Terminei de ler "Travessuras da Menina Má" e confesso que me deu uma raiva enorme ter perdido meu tempo com esta leitura. Mais uma razão para não ler best sellers com espectativas... tudo bem, é Mario Vargas Llosa e minha expectativa devia-se ao renomado autor, e não ao fato do livro não ter saído da lista dos mais vendidos (mas não necessariamente lidos) por um bom tempo.
De qualquer maneira, meu ímpeto inicial foi proclamar que o livro é uma bosta. Mas, como é Vargas Llosa, simplesmente não posso dizer isso. Como eu já havia comentado aqui, o pano de fundo da estória é deveras interessante, mas a estória em si, dá vontade de queimar o livro. Só ao final é que me dei conta da incrível semelhança entre este livro e o que eu li antes dele, O Passado.
Ambos os personagens são tradutores, ambos têm nomes que começam com "Ri" (um é Ricardo, outro é Rímini) e ambos têm sérios problemas de relacionamento com o sexo oposto. Mas enquanto O Passado é uma narrativa forte, pesada, que vai a fundo no tema que trata (pois o tema dos livros, é, no fundo, o mesmo: o amor), Travessuras da Menina Má é de uma superficialidade cortante. Eu já tinha escrito aqui que aquele amor todo não me convencia, e não convenceu, até o final. O que me pareceu foi que, na verdade, o que o idiota do Ricardito queria era não ter que se relacionar com ninguém. Aquela mulher que ia e vinha era uma benção para um sujeito que, no fundo, também não queria se comprometer, era um perdedor, com uma vidinha medíocre e que queria apenas um pouco de aventura e uma boa estória para contar. Isso, só isso. Nada de amor abnegado e quetais.
Apenas a minha humilde opinião, mas fato é que fiquei tão p. da vida com esse livro que agora vou ler um clássico da literatura inglesa (em inglês, of course): Agnes Grey. E depois desse pego o Fitzgerald (The Diamond as Big as the Ritz), pra mudar de ares.
3 comentários:
Oi Vica!
Ainda não li Travessuras, mas já tinham me dito que esse O Passado é muito bom. E eu amo amo amo o Fitzgerald, e esse conto (The Diamond) é ótimo. Mas, pra mim, o melhor dele mesmo é o Great Gatsby!
Beijoca
(Se quiser o Gatsby em inglês, eu tenho, posso te emprestar, do tempo do intercâmbio. Tenho também o Scarlet Letter, se tu quiser treinar um inglês do século 17, eheheheh!)
Recomendo o Efrain Medina ao Vargas Llosa, "Era uma vez o amor, mas tive de matá-lo" aborda tb este tema, entre outros, e o autor esculhamba nas entrevistas estes tradicionais como Mário ao qual se refere como Marketing Vargas Llosa. Um sarro.
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