segunda-feira, 18 de junho de 2007

The Prestige


"Um filme de época, “The Prestige” foca as inovações técnicas do final do século XIX, e aquela que é a “magia real”: a ciência. Para o efeito, faz uso de uma personagem real, o físico sérvio Nikola Tesla (um impressionante David Bowie, cuja voz – Zeus! – nem um sotaque sérvio consegue esconder). O filme explora em particular a sua rivalidade com Thomas Edison e as suas investigações sobre geração e transmissão eléctrica em Colorado Springs. Como seu assistente, Mr. Alley, está o actor Andy Serkis, mais famoso por “não ser visto” no ecrã* em papéis como Gollum ou King Kong.



Christian Bale e Hugh Jackman protagonizam um grande duelo de forças, o primeiro com a intensidade e versatilidade à qual nos tem vindo a habituar, o segundo com uma solidez cada vez mais interessante. A escolha menos acertada foi a de Scarlett Johansson, relegada para um papel quase só meramente decorativo. E “The Prestige” é, de facto, esteticamente deslumbrante: um fabuloso design de produção, um guarda-roupa delicioso (ainda estou a sonhar com aquele corpete-ligas de Johansson...) e a fotografia luxuriante de Wally Pfister (colaborador habitual de Nolan).



Alguns ficarão desiludidos quando este filme chegar ao fim. Perceber “The Prestige” é, no limite, a mesma sensação de perda que se tem quando se entende como funciona o truque, um misto de alívio e desencanto. Porque, na verdade, nós não queremos saber. Nós queremos ser enganados, bem enganados".

*ecrã, para quem não sabe português, é a tela do cinema. Tirei esse texto da internet.


Vi esse filme no findi. Achei excelente. Tinha visto "O Ilusionista" já, que também é sobre o mesmo tema: mágicos. Mas "O Ilusionista", apesar de ter o ótimo Edward Norton, é uma porcaria de filme, muito fraquinho mesmo. "The Prestige" é muito superior. O elenco é ótimo, ótimo, e realmente, o final é bem imprevisível.

Fora isso, toda a temática psicológica da rivalidade dos dois mágicos me fez pensar num situação que eu vivo, e percebi toda a perda de tempo e de energia que isso é. Fora a enorme possibilidade de uma tragédia ao final. Talvez não uma tragédia tão 'trágica' quanto a do filme, mas enfim... uma tragédia, uma perda, uma decepção. E por nada. Calma!! Não estou antecipando o final do filme! A tragédia está presente no filme todo. Vale a pena assistir.

Outra coisa que faz pensar é a frase preferida de uma das personagens: Are you looking closely? Numa tradução literal: você está olhando de perto? Mas numa tradução boa: você está olhando com atenção? Porque a maioria das pessoas não presta atenção. Como diz o Michael Cane no filme: você quer ser enganado. Eu sempre penso que essa coisa de uma pessoa te surpreender para pior, de você ter um relacionamento com alguém e depois dizer que não conhece a pessoa e nunca conheceu, que não sabe quem ela é, é a maior mentira. Você sabia direitinho. Ou não sabia porque NÃO QUIS SABER. De novo, as personagens secundárias, sobre as quais já falei no Multiply... elas dão uma perspectiva diferente sobre a situação da personagem principal. A esposa da personagem do Christian Bale, uma atriz que eu não sei quem é, mas que achei ótima, ela sabia tudo, ela sempre quis saber tudo. Olhe com atenção...

3 comentários:

Marcelino, Pane i Vino disse...

Também tem a frase: wanna be?? Essa pareceser bem mais conjugada!! Mas as pessoas se esquecem de serem elas e vivem o somnho de ser outra. Vide Mulher solteira procura...
Beijos.

Juliana Eliezer (Joo) disse...

Eu quero ser enganada. Mas, também citando, eu sou toda desengano.

beijos.

Julio Nunes disse...

Faz tempo que não lia sobre o Nikolas Tesla, mais ainda sobre o David Bowie...e sim, aceitei vosso convite no mesmo dia que me mandaste ele...

bjo,