"Um filme de época, “The Prestige” foca as inovações técnicas do final do século XIX, e aquela que é a “magia real”: a ciência. Para o efeito, faz uso de uma personagem real, o físico sérvio Nikola Tesla (um impressionante David Bowie, cuja voz – Zeus! – nem um sotaque sérvio consegue esconder). O filme explora em particular a sua rivalidade com Thomas Edison e as suas investigações sobre geração e transmissão eléctrica em Colorado Springs. Como seu assistente, Mr. Alley, está o actor Andy Serkis, mais famoso por “não ser visto” no ecrã* em papéis como Gollum ou King Kong.
Christian Bale e Hugh Jackman protagonizam um grande duelo de forças, o primeiro com a intensidade e versatilidade à qual nos tem vindo a habituar, o segundo com uma solidez cada vez mais interessante. A escolha menos acertada foi a de Scarlett Johansson, relegada para um papel quase só meramente decorativo. E “The Prestige” é, de facto, esteticamente deslumbrante: um fabuloso design de produção, um guarda-roupa delicioso (ainda estou a sonhar com aquele corpete-ligas de Johansson...) e a fotografia luxuriante de Wally Pfister (colaborador habitual de Nolan).
Alguns ficarão desiludidos quando este filme chegar ao fim. Perceber “The Prestige” é, no limite, a mesma sensação de perda que se tem quando se entende como funciona o truque, um misto de alívio e desencanto. Porque, na verdade, nós não queremos saber. Nós queremos ser enganados, bem enganados".
Christian Bale e Hugh Jackman protagonizam um grande duelo de forças, o primeiro com a intensidade e versatilidade à qual nos tem vindo a habituar, o segundo com uma solidez cada vez mais interessante. A escolha menos acertada foi a de Scarlett Johansson, relegada para um papel quase só meramente decorativo. E “The Prestige” é, de facto, esteticamente deslumbrante: um fabuloso design de produção, um guarda-roupa delicioso (ainda estou a sonhar com aquele corpete-ligas de Johansson...) e a fotografia luxuriante de Wally Pfister (colaborador habitual de Nolan).
Alguns ficarão desiludidos quando este filme chegar ao fim. Perceber “The Prestige” é, no limite, a mesma sensação de perda que se tem quando se entende como funciona o truque, um misto de alívio e desencanto. Porque, na verdade, nós não queremos saber. Nós queremos ser enganados, bem enganados".
*ecrã, para quem não sabe português, é a tela do cinema. Tirei esse texto da internet.
Vi esse filme no findi. Achei excelente. Tinha visto "O Ilusionista" já, que também é sobre o mesmo tema: mágicos. Mas "O Ilusionista", apesar de ter o ótimo Edward Norton, é uma porcaria de filme, muito fraquinho mesmo. "The Prestige" é muito superior. O elenco é ótimo, ótimo, e realmente, o final é bem imprevisível.
Fora isso, toda a temática psicológica da rivalidade dos dois mágicos me fez pensar num situação que eu vivo, e percebi toda a perda de tempo e de energia que isso é. Fora a enorme possibilidade de uma tragédia ao final. Talvez não uma tragédia tão 'trágica' quanto a do filme, mas enfim... uma tragédia, uma perda, uma decepção. E por nada. Calma!! Não estou antecipando o final do filme! A tragédia está presente no filme todo. Vale a pena assistir.
Outra coisa que faz pensar é a frase preferida de uma das personagens: Are you looking closely? Numa tradução literal: você está olhando de perto? Mas numa tradução boa: você está olhando com atenção? Porque a maioria das pessoas não presta atenção. Como diz o Michael Cane no filme: você quer ser enganado. Eu sempre penso que essa coisa de uma pessoa te surpreender para pior, de você ter um relacionamento com alguém e depois dizer que não conhece a pessoa e nunca conheceu, que não sabe quem ela é, é a maior mentira. Você sabia direitinho. Ou não sabia porque NÃO QUIS SABER. De novo, as personagens secundárias, sobre as quais já falei no Multiply... elas dão uma perspectiva diferente sobre a situação da personagem principal. A esposa da personagem do Christian Bale, uma atriz que eu não sei quem é, mas que achei ótima, ela sabia tudo, ela sempre quis saber tudo. Olhe com atenção...
3 comentários:
Também tem a frase: wanna be?? Essa pareceser bem mais conjugada!! Mas as pessoas se esquecem de serem elas e vivem o somnho de ser outra. Vide Mulher solteira procura...
Beijos.
Eu quero ser enganada. Mas, também citando, eu sou toda desengano.
beijos.
Faz tempo que não lia sobre o Nikolas Tesla, mais ainda sobre o David Bowie...e sim, aceitei vosso convite no mesmo dia que me mandaste ele...
bjo,
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