nos incomodam, porque são muito pacíficas. Estão sempre ocupadas e, em geral, não são carnívoras".
"A alienção tem muitos caminhos. Mas a mental é menos importante e grave que a vital. Não foi nossa mente que ficou louca, mas nossa vida, compreende? E, permanecendo intacto o pensamento, julgamos, criticamos, analisamos e sintetizamos nossa incapacidade de ser, estar, sentir, querer e fazer".
(Todos esses trechos são de Cleo e Daniel, do Roberto Freire. E o título do post tirei do Leite Derramado, do Chico Buarque)
quinta-feira, 14 de maio de 2009
O inferno são os outros
Ontem deve ter sido o primeiro dia do meu inferno astral, a própria quarta-feira 13, com direito a jasons, chuckys, etc.
Já começou de manhã: vizinho na trilha sonora romântica. Depois, ele sai a me seguir pela rua, escondendo-se atrás dos orelhões e fingindo entrar em botecos.
Vontade que me deu de ir até ele e acertar um soco bem dado no meio da cara!
Trabalho, aquela coisa. Melhor nem comentar.
Justiça à tarde, cheio de gente, filas, uma bagunça total e não, não estou falando do fórum.
Chuva bem na hora de ir para o boxe. Falta de luz em metade da cidade, desço da lotação e um pivete tenta me assaltar, me atiro na frente dos carros e corro até o clube.
Ao menos a luz voltou bem na hora do treino e pude dar uns bons socos.
Na volta, me dei conta que tinha esquecido a sombrinha na lotação... banho de chuva bem tomado. Ao menos eu tinha música nos ouvidos.
Terminei de ler Cleo e Daniel, e algumas coisas mudaram sim nesses 15 anos de diferença entre uma leitura e outra, mas isso vale outro post.
No mais, ansiosa por algumas coisas. Mas o I-Ching me disse ontem: paz. Assim, fiquei feliz de novo.
Paz. Tudo que eu sempre quis. Paz.
Hoje, só Radiohead salva. Aliás, só bodysnatchers salva. Porque nós vivemos num mundo cheio deles.
quarta-feira, 13 de maio de 2009
Incompletas
Vai chover... sinto o cheiro. Isso apenas porque estou cansada bagaray e vou pro boxe.
Isso só porque dormi super pouco, fazendo mil coisas, pensando mil coisas, e o vizinho psicopata saiu me seguindo na rua de manhã.
Eu vou no boxe só para poder dar um soco bem dado na cara dele.
É a nossa vida que ficou louca, entende?
Cleo e Daniel continua sendo, junto com Cem Anos de Solidão, o melhor livro que eu já li. 15 anos depois.
Estou quase terminando e assim que terminar, vou pegar Cem Anos de Solidão em espanhol, edição comemorativa, e traçar também.
Um mau cheiro me persegue desde que acordei, não sou eu, não está em mim, não sei o que é, apenas sinto esse mau cheiro e sequer identificá-lo consigo.
É amor antigo, disse uma amiga. Eu achava que ninguém notava. Ele espera por mim... affe... sinto vontade de rir disso.
O estagiário faz torrada no microondas. Ô vontade!
Cansada, cansada... mente turva.
Almoço de correria e uma vã tentativa de colocar assuntos em dia. Hoje em dia, quem consegue colocar assuntos em dia? (dia, dia, dia, dia, dia, dia... e chove... M!)
E este é o ano da França no Brasil, meus amigos! É, coincidências, coincidências e as coisas que eu invento nessa minha cabecinha criativa.
terça-feira, 12 de maio de 2009
blank
Llorando, Rebeka Del Rio, aqui. Chuva. Lá fora.
Budapeste? Não, Porto Alegre mesmo. Take a plane and come, I'll let you sleep in my bed.
Gonna be out all day, wish I could stay.
Wish you would come and sleep with me... it's gonna rain all night long.
Apego e desapego? Could be.
Meu francês ainda não me permite. Mais le jour viendra.
Por ora, não direi nada. Aindas mais às pessoas que simplesmente não têm capacidade de entender.
Just think about me. I just need you to think about me.
Nothing like you and I é uma das melhores músicas que eu ouvi nos últimos tempos.
Ele disse que sabia que ia me encontrar, isso não é engraçado?
Felizes encontros nos últimos dias. Só queridos.
E umas coincidências very strange.
I know I'm part of a bigger, better plan, it's a puzzle, but I don't know yet how to put the pieces together and I probably don't have all of them yet.
YET.
sexta-feira, 8 de maio de 2009
Tuitadas
Já que o twitter tá fora do ar...
Ades de morango tem gosto de Quicky. #sabordeinfancia
Sem last.fm, sem Virgin France, tô apelando pra BBC 1...
Adoro esse sotaque britânico... como eu queria estar em Londres agora...
Planejando a minha fuga, pensando seriamente em fazer uma indiada das boas no Corpus Christi, mas das boas mesmo...
Começando coisas essa semana, sem prazo para terminar, o que é muito bom.
Não é o trabalho, são as pessoas, né Jojô?
Pensando nas pouquinhas mudanças que posso promover no meu pequeno studio para deixá-lo mais com cara de lar, doce, lar...
Preciso de novas músicas.
Pensando em voltar pra faculdade, teste vocacional?
Pensando, pensando, pensando... na lua cheia de escorpião que chega nesse findi... supostamente as coisas ficam mais claras depois dela. Veremos.
Olívia está numa clara campanha para me matar... ela finge que vai se jogar da janela pra ver se eu me jogo atrás... eu falo coisas como: "vamos nos comportar um pouco, vamos?"
Odeio dias cinza. Nesse findi não posso fugir porque já marquei coisas como andar de roller e ir ao cinema... mas no próximo, ah, o próximo... fuga à vista.
terça-feira, 5 de maio de 2009
Queens of the Stone Age
Fomos rainhas, fomos reis. Hoje? Pó. Mas ainda podemos ser... polvo de estrellas.
Come and sleep with me.
Come and sleep with me.
She said "i'll throw myself away,
They're just photos after all"
I can't make you hang around.
I can't wash you off my skin.
Outside the frame, is what we're leaving out
You won't remember anyway
I can go with the flow
Don't say it doesn't matter (with the flow) matter anymore
I can go with the flow (I can go)
Do you believe it in your head?
It's so safe to play along
Little soldiers in a row
Falling in and out of love
Something sweet to throw away.
I want something good to die for
To make it beautiful to live.
I want a new mistake, lose is more than hesitate.
Do you believe it in your head?
I can go with the flow
Don't say it doesn't matter (with the flow) matter anymore
I can go with the flow (I can go)
Do you believe it in your head? X3
Sábio I-Ching
domingo, 3 de maio de 2009
Ay carajo!
Se samba pa ti tivesse uma letra, qual seria? Pra mim essa música lembra amor. Mas não qualquer um. Só vejo gente amargurada e, no entanto, eu insisto. Insisto. Idiota, muito provavelmente. Mas eu insisto. Louca, muito provavelmente, mas eu insisto. Me lembra amor. Mas não qualquer amor. Talvez um que não exista. As pessoas são escrotas, escrotas, escrotas. Mas mesmo assim eu insisto. Porque essa música me lembra amor. Porque como disse o Che: o que move um revolucionário verdadeiro é o amor. O amor pela justiça, pela igualdade, pela liberade. O amor pelo amor. O amor pelo que é belo.
E samba pa ti diz isso: a juventude é a eterna beleza. Por mais que eu ouça que as pessoas só se apaixonam aos 12 anos. O que é ridículo. Por mais que eu ouça que depois, não mais, não mais. Por mais que eu veja a amargura que escorre pelos cantos. Por mais que eu seja amarga. Tem um pouco de amargura que simplesmente não me adentra. Um mel que bloqueia. Umas flores jogadas ao alto. Uma ajuda inesperada. Uma solidão merecida. Uma solidão triste e ao mesmo tempo libertária. Porque samba pa ti diz eu te amo, te amo, te amo. E mesmo assim há pessoas que ficam putas com o amor porque ele é repetitivo e ridículo. Porque o amor não pode existir se tomou umas cachaças. O amor não pode existir se fumou um baseado. O amor não pode existir se bebeu cerveja demais e disse de menos. O amor não pode existir se não for sério. E, no entanto, ele existe e insiste acima de tudo. Nas coisas mais pequenas. Nas coisas mais insignificantes. Nas flores murchas, ainda assim, ele ganha significado. Em lágrimas não derramadas e na amargura da decepção, ele insiste. E eu? Continuo trouxa, mas ao menos uma trouxa com convicção.
E samba pa ti diz isso: a juventude é a eterna beleza. Por mais que eu ouça que as pessoas só se apaixonam aos 12 anos. O que é ridículo. Por mais que eu ouça que depois, não mais, não mais. Por mais que eu veja a amargura que escorre pelos cantos. Por mais que eu seja amarga. Tem um pouco de amargura que simplesmente não me adentra. Um mel que bloqueia. Umas flores jogadas ao alto. Uma ajuda inesperada. Uma solidão merecida. Uma solidão triste e ao mesmo tempo libertária. Porque samba pa ti diz eu te amo, te amo, te amo. E mesmo assim há pessoas que ficam putas com o amor porque ele é repetitivo e ridículo. Porque o amor não pode existir se tomou umas cachaças. O amor não pode existir se fumou um baseado. O amor não pode existir se bebeu cerveja demais e disse de menos. O amor não pode existir se não for sério. E, no entanto, ele existe e insiste acima de tudo. Nas coisas mais pequenas. Nas coisas mais insignificantes. Nas flores murchas, ainda assim, ele ganha significado. Em lágrimas não derramadas e na amargura da decepção, ele insiste. E eu? Continuo trouxa, mas ao menos uma trouxa com convicção.
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