segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Marina - de Marília de Camargo César

Marina - Marília de Camargo César
Editora Mundo Cristão
Peguei esse livro emprestado de uma colega de trabalho. Tinha que ler uma biografia, não sabia de quem, e ela me indicou e emprestou o livro.
Acabou sendo uma boa escolha por dois motivos: 1) para conhecer melhor aquela que foi a minha candidata à presidência do País; e, 2) para conhecer melhor a história do Acre e do Norte do Brasil, sobre a qual eu confesso: não sabia nada.
A vida de Marina da Silva é realmente extraordinária. Merece ser lido o livro por todo aquele que se interessa um pouco por política nesse país e tem a esperança de que o Brasil melhore.
Também, como eu disse, por retratar, um pouco da história do estado do Acre e de algumas das principais figuras políticas brasileiras, como o ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva, e Fernando Gabeira.
Ainda, conta um pouco mais da história de Chico Mendes, esse ícone da luta ambiental do país que, segundo o professor da Universidade Federal do Acre, Elder Andrade de Paula, foi "santificado" e, na minha leitura, equiparado a um Che Guevara brasileiro. Quando o livro chega à data de falecimento dele, meus olhos encheram-se de lágrimas.
O livro não é longo, tem um pouco mais de 200 páginas e algumas fotos que ilustram a vida de Marina da Silva.
Há uma parte chata, que foca demais no cenário político e menos na vida da biografada, mas, no geral, dou nota 5 (de 5). Realmente vale a leitura.
Desafio Literário 2011
Esse texto faz parte do projeto de blogagem coletiva Desafio Literário 2011, proposto pelo blog Romance Gracinha. A resenha corresponde ao mês de Fevereiro, cujo objetivo é ler uma biografia.
Confira no blog do desafio as resenhas dos outros participantes para este mês.
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quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Sonho

Essa noite sonhei que estava numa casa, era uma casa que ficava abaixo do nível da rua, como se fosse um porão. Eu já sonhei com essa casa antes, mas não é um lugar que eu conheça (ao menos, acho que não). As portas e janelas estavam todas abertas. Eu estava deitada na cama, ao lado do meu namorado, provavelmente exatamente do jeito que estávamos dormindo. E então entravam dois homens na casa, eu os via entrar, eram como sombras, vultos, apenas os contornos escuros, sem rostos. Eu ficava apavorada e tentava me mexer e gritar, mas mas não conseguia. Apenas murmurava o nome do meu namorado, mas ele não acordava. Os vultos vinham e paravam ao meu lado, ao lado da cama. Um se ajoelhava, e ficava como se estivesse me olhando. O outro pegava a minha mão e dava um beijo no dorso dela e ficava segurando minha mão. Mas eu estava apavorada, ficava tentando gritar, sem conseguir, e aí acabei acordando.

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Shh...

Tudo aquilo que não está escrito. O que nunca foi dito. Aquele gesto que nunca saiu do pensamento. São todas essas coisas que farão falta no final. E ele virá quando você menos imaginar. E com ele um vazio. Não muito grande, mas tampouco pequeno. Um vazio com uma agulha para fazer doer de vez em quando. Fazer doer toda vez que você quiser enfiar a mão lá dentro para tentar preencher o vazio.
Eu sinto muito, eu sinto muito mesmo. Por você e também por mim.

domingo, 13 de fevereiro de 2011

Sobre os fatos.

O fato é que somos duras demais. Com a gente mesma. É uma agressividade sem tamanho, voltada para si.
Eu queria que a gente fosse menos cruel.
Eu queria que eu me castigasse menos. Gostaria de sofrer menos. Mas a gente embarca numa navalha na carne e só pára quando estamos em frangalhos.
Ele vai te estender o tapete vermelho. Quando você não precisar mais dele. Ou não quiser mais.
Eu acreditava em encontros, mas a vida é desencontro. Desilusão. Decepção.
E tudo me parece sem sentido.
E eu não quero mais resolver os problemas alheios. Quero alguém que resolva os meus.
Eu tenho bastante a dar em troca. Sei que tenho.
Mas se me perguntassem quem eu sou, eu não saberia responder.
Essas são as evidências. De quem tem algo errado. Aqui. Agora.

sábado, 5 de fevereiro de 2011

Post 5 de fevereiro - Sobre cisnes e a ausência do querer

Meu dia hoje foi longo. Por isso escrevo esse post tão tarde.
Hoje fiz muitas coisas sob um sol escaldante.
Saímos para almoçar na Lancheria do Parque, tradicional "point" Portoalegrense, porque o namorado queria comer lá.
Eu confesso que prefiro o lugar no inverno. No verão é muito cheio, muito quente, e bastante sujo.
Mas a comida estava boa e dali fomos atrás de um brique, porque eu queria ver coisas para a minha nova casa, como louças e talheres, que tenho praticamente nenhum.
A tal loja estava fechada, mas caminhamos no sol em busca de apartamentos para alugar.
Sim, estou me mudando, mas ainda não encontrei um novo lugar para morar.
Depois disso acabamos rumando a um shopping center, porque o calor realmente estava exagerado.
Lá, encontramos uma amiga e fomos buscar refúgio no cinema, e escolhemos o filme do momento: Cisne Negro (Black Swan).
Confesso que o filme não me impactou tanto quanto eu pensei.Todos estão falando tanto sobre o filme, e sobre a performance da Natalie Portman, que eu esperava mais. Bem mais.
Depois do filme, fomos "jantar" no McDonald's, onde o atendimento é cada vez pior.
Demos tchau pra nossa amiga e fomos encarar um supermercado, em busca de víveres para comer amanhã. No supermercado, encontrei uma conhecida e o marido, com o bebezinho deles. Um fofinho, super simpático, riu muito pra mim.
Agora estou aqui, passando a limpo o dia de hoje.
Black Swan não foi tudo aquilo que eu esperava, mas foi o bastante para eu pensar em certas coisas.
Perfeccionismo, superação, libertação... esses são alguns dos temas do filme. Mas não só isso, o filme também fala sobre alcançar o que se quer.
Nina, a personagem de Natalie Portman queria muito ser a bailarina principal. Era para isso que ela se esforçava.
E eu? Esforço-me pelo quê?
Nisso estou pensando agora.
Se, por um lado, para ela atingir o que ela queria, ela teve de virar, praticamente, outra pessoa; por outro, ela conseguiu uma espécie de liberdade. Ainda assim, parece-me, não valeu a pena. Do meu ponto de vista. Quem já viu o filme talvez entenda o meu raciocínio.
Mas estou pensando nisso: será que eu me transformaria em outra pessoa pelo que quero? Será que eu seria capaz de me entregar por completo a um desejo?
Pelo visto, eu não sou capaz de nada disso. Meu perfeccionismo esbarra em minha preguiça. Minha dedicação esbarra na minha falta de desejo.
Eu quero ser mãe. Mas eu sempre coloco empecilhos a esse desejo.
Eu quero morar em outro país. Continuo aqui. Por quê?
O que será necessário a alguém obter as coisas que quer? Perder-se em si mesmo? Assassinar o lado bonzinho do caráter e assumir aquele lado negro e praticamente incontrolável?
Será que disciplina cega e obstinação sem medidas são o caminho? 
Ou será que estou exagerando e ainda não alcancei as coisas que digo querer porque, no fundo, não as quero tanto assim?
Hoje foi apenas um sábado. Eu não fiz nada de heróico, de diferente, ou de desafiador. E, no entanto, estou aqui: pensando. No que eu quero pra mim, pelos próximos 30 anos. Graças a um cisne perturbado.
Talvez eu esteja enganada. Talvez o filme tenha me impactado mais do que eu esperava.
Mas estou apenas divagando.

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Texto que eu escrevi para o Projeto 3Meia5. Só que mandei ele na madrugada, agorinha. Será que vai ser publicado? Não sei, mas espiem o projeto lá. É muito legal.