quinta-feira, 9 de abril de 2009

The new druggies


Quem me conhece, sabe o quanto eu condeno remédios. Não tomo pra quase nada, nem pra dor. Me chamem do que quiserem, não gosto de coisas que não resolvem o problema, só minimizam. E tenho muitas (pra não dizer todas) restrições contra psicoterápicos. Penso que esse tipo de medicamento só deve ser usado por quem tem um diagnóstico de doença mental (depressão incluída nessa), e não só porque a pessoa está ansiosa, ou passando por um momento difícil, deve ficar lançando mão desse tipo de coisa.
Ansiedade causa problemas físicos, eu sei. Tristeza, também. No entanto, eu acho que a sociedade banaliza demais o uso desse tipo de medicamento (fluoxetina e afins), e muita gente que podia muito bem fazer um esforcinho para se resolver através de uma vida mais saudável (alimentação melhor, exercício físico e terapia), acaba se atirando nas "pílulas da felicidade".
Não acho que essas pílulas curem "ódio no coração".
Hoje, meu ginecologista me disse que estou muito ansiosa e devo tomar remédios pra isso. Acho que vou fazer tai-chi-chuan, sinceramente.

3 comentários:

Dani disse...

Tb acho. Algumas pessoas querem só vida fácil e a vida não é fácil. Acho que devemos aprender a sobreviver aos momentos difíceis sem usar muletas.Remédios só em último caso.

G.D. disse...

"Remedio" para tudo, de fato.

Em breve viveremos em uma sociedade DESACOSTUMADA COMPLETAMENTE com o minimo sofrimento, como todos esses medicamentos recomendados em todas ocasioes.

Sempre penso nisso quando vejo aquelas pessoas que SE ATIRAM da janela por qualquer coisa.

Alias: o quanto SIMBOLICA vem a ser uma morte por OVERDOSE DE REMEDIOS TRANQUILIZANTES, hmmm? O que inconscientemente a pessoa QUER com aquilo? Paz perpetua...

Vica disse...

Welcome to the Brave New World. Assistam ao Zeitgeist. Prozac and tv, no one needs anything else.