sábado, 22 de julho de 2006

Idades

Foto do SXC, da avó do Adam.


Uma das coisas que me passou pela cabeça esses tempos, sobre o que difere tanto a geração atual de pessoas na faixa dos quase 30 e 30 e poucos, da mesma geração há uns bons anos atrás, é que antigamente (mas nem tão antigamente assim), há essa altura da vida, as pessoas já estavam todas, ou quase todas, casadas, com filhos, preocupadas com manter suas famílias e etc. E hoje em dia, a gente tá assim, solteiro, sem filhos, morando com os pais ainda (a maioria) e pensando que vai viver, no mínimo, mais uns 40 anos... e o que fazer com todo esse tempo??
Porque acho que não sou só eu que me questiono: o que a gente leva dessa vida, afinal? Se é que, efetivamente, levamos qualquer coisa. Talvez seja tudo vazio, depois da morte, talvez apenas, a inexistência. E contente-se com isso! Com a inexistência. Nada de céu, nem inferno, nem escolas de espíritos, nem ficar vagando pela terra e obsediando os vivos. Nah, você vai deixar de existir. E mesmo que as pessoas lembrem de você, que você escreva livros que serão lidos 100 anos depois da sua morte, que você vire nome de rua, de praça, nada disso fará diferença para você, inexistente.
Talvez a gente devesse encarar a morte sobre outra perspectiva: o que, afinal, deixaremos para os outros?
E isso vale para envelhecer: o que eu farei do meu tempo agora para quando, daqui 40 anos, eu olhar para trás e gostar do que vir?
Ou talvez, o que a gente deva mesmo pensar é o seguinte: só tenho essa uma vida para viver, não vou levar nada, nem deixar nada, então, o que fazer?

2 comentários:

Anônimo disse...

Minha mae sempre dizia:

"So se leva da vida a vida que se leva".

Quando olhar pra tras que se possa sorrir com o que se foi.

Beijo

Julis disse...

É por isso que a vida é feita de muitas lembranças e sempre queremos e fazemos pra que na maioria delas sejam boas