tag:blogger.com,1999:blog-240969542024-03-23T14:52:11.398-03:00Plain VicaWe live in a beautiful world...Vicahttp://www.blogger.com/profile/00365728624411766440noreply@blogger.comBlogger742125tag:blogger.com,1999:blog-24096954.post-61727642515612497232012-11-08T15:33:00.001-03:002012-11-08T15:33:47.280-03:00Untitled 5<br />
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-size: 13.5pt;">Talvez eu ainda mude de ideia, claro.
Quando a morte estiver ainda mais perto de mim, quando eu sentir seu hálito na
minha nuca, talvez eu volte a acreditar em eternidade. Mas agora não.<o:p></o:p></span></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-size: 13.5pt;">Tudo isso eu pensava enquanto arrumava
minha mala. Enquanto tentava pensar se levava este ou aquele anel, este ou
aquele vestido. Maquiagem? Deveria ir ao cabeleireiro? Que ridícula! Uma velha,
uma anciã, preocupando-se com vaidades. Mas a vaidade faz parte da dignidade
feminina, e eu não conseguia fugir disso. Marquei hora no salão.<o:p></o:p></span></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-size: 13.5pt;">Fazia já alguns meses que eu não viajava
de avião. Sempre tive medo. Sempre. Mas isso nunca me impediu. Gostava mais de
viajar do que tinha medo. Sempre esquecia de ser ateia quando o avião começava
a correr na pista: “meu deus, por favor, me proteja, que o avião não caia, que
ninguém aqui morra hoje, amén”. E essa seria uma viagem longa. Acabei de
verificar que estamos no mesmo país, mas não no mesmo horário.<o:p></o:p></span></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-size: 13.5pt;">- “Me conta! Me conta tudo!”<o:p></o:p></span></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-size: 13.5pt;">Assim era o cabeleireiro. Aquela alegria
própria dos gays, que é só deles, porque a maioria das mulheres, mesmo as mais
felizes, têm sempre uma certa amargura dentro de si. Ficou entusiasmadíssimo
com a minha história, a minha viagem, o “reencontro com o primeiro amor”. Juro
que encheu os olhos de lágrimas. Eu só dei algumas risadas discretas. Não
sentia toda essa emoção.<o:p></o:p></span></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-size: 13.5pt;">Devo confessar que sentia um misto de
mágoa e saudade. Saudade de algo que já não existia mais, não daquela pessoa.
Daquele homem. Daquele velho, ancião. Que eu sequer conhecia, se fosse ser
racional o bastante, tinha que admitir que depois de mais de 40 anos, eu sequer
sei quem ele é.<o:p></o:p></span></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-size: 13.5pt;">Cabelos cortados, unhas feitas, mala
pronta, banho tomado, roupas limpas, meu neto me levará até o aeroporto. Viro
crente outra vez: “seja o que Deus quiser”.<o:p></o:p></span></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-size: 13.5pt;">A filha achava-o gagá. Senil, pobre
coitado. Já quase sem juízo, a um passo da interdição. Mas ele não conseguia
deixar de pensar nela, naquela namorada de tantos anos atrás, e de chamá-la, e
de sentir que precisava vê-la, como se tivesse uma dívida pendente. Era isso:
uma dívida pendente. Ele magoara seu primeiro amor, ele partira um coração sem
pensar muito no assunto, e agora via (ou ao menos achava que) não podia ter feito
aquilo. Que a providência não aceitaria seu ingresso nos céus se aquele mal não
fosse remediado.<o:p></o:p></span></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-size: 13.5pt;">Quem ele queria enganar? Não acreditava em
Deus, paraíso, providência. Mas sentia que era necessário remediar aquele mal.
Pensava no quanto poderia estar sendo um velho ridículo, decadente, talvez ela
mal lembrasse dele, talvez não se importasse mais (esperava que não se
importasse mais). Quem sabe toda essa história não passasse de um desejo de um
velho moribundo de reencontrar seu primeiro amor e tentar reviver a juventude?<o:p></o:p></span></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-size: 13.5pt;"><br /></span></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
</div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span style="font-size: 13.5pt;">Agora era tarde para voltar atrás, ela já
estava a caminho. Só lhe restava esperar, e os dias no hospital eram lentos,
muito lentos.<o:p></o:p></span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span style="font-size: 13.5pt;"><br /></span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
</div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span style="font-size: 13.5pt;">No avião sentou-se ao lado de um homem que
aparentava ter a sua idade, bem como tinha um rosto familiar. Deixou o
pensamento ir embora. Conhecera tantas pessoas durante a vida que, no fim, todo
mundo parecia familiar. Afivelou o cinto, ajeitou-se naquela cadeirinha de bebê
(como as poltronas de avião tinham encolhido conforme os anos foram passando!),
pegou um livro da bolsa e começou a ler.<o:p></o:p></span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<br /></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span style="font-size: 13.5pt;">Antigamente daria um bom dia ou um boa
tarde, mas agora não perdia mais tempo com estranhos e talvez fosse por isso
que o mundo estava do jeito que estava, com as pessoas cada vez mais grosseiras
e egoístas. Boas maneiras eram coisa de um passado muito, muito distante.</span></div>
<br />
<br />
Vicahttp://www.blogger.com/profile/02407711401578776629noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-24096954.post-60708573497332686552012-11-07T10:43:00.001-03:002012-11-07T10:44:18.473-03:00Untitled 4<br />
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
Poderia dizer que nossa juventude foi
conturbada, mas é mentira. Sempre fomos privilegiados, ainda que não
necessariamente ricos. Nosso relacionamento é que foi conturbado, intenso,
cheio de altos e baixos típicos de quem é muito jovem.<o:p></o:p></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
A começar pela nossa primeira vez. Você
bebeu para tomar coragem, e dormiu. Eu não tinha muita experiência, embora
tivesse mais do que você. Fiquei a te admirar, dormindo no chão da sala dos
seus pais, sob a luz da lua. Um silêncio, e eu sem saber se ia embora, se te
acordava, se simplesmente ficava ali.<o:p></o:p></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
Depois seus pais me levaram em casa. E eu
voltei mais e mais vezes. Tantos anos. 6 anos. Uma eternidade quando se é
jovem. Eu achei que minha juventude tinha acabado quando nos separamos. Ainda
na faculdade, achamos uma sala vazia para conversar. Dissemos as mesmas coisas,
derramamos as mesmas lágrimas, e foi cada um para um lado, sabendo que ainda
teríamos tempo ali, naqueles corredores, naquelas salas, para nos encontrarmos
todos os dias.<o:p></o:p></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
Na cantina, no ponto de ônibus, sempre um
sorriso triste e um aceno. E depois aqueles deslizes, as fofocas, as traições,
as brigas, as mentiras. Nunca conheci alguém que mentisse tanto e tão mal.
Sempre li dentro dos seus olhos, e você sabia que eu sabia. Mentia e sabia que
eu sabia. Tinha vergonha, mas mentia do mesmo jeito. <o:p></o:p></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
Pensando nisso agora, consigo lembrar de
tudo. De quando você roubou uma mulher de papelão de uma banca de jornais, capa
de uma revista de mulheres nuas, para “decorar” seu quarto. Você e todos os
amigos tiraram fotos com a mulher de papelão. Ridículos. E eu ria de tudo.<o:p></o:p></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
Depois também chorei de tudo. De quando
você viajou sem mim e voltou com fotos estranhas, e eu achei os negativos onde
você estava abraçado em outra. Ou quando você me apresentou à outra. E eu tinha
uma faca de caça na bolsa e quis usá-la em você. Chorei porque você me fez ter
vontade de matá-lo. Chorei porque você me magoou. Chorei porque você era tão
egoísta que não foi capaz de perceber tudo isso. E então ouvi de você: “você
não pára de chorar, não aguento mais!”.<o:p></o:p></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
Nunca as coisas poderiam ser lindas e
perfeitas porque nossas vidas não eram um filme. Eu fiz questão de ensinar meu
filho e meu neto a nunca magoarem ninguém, principalmente as mulheres que eles
amassem ou achassem amar. Creio ter conseguido, mas não sei se um dia saberei.
Creio que consegui porque meu marido nunca me magoou propositalmente. Sempre
pediu desculpas por qualquer deslize, o mínimo que fosse. Sempre preocupou-se
em mostrar que me amava, durante todos os dias que estivemos juntos. Muito mais
dias do que todos aqueles 6 anos em que estive com você.<o:p></o:p></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
Mas quando somos velhos não acreditamos
mais em eternidade. E nem a sentimos.<span style="font-size: medium;"><o:p></o:p></span></div>
Vicahttp://www.blogger.com/profile/02407711401578776629noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-24096954.post-30301290716516210632012-11-06T10:20:00.001-03:002012-11-06T10:21:26.235-03:00Untitled 3<br />
<div style="text-align: justify;">
Sempre que pensava nele, sentia uma pontada no coração. Como a ausência do meu marido me doía. Dói. Haveria de doer sempre. Uma dorzinha chata, que vai e volta, incomoda, mas não chega a ser de enlouquecer. Sei que se ele estivesse aqui, iria comigo. Ia sempre comigo a todo lado. Me deixava sozinha, mas encontrava uma maneira de estar sempre presente.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
O homem dos olhos castanhos. O único par de olhos castanhos que eu amei. Meu filho e meu neto têm os meus olhos, esverdeados.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Era engraçado como minha vida tinha transcorrido até ali. Altos e baixos, mudanças bruscas. Depois, toda uma calmaria, uma estrutura, tudo que eu temia: a rotina, o monótono. Tudo que eu amava: a rotina, o monótono. Me dava sanidade. Me deu sanidade.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Lembro do primeiro dia de aula na faculdade. Aquela excitação, os trotes, as correrias. E eu me vestia mal, nossa, como me vestia mal! Dou risada até hoje quando vejo fotos. Menina rebelde de cabelos pintados de vermelho e unhas verdes de canetinha e aquele líquido branco de apagar borrões. E foi isso que você viu, até falou de mim pra sua mãe. Que estava apaixonado. E eu nem sabia quem você era, nem que existia na mesma classe que eu.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
E nem sei bem, até hoje, como foi que te percebi. Acho que vi você me olhando, um dia. Escondido atrás dos longos cabelos negros. Aqueles olhos azuis me olhando. Um tanto assustador. Só que sempre fui curiosa, quis saber quem me olhava, porque me olhava, então fui falar com você. Lembro que você engasgou, não conseguiu me responder logo de cara. Fiquei ali rindo e você ficou vermelho. Um homem tão alto, tão grande, com cabelos tão compridos... vermelho. Dou uma risada agora. Saudades desse momento, desse exato momento, em que eu também dei uma risada.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Sua mãe dizia: “essa menina está sempre sorrindo!” Eu achei que as coisas fossem de um jeito, logo que a conheci. Depois percebi que eram de outro. Foi nessa época que eu comecei a não acreditar em primeiras impressões.</div>
Vicahttp://www.blogger.com/profile/02407711401578776629noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-24096954.post-24046492046921936342012-11-05T11:00:00.000-03:002012-11-05T11:00:28.811-03:00Untitled 2Não escrevi nada no final de semana e agora vou tentar tirar o atraso...<br />
<br />
<br />
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-size: 13.5pt;">No dia em que meu neto chegou com aquela
carta, eu já sabia que era relacionada a você. Uma carta, coisa mais antiga.
Você sempre debochou de mim e da minha mania de escrever cartas, dizia que eu
já tinha nascido velha. E então escolheu uma carta para me chamar. A carta era
da sua filha, ela se apresentava, e dizia que não tinha conseguido achar um
telefone pra me contatar, apenas um endereço, e tinha resolvido arriscar. O pai
(você) estava muito doente e chamava muito por mim, essa pessoa que ela não sabia
muito bem quem era.<o:p></o:p></span></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-size: 13.5pt;">Liguei para o número de contato, um lugar
no outro lado do país. Sabia sempre que havia uma distância física entre nós,
além das distâncias do tempo e das vontades, mas não imaginava tantos
quilômetros.<o:p></o:p></span></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-size: 13.5pt;">Sua filha me atendeu com voz amável e
cansada. Conversamos um pouco e eu disse que em alguns dias, estaria lá. Aí.
Iria ver como você está.<o:p></o:p></span></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-size: 13.5pt;">E como você está? Fiquei pensando. Velho,
claro. Como velha estou. Enrugado, cabelos brancos, será? Os olhos ainda muito
azuis, certeza. O que me lembra um outro par de olhos azuis que há muito se
foi. Vocês dois nunca me olharam da mesma maneira, mas eu olhei para os dois
com os mesmos olhos. “Seus olhos”, vocês dois me disseram, em ocasiões
diferentes. “Nunca vi nada igual”. E o que havia de tão especial neles, além
daquela cor esverdeada de erva mate? Nada. Tudo. Amor.<o:p></o:p></span></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-size: 13.5pt;">Fiquei contemplando a carta da sua filha
enquanto arrumava a mala. O que levar? O que vestir? O que dizer? Tantos anos.
No entanto, aquela sensação de que o tempo em que estivemos separados era nada.
Talvez essa seja a essência do amor: a capacidade que este sentimento tem de
apagar o tempo, encurtar as distâncias e apaziguar as diferenças.<o:p></o:p></span></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-size: 13.5pt;">Meu neto não entendeu nada. Meu filho,
menos ainda. “Mas vai viajar porquê?”. Um amigo, rever um amigo. “Mas que
amigo?”. Sempre foram muito ciumentos, iguais ao pai e avô. Meu marido, meu
amor, minha saudade. Era um ciúme carinhoso, não uma coisa possessiva, abusiva.
Um cuidado, um afago, um medo de perder que beirava o infantil.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
Vicahttp://www.blogger.com/profile/02407711401578776629noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-24096954.post-18296511110907778742012-11-01T10:06:00.001-03:002012-11-01T10:06:50.423-03:00NanoWrimo 2012 - Untitled 1<div style="text-align: justify;">
Vou tentar de novo. O <a href="http://www.nanowrimo.org/">NanoWrimo</a> é um projeto no qual você tem um mês para escrever um livro. Ano passado eu entrei, mas não escrevi quase nada. Esse ano vou começar do zero, no dia 1.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Untitled</b></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Seu rosto como um sonho. Um sonho vívido. Os anos passam, eu continuo tendo o mesmo sonho. No sonho, você fala comigo. Eu não escuto. Só tenho essa visão, clara, nítida, do seu rosto, você sem camisa, gesticulando, uma expressão neutra. Na beira da praia.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Esse rosto gravado na minha retina. Eu consigo te descrever em detalhes, mesmo aqueles que estão diferentes. Você está mais velho. Eu estou mais velha. Mas o impacto do teu rosto ainda é quase o mesmo.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Eu tinha que começar a contar essa história desde o começo. O problema é que não sei bem quando ela começou. As lembranças se misturam, confundem. Lembro de você parado a me olhar. Lembro de que gostei de você porque tínhamos lido o mesmo livro. Antes daquela informação, achava que você não tinha cérebro. E nem te achava bonito. Depois ganhaste uma beleza imbatível, aquela beleza que nasce do amor.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Beleza que permanece, não importa o quanto eu te olhe. Não vai embora. É perene. Mas é sonho, nada mais do que sonho. Onde você está? Eu não sei. Sei que um dia a vida decidiu que nossos caminhos haviam de separar-se, serem diferentes. Um no mar, outro na terra. Porque as nossas almas desejavam coisas muito diferentes, e não tínhamos nada, nada além daquele livro, em comum.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
O amor é assim, engraçado. Tragicômico.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Um dia fomos ver uma cigana que lia as palmas das mãos. Ela disse que tínhamos um carma juntos. Coisa de vidas passadas. Eu acreditei. Sempre acredito nessas coisas. Você riu. Não sei se acreditou. Fato é que, mesmo sem nada em comum, passamos tanto tempo juntos que cheguei a pensar que não nos separaríamos, embora desde o começo soubesse, bem lá dentro, que esse dia chegaria.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<br />Vicahttp://www.blogger.com/profile/02407711401578776629noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-24096954.post-2220635248827470122012-08-09T12:40:00.002-03:002012-08-09T12:40:38.622-03:001782<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/3/33/Vindication1b.jpg/368px-Vindication1b.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="640" src="http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/3/33/Vindication1b.jpg/368px-Vindication1b.jpg" width="392" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Em 1782 uma feminista britânica escreveu <a href="http://en.wikipedia.org/wiki/A_Vindication_of_the_Rights_of_Woman">uma obra</a> falando sobre os direitos das mulheres. Fazem "apenas" 230 anos. Muita coisa mudou e melhorou, claro, nesses últimos 230 anos. Mas me questiono se <a href="http://en.wikipedia.org/wiki/Mary_Wollstonecraft">Mary Wollstonecraft</a> estaria satisfeita com o rumo que as coisas tomaram. Sob certos aspectos, me parece que as mulheres de outrora eram mais politizadas do que as de hoje. Posso estar errada, claro. Pode ser exagero, quase certamente.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Mas ainda assim não me conformo com o surgimento de "musas" como as tais "mulheres-fruta", "ex-latinetes" e quetais. O que dizia Mary? Que as mulheres não eram inferiores aos homens, apenas pareciam ser, porque não recebiam educação. E educação é que é sempre o problema, né? Aliás, a falta de. Problema maior em nosso país e persistente. Incrivelmente persistente.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Provavelmente essa falta de educação que ainda permite que outras coisas persistam, como a desigualdade entre as pessoas (sexo, cor, religião, opção sexual...), violências etc. Triste, muito triste. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
No entanto, como boa otimista que sou, eu acho que o recrudescimento de propagandas de tv machistas e outras ações do gênero não passam do último suspiro do mouro. Tudo que está morrendo, luta para não morrer. Algumas pessoas vão lembrar de como foi quando surgiram o Código do Consumidor e o Estatuto da Criança e do Adolescente. Choradeira, ranger de dentes, empresas que não queriam colocar data de vencimento em seus produtos, pais revoltados porque não podiam mais bater nos filhos... a coisa ainda está longe de ser perfeita mas, desde então, melhorou muito, e o básico dessas legislações vem sendo cumprido.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Penso que o mesmo está acontecendo agora com a implementação da Lei Maria da Penha: os últimos bastiões do machismo arraigado estão furiosos, mas eles também hão de ser vencidos. O importante é que as pessoas falem a respeito, debatam, saiam às ruas. A marcha das vadias, na minha opinião, é movimento importantíssimo de mudança, de fazer as pessoas pensarem. Porque o maior problema, também, e desde sempre é: as pessoas não pensam.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Otimista como sou, acredito que logo passem a pensar. Amén, oxalá, em nome de todas as mulheres que foram queimadas vivas literalmente e não literalmente em prol dos direitos não só das mulheres, mas pela igualdade de todos.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>Vicahttp://www.blogger.com/profile/00365728624411766440noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-24096954.post-90831636593962217002012-04-26T11:18:00.001-03:002012-04-26T11:18:05.780-03:00Nós e as vacas<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://www.mad-cow.net/images/cow.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="300" src="http://www.mad-cow.net/images/cow.jpg" width="400" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Aparentemente, toda mulher já foi ou um dia será... uma vaca. Eu confesso que nunca entendi essa coisa de chamar homem infiel de cachorro (porque cachorros, os bichos, são fiéis), tampouco de chamar mulheres desagradáveis de vacas, quando as vacas (os bichos) são seres amáveis e extremamente úteis, além de muito simpáticos.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Mas o fato é que toda mulher é uma vaca, nesse sentido popular. A vida feminina consiste, basicamente, em esperar. Esperar 9 meses (ou, hoje em dia, anos a fio, postergando até o "melhor momento") para ter um filho, esperar até que o sujeito que diz que te ama decida que realmente te ama e te peça em casamento, esperar mais de ano para casar porque tem que ter a festa dos sonhos, esperar até "estar pronta" para ter sua primeira vez, esperar o reconhecimento profissional que nunca chega...</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Se você não espera, se você vai atrás, se você decide pelos outros, se você decide por você... você é uma vaca. E se você espera, não vai atrás, não decide... você também é uma vaca.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Tudo o que você faz ou deixa de fazer pelos outros te transforma numa vaca. Nós sempre somos as últimas nas nossas listas de prioridade, porque é errado uma mulher colocar-se em primeiro lugar. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Eu não estudei pra ser faxineira. E também não estudei pra ser boneca inflável. Nenhuma das coisas que eu já fiz na minha vida eu fiz com o intuito de virar objeto. Ao contrário, sempre quis ser uma pessoa. Não uma vaca, esse animal nobre que dá leite, carne, couro e até os ossos (não de maneira voluntária, claro). Só que tem muitas vezes nas quais sinto que sou deliberadamente tratada como um objeto, uma coisa. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
E quando me revolto com isso sou tachada de... VACA. Acho que vou assumir minha natureza bovina e ir pastar onde eu achar uma grama mais verde.</div>
<br />Vicahttp://www.blogger.com/profile/00365728624411766440noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-24096954.post-73530024318762858622011-12-04T22:16:00.000-03:002011-12-04T22:20:25.632-03:00Carta a Daniel 23<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjJcbVpliBztji9pm0QUQ6IhKmnO39ydfUFgKVCeKqEpxcxuWPSTQKC_x6ZhbT67_9ZuZydD8O_kLeVWWyyq977LE6ySyupEawCPpfrb7aV4Pb0GSI4bLtP6hhi6WWXhKtzk3Uz/s1600/tsunami13.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="192" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjJcbVpliBztji9pm0QUQ6IhKmnO39ydfUFgKVCeKqEpxcxuWPSTQKC_x6ZhbT67_9ZuZydD8O_kLeVWWyyq977LE6ySyupEawCPpfrb7aV4Pb0GSI4bLtP6hhi6WWXhKtzk3Uz/s320/tsunami13.jpg" width="320" /></a></div>
<br />
Querido Daniel,<br />
talvez o amor que eu busque, seja, afinal, inexistente.<br />
Talvez os momentos felizes sirvam apenas para lembrar da tristeza que resta no fundo do pote, quando acaba o doce.<br />
Talvez os risos todos sirvam apenas para lembrar o vazio do silêncio que nasce da ausência. A tua ausência, a ausência de todos, a ausência do meu espírito que se foi. Eu pensava que a fortaleza voltaria a habitar essa morada, mas as coisas continuam aos pedaços. Aquele furacão que levou Dorothy fez com que ela nunca voltasse a ser mesma.<br />
Ou era tudo sonho?<br />
Talvez porque é dezembro. Talvez porque mais um ciclo acaba. Talvez porque a fé insista em desistir.<br />
Tu foste viver outra vida, tu nem lembras mais que eu existo. Se é que algum dia existi. Existi?<br />
E tantas coincidências.<br />
E foste nada, nada. Agora há aquele caderno incompleto, inacabado, como essa idéia, como a idéia de ti. Quem eras tu? O que buscava eu?<br />
Nem sei mesmo onde estava. Estávamos.<br />
Uma livraria no meio da avenida mais movimentada do mundo. Uma calçada com todas as pessoas do mundo.<br />
E eu chorando. E eu gritando.<br />
E ele me dizia: eu te amo, eu te amo, eu te amo, eu te amo, eu te amo...<br />
Quem eras tu?<br />
Eu sei quem ele é, e há sempre um ele, não é mesmo?<br />
E o passado que volta como onda revolta do mar para me cuspir lixo na cara.<br />
Onde estou? O que busco?<br />
Talvez um amor, afinal, inexistente.<br />
Algo que preencha um vazio impreenchível.<br />
Um abraço do tamanho do mundo, que aplaque essa solidão infinita e gélida.<br />
Deve ser por isso que estou sempre com frio.<br />
Um beijo com gosto de areia salgada,<br />
C.<br />
<br />Vicahttp://www.blogger.com/profile/00365728624411766440noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-24096954.post-79476393764819977882011-10-13T13:21:00.000-03:002011-10-13T13:21:30.190-03:00Casa M da 8a Bienal do MercosulEu sou guria de apartamento e cresci no Centro de Porto Alegre, bairro onde morei a maior parte da minha vida. Morei na Rua da Praia, na Washington Luiz, na Duque de Caxias e na Bento Martins, assim, posso dizer que conheço aquelas ruas do lado de lá da Caldas Júnior, até o Gasômetro, como a palma da minha mão.<br />
<br />
Tenho minhas casas preferidas no Centro. A maioria, casas antigas de estilo português, hoje caindo aos pedaços.<br />
<br />
Qual não foi minha mais grata surpresa e motivo de extrema alegria ontem à tarde, quando, ao visitarmos a 8a Bienal do Mercosul pela 2a vez, descobrirmos que uma dessas minhas casas preferidas foi reformada e virou espaço de arte na programação da Bienal. Trata-se da <a href="http://bienalmercosul.art.br/blog/casa-m-de-mercosul/">Casa M</a>, localizada na Rua Fernando Machado nº513, em frente à escadaria da João Manoel (outro dos meus lugares favoritos no Centro, e que está ao Deus dará, infelizmente).<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://www.bienalmercosul.com.br/novo/arquivos/noticia/thumb_gg_1305686896-4dd33370879b5.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://www.bienalmercosul.com.br/novo/arquivos/noticia/thumb_gg_1305686896-4dd33370879b5.jpg" /></a></div>
<br />
Fiquei encantadíssima e felicissíma com o resultado da reforma e o uso dado à casa. Tirei algumas fotos com o celular que estão no <a href="https://pt.foursquare.com/v/casa-m/4dd94786814d524086229e9b">4Square</a>. O lugar é sensacional, e tem livros que podem ser lidos, espaço para crianças, várias atividades artísticas e culturais relacionadas com a Bienal.<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://coolguide.com.br/wp-content/uploads/2011/09/casam2.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="209" src="http://coolguide.com.br/wp-content/uploads/2011/09/casam2.jpg" width="320" /></a></div>
<br />
A Casa M fica aberta ao público até dia 10 de dezembro de 2011.<br />
<br />
O único porém: ela está locada à Fundação Bienal, e depois do dia 10/12, será fechada. Estou rezando para que alguém alugue e abra um restaurante ali (seria um lugar incrível), ou para que algum ricaço benfeitor adote a idéia da casa e mantenha como um espaço aberto à comunidade, para produção artística e cultural.<br />
<br />Vicahttp://www.blogger.com/profile/00365728624411766440noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-24096954.post-64799000536726344772011-10-03T10:40:00.003-03:002011-10-03T10:46:57.908-03:00Filmes Argentinos<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgB9eY-ka623-KkNI31qr86M39y5tBib93iSPrQPd2BbzCpMt0Ew3DXRXc9Nx68QT6G9Z-gubBODB-l4rN0KhnRvkeCZAB6eSTEw0rwwGTCpjVEqbGVhJjwWgpjzNs_VjO_4EY1/s320/wheres-wally.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgB9eY-ka623-KkNI31qr86M39y5tBib93iSPrQPd2BbzCpMt0Ew3DXRXc9Nx68QT6G9Z-gubBODB-l4rN0KhnRvkeCZAB6eSTEw0rwwGTCpjVEqbGVhJjwWgpjzNs_VjO_4EY1/s320/wheres-wally.jpg" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Há 2 filmes argentinos em cartaz em Porto Alegre, imperdíveis, na minha opinião:</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<a href="http://www.imdb.com/title/tt1705786/">Um Conto Chinês</a> e <a href="http://www.imdb.com/title/tt1235841/">Medianeras</a></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Ambos tratam do ser humano: o que nos aproxima, o que nos afasta. Enquanto um retrata uma amizade insólita, o outro mostra a cidade de Buenos Aires como elemento que une e separa as pessoas ao mesmo tempo.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
São filmes bem feitos, leves, divertidos, tristes; tudo na medida certa. Retratam o que há de mais humano nos humanos: as interações sociais e a capacidade que temos de utilizá-las, ainda que inadvertidamente, como fonte de mudança.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Parece ser esse o ponto central de ambos os filmes: <b>mudança</b>. É necessário mudar, deixar o passado para trás, e então ir adiante. Ambos falam não só de amor, como de cura: primeiro você precisa esperar, deixar a ferida cicatrizar, assim você consegue ir adiante, consegue ver do que precisa. Nesse processo de cura entram as outras pessoas: as personagens dos dois filmes são solitárias mas, com a interferência de outros conseguem passar pelo luto, pela dor, até a casquinha da ferida cair e mostrar a pele nova embaixo.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Quanto aos filmes, devo dizer que a premissa dos dois é extremamente criativa. Sem grandes efeitos especiais, poucos cenários (até porque a cidade de Buenos Aires é um cenário fantástico por si mesma), poucos e bons atores. O suficiente para trabalhos excelentes, entretenimento e também ponto de partida para discussões filosóficas, porque não?</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Os dois estão em cartaz no GNC do <a href="http://www.moinhosshopping.com.br/">Shopping Moinhos</a>, e também no <a href="http://www.cinemasunibanco.com.br/filmes/?define=1&cidade_id=6">Unibanco Arteplex</a>. #ficadica</div>
Vicahttp://www.blogger.com/profile/00365728624411766440noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-24096954.post-53171487755310765142011-09-29T18:21:00.000-03:002011-09-29T18:21:10.968-03:00Leituras Alheias XII e Leituras Minhas<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjuwHUgvMG7VuNsEEogRKz46P6iJg2Xa-u2Y9gRk3kkJrdcNiOaI09cy0XzEMDY6yC5cgGoyXgQPPc_FgavxMyzvVEI3kmTUa_cuAYt1mMY0Esei35j04R4Rbg7yAo8rmInkqcy/s1600/o%252Bmisterio%252Bdo%252Btrem%252Bazul%252Bagatha%252Bchristie%252Bdivinopolis%252Bmg%252Bbrasil__2425CE_1.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjuwHUgvMG7VuNsEEogRKz46P6iJg2Xa-u2Y9gRk3kkJrdcNiOaI09cy0XzEMDY6yC5cgGoyXgQPPc_FgavxMyzvVEI3kmTUa_cuAYt1mMY0Esei35j04R4Rbg7yAo8rmInkqcy/s320/o%252Bmisterio%252Bdo%252Btrem%252Bazul%252Bagatha%252Bchristie%252Bdivinopolis%252Bmg%252Bbrasil__2425CE_1.jpg" width="217" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Outro dia vi o cobrador do bus lendo O Mistério do Trem Azul, de Agatha Christie. Adorei. Adoro ver pessoas lendo, muito mais livros velhos e amarelados, e de escritores que não estão (mais) na moda.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Continuo nas minhas <a href="http://www.skoob.com.br/estante/livros/2/43537/page:1">leituras entrecortadas</a>, mas eu me entedio muito fácil, por isso leio vários livros ao mesmo tempo. Pra mim é menos cansativo.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgAyRQed1UwxYajSGM9aJQQYT5o-__uYt7Pmb0tx2S-827PlvPBOd-ku6uhh22DbH02WTG3KupH82ET13EI1VclhZRiszcnE-ZA1ixvnbGnTJwS0Gp8PtE8_8xgopvH-MsxMA-A/s1600/borges.gif" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgAyRQed1UwxYajSGM9aJQQYT5o-__uYt7Pmb0tx2S-827PlvPBOd-ku6uhh22DbH02WTG3KupH82ET13EI1VclhZRiszcnE-ZA1ixvnbGnTJwS0Gp8PtE8_8xgopvH-MsxMA-A/s320/borges.gif" width="245" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
No meio dessas leituras, peguei Borges pra ler. Outras Inquisições, uma série de textos de uma inteligência soberba, absolutamente deliciosos de ler. Daqueles livros tão inteligentes que te deixam com um sorriso na cara. Não tem nada que me alegre mais do que inteligência (muito) bem usada, com aquela ironia fina que só quem é muito inteligente e culto tem. Pode parecer arrogante, mas pessoas simples também são inteligentes. Algumas, muito mais do que certos doutores por aí.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Só que estou falando de Borges, e dizê-lo inteligente chega a ser pleonasmo. O cara era, realmente, fodástico. E esse livro é daqueles que devem ser lidos. Saboreados. Fora que ele tem tantas referências que eu preciso anotar tudo para pesquisar. Porque dos autores que ele cita, só tenho familiaridade com Schopenhauer. De resto, conheço só o nome (e lendo esse livro eu dou graças aos céus por ter estudado, voluntariamente, 2 anos de Latim, porque nenhuma frase em Latim veio traduzida).</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Mas se tu não sabes Latim, usa o Google Tradutor e lê. Vale a pena.</div>
Vicahttp://www.blogger.com/profile/00365728624411766440noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-24096954.post-71851054297024473502011-09-13T11:07:00.000-03:002011-09-13T11:07:11.054-03:00Incompleto... pra variar.<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj2csC7tntJwHxFcfmHc99Lgsf_mrtmKfNvAdAB7PaS4bWsVJ6KX3AiCckJ7vNaR5IfS6fr2lE4kne31IkocPdamzDs6gevJZg41zaOk5PGSJ5H189pArdYiTZzcsU0WZIyRCCc/s1600/17082011%2528004%2529.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj2csC7tntJwHxFcfmHc99Lgsf_mrtmKfNvAdAB7PaS4bWsVJ6KX3AiCckJ7vNaR5IfS6fr2lE4kne31IkocPdamzDs6gevJZg41zaOk5PGSJ5H189pArdYiTZzcsU0WZIyRCCc/s320/17082011%2528004%2529.jpg" width="320" /></a></div>
<span class="Apple-style-span" style="font-family: arial; font-size: x-small;"><br /></span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: arial; font-size: x-small;">A cena era um espetáculo bizarro. Embora fosse verão, parecia-me que a água cristalina do mar era gélida em qualquer estação. No entanto, eles estavam lado a lado, submersos, pareciam golfinhos à espera. Os corpos suspensos dentro d'água, como se dormissem.</span><span class="Apple-style-span" style="font-family: arial; font-size: x-small;"><br /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: arial; font-size: x-small;">A cena era de todo surreal: aqueles corpos imersos na vastidão límpida do mar gelado, lado a lado. Na areia, os carros estacionados com os faróis acesos, virados de frente para o oceano, iluminando aquelas pessoas. Era como se fosse algum tipo de chamado, algum tipo de sinal.</span><span class="Apple-style-span" style="font-family: arial; font-size: x-small;"><br /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: arial; font-size: x-small;">Alguns dias antes os italianos gritavam "Ave Caesar" para aquele que seria o líder. Comíamos pizza e paramos de comer praticamente chocados com a estranheza da cena.</span><span class="Apple-style-span" style="font-family: arial; font-size: x-small;"><br /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: arial; font-size: x-small;">O próprio César não sabia o que fazer, apenas deu uma risada e logo foi seguido por todos, o que aumentou nosso sentimento de temor. Não sabíamos o que estava por vir,</span><span class="Apple-style-span" style="font-family: arial; font-size: x-small;"><br /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: arial; font-size: x-small;">mas a essa altura era claro que alguma coisa crescia no interior do mundo, algo como um pensamento que tomasse forma a partir das sombras e esperasse o momento certo para agir.</span><span class="Apple-style-span" style="font-family: arial; font-size: x-small;"><br /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: arial; font-size: x-small;">Durante aquela semana naquele país estranho, enquanto investigava com muita discrição o passado e a origem daquelas pessoas, meus sonhos à noite foram tornando-se cada vez mais estranhos e vívidos.</span><span class="Apple-style-span" style="font-family: arial; font-size: x-small;"><br /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: arial; font-size: x-small;">Tudo era muito colorido e marcante. Procurava anotá-los em detalhes assim que acordava, mantendo um caderno e uma caneta ao lado da cama, no bidê. Carregava as anotações comigo, mas perdia muito dos detalhes. Sabia que ninguém podia ter acesso àqueles escritos, tinha certeza de que, embora parecessem sem significado, aqueles sonhos e o que eu escrevia sobre eles continham mensagens que não podiam cair em mãos erradas. Quais eram as mãos erradas era o que eu estava tentando descobrir.</span><span class="Apple-style-span" style="font-family: arial; font-size: x-small;"><br /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: arial; font-size: x-small;">Desde a minha chegada há apenas 3 semanas tudo tinha mudado da água para o vinho. Eu via a transformação tomando conta de lugares e pessoas à minha volta. Aquela gente amistosa estava cada vez mais amistosa, demais, na verdade, e eu tentava entender o que acontecia. Tornava-se cada vez mais difícil circular pela cidade sem que alguém viesse estar comigo e querer me fazer companhia. Eu precisava investigar e para isso tinha de ter privacidade, coisa que andava em falta.</span>Vicahttp://www.blogger.com/profile/00365728624411766440noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-24096954.post-60161006294227260442011-09-09T16:32:00.003-03:002011-09-09T16:32:46.996-03:00Urso<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiBMIDTXEZD9iZ630uAgb63BGWi0-KjAapiQ4-6VvSqjbgmeiqup5LYKe3k767SGgff3aWArMAsqXwAdkxDMH8U8NIMTjHPg5aLhpJeLdwQAsmU-QD1jvQVBFYPNAvtz_Hxe6yl/s1600/bear_face.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiBMIDTXEZD9iZ630uAgb63BGWi0-KjAapiQ4-6VvSqjbgmeiqup5LYKe3k767SGgff3aWArMAsqXwAdkxDMH8U8NIMTjHPg5aLhpJeLdwQAsmU-QD1jvQVBFYPNAvtz_Hxe6yl/s1600/bear_face.jpg" /></a></div>
Dois perdidos numa noite suja.<br />
Dizem que as memórias ficam cada vez mais descoloridas e borradas com o passar do tempo, mas esta fica cada vez mais nítida.<br />
Mas não existe a rua, não existem os prédios, nem os carros, nem quem quer que seja que lá também estivesse. Só me lembro de você.<br />
O que aconteceu ali, eu ainda não sei dizer. Só sei que fiquei imediatamente sem jeito. Pulso acelerado. Não quis te encarar.<br />
Depois disso, naquela mesa, tudo que dizias era motivo de riso. O frio justificava meu nervoso.<br />
E depois daquilo, nada. Só um vazio, uma distância, um desespero crescente.<br />
Em tão pouco tempo foste encontro e despedida. Brilho no olhar e lágrimas a correr pelo rosto. Abraços, beijos e partidas.<br />
Tudo de bom e de ruim que há em mim. <br />
Eu não achava que essa coisa de almas gêmeas existia de verdade. Mentira. Eu achava, sim. E já tinha até achado a minha alma gêmea, que como boa irmã, não fala comigo.<br />
<br />
Não penso que sejas minha alma gêmea. Ela é única, é aquela, ela não fala comigo, ela só pensa em mim. E eu penso nela. Mas aconteceu algo aquela noite que talvez tenha sido misterioso, para não dizer mágico. O desfecho não foi bom, foi tragicômico, um tanto mais para trágico. Não houve mortos, nem feridos. Foi como se uma bomba explodisse a uma distância segura o bastante para que ninguém se machucasse, mas saí completamente atordoada.<br />
<br />
Ele gravou Jimi Hendrix num cd e me deu. Nós, prometidos um ao outro desde pequeninos. Nós, que não temos, nem tínhamos, nada em comum. Apenas a música.<br />
<br />
Achei que tu fosses a música, o verso, o acorde de guitarra. Achei que eras meu muro, meu castelo, minha fortaleza. Não posso dizer, sequer, que foste uma desilusão. Não, apenas ilusão. A ilusão da vertigem, do vermelho, da noite. A ilusão que foi embora quando o dia amanheceu e sol brilhou.<br />
<br />
<br />
WATERFALL<br />
NOTHING CAN HARM ME AT ALL<br />
MY WORRIES SEEM SO VERY SMALL<br />
WITH MY WATERFALL<br />
<br />
I CAN SEE MY RAINBOW CALLING ME YEAH<br />
THROUGH THE MISTY BREEZE OF MY WATERFALL<br />
<br />
SOME PEOPLE SAY DAY-DREAMING IS<br />
FOR THE ALL THE LAZY MINDED FOOLS WITH NOTHING ELSE TO DO<br />
<br />
SO LET THEM LAUGH LAUGH AT ME<br />
SO JUST AS LONG AS I HAVE YOU TO SEE ME THROUGH<br />
I HAVE NOTHING TO LOSE LONG AS I HAVE YOU<br />
<br />
WATERFALL<br />
DON'T EVER CHANGE YOUR WAYS<br />
FALL WITH WE FOR A MILLION DAYS<br />
OH MY WATERFALLVicahttp://www.blogger.com/profile/00365728624411766440noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-24096954.post-69698179232320255502011-09-06T12:13:00.001-03:002011-09-06T12:18:06.236-03:00Tsunami<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj_an_5EqMQuxaZYXb7omLplnHzCvPO3Cm_8E5vzLPQCbSpyI5pTkMyKj0E9NIZ3KEuRbh6NwGtNqnSb_SoIL1hdazBUQFh_roHD36vjwrYNv3VLvMSYYl65YMO2-iKM5hcNAxm/s1600/Big_wave.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj_an_5EqMQuxaZYXb7omLplnHzCvPO3Cm_8E5vzLPQCbSpyI5pTkMyKj0E9NIZ3KEuRbh6NwGtNqnSb_SoIL1hdazBUQFh_roHD36vjwrYNv3VLvMSYYl65YMO2-iKM5hcNAxm/s320/Big_wave.jpg" width="320" /></a></div>
<br />
A ilha era praticamente apenas uma casa, uma casa de madeira pintada de branco, em estilo colonial. Uma casa dessas que devem existir em lugares como as Bahamas. No pátio havia um viveiro de pássaros que mais parecia uma estrebaria. Havia um pássaro apenas, grande, de penas azuis, um pássaro que talvez exista e eu não sei qual é.<br />
Do outro lado da casa havia um pier e um <a href="http://www.tgifridays.com/home/welcome.aspx">TGI Fridays</a> (não pergunte). Estávamos nesse restaurante, que estava lotado, conversando sobre como as pessoas aproveitam pouco a vida e desperdiçam momentos comendo fast food, em vez de apreciarem comida de verdade. Então a onda gigante veio e varreu a ilha. Aí percebi que estávamos num arquipélago de pequenas ilhas e todas foram varridas pelas ondas gigantes (foram 2). Corremos para o viveiro, para ver se o pássaro estava bem. A onda caiu em cima da ilha e desapareu, deixando tudo encharcado e meio alagado.<br />
O pier sumiu, junto com o TGI Fridays, sobrando apenas a casa, o viveiro e umas poucas árvores. O pássaro estava molhado e parecia muito triste e assustado.<br />
Então entrou voando pela porta do viveiro um enorme e coloridíssimo tucano, procurando proteção.<br />
Depois veio outra onda e depositou entulhos sobre a casa, que virou um prédio de concreto feito de entulhos. Então a parte original da casa, térrea, ganhou paredes grossas de pedra e tornou-se uma espécie de catacumba de igreja.<br />
As pessoas das ilhas vizinhas migraram para essa ilha, que era a menos inundada. Dentre elas havia um messias, um homem mulato claro, que era uma mistura de Marcos Frota com Ben Harper (again: não pergunte).<br />
E havia um padre. E o padre ia mostrar a esse messias os segredos de Deus. Estavam todos escritos num papiro, em latim. E o messias lia aquilo, era preso e seria enforcado no dia seguinte. E eu não entendia a razão daquilo e queria convocar as pessoas a protestarem, mas todos pareciam satisfeitos.<br />
E no outro dia, de um sol radiante, o carrasco, que era o Javier Barden, vinha fazendo o sinal da cruz e rezando para que Deus lhe permitisse enforcar o messias (já era a terceira vez que iam enforcá-lo).<br />
Enquanto isso, eu percorria as catacumbas atrás do manuscrito de Deus. Quando o encontrei, ele tinha palavras riscadas de preto, impossível de lê-las. O que sobrou do texto não fazia muito sentido e eu tinha ainda de traduzir. E o padre estava no meu encalço.Vicahttp://www.blogger.com/profile/00365728624411766440noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-24096954.post-88039640068275952322011-09-02T09:43:00.002-03:002011-09-02T09:44:28.889-03:00Something to think about...<span class="Apple-style-span" style="color: #444444; font-family: 'Helvetica Neue', HelveticaNeue, Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19px;">“</span><span class="Apple-style-span" style="color: #444444; font-family: 'Helvetica Neue', HelveticaNeue, Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19px;"><span class="quote" style="margin-top: 0px !important; outline-color: initial; outline-style: none; outline-width: 0px;"></span></span><br />
<div style="display: inline; margin-bottom: 10px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px !important; outline-color: initial; outline-style: none; outline-width: 0px;">
I was shooting a scene in my new film, No Strings Attached, in which I say to Natalie Portman:</div>
<div style="margin-bottom: 10px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 10px; outline-color: initial; outline-style: none; outline-width: 0px;">
“If you miss me. you can’t text, you can’t email, you can’t post it on my Facebook wall. If you really miss me, you come and see me.”</div>
<div style="margin-bottom: 10px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 10px; outline-color: initial; outline-style: none; outline-width: 0px;">
I began to think of all of the billions of intimate exchanges sent daily via fingers and screens, bouncing between satellites and servers. With all this texting, emailing, and social networking, I started wondering, are we all becoming so in touch with one another that we are in danger of losing touch?</div>
<div style="margin-bottom: 10px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 10px; outline-color: initial; outline-style: none; outline-width: 0px;">
It used to be that boy met girl and they exchanged phone numbers. Anticipation built. They imagined the entire relationship before a call ever happened. The phone rang. Hearts pounded. “Hello?” Followed by a conversation that lasted two hours but felt like two minutes and would be examined with friends for two weeks. If all went well, a date was arranged. That was then.</div>
<div style="margin-bottom: 10px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 10px; outline-color: initial; outline-style: none; outline-width: 0px;">
Now we exchange numbers but text instead of calling because it mitigates the risks of early failure and eliminates those deafening moments of silence. Now anticipation builds. Bdoop. “It was NICE meeting u” Both sides overanalyze every word. We talk to a friend, an impromptu Cyrano: “He wrote nice in all caps. What does that mean? What do I write back?” Then we write a response and delete it 10 times before sending a message that will appear 2 care, but not 2 much. If all goes well, a date will be arranged.</div>
<div style="margin-bottom: 10px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 10px; outline-color: initial; outline-style: none; outline-width: 0px;">
Whether you like it or not, the digital age has produced a new format for modern romance, and natural selection may be favoring the quick-thumbed quip peddler over the confident, ice-breaking alpha male. Or maybe we are hiding behind the cloak of digital text and spell-check to present superior versions of ourselves while using these less intimate forms of communication to accelerate the courting process. So what’s it really good for?</div>
<div style="margin-bottom: 10px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 10px; outline-color: initial; outline-style: none; outline-width: 0px;">
There is some argument about who actually invented text messaging, but I think it’s safe to say it was a man. Multiple studies have shown that the average man uses about half as many words per day as women, thus text messaging. It eliminates hellos and goodbyes and cuts right to the chase. Now, if that’s not male behavior, I don’t know what is. It’s also great for passing notes. there is something fun about sharing secrets with your date while in the company of others. think of texting as a modern whisper in your lover’s car.</div>
<div style="margin-bottom: 10px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 10px; outline-color: initial; outline-style: none; outline-width: 0px;">
Sending sweet nothings on Twitter or Facebook is also fun. in some ways, it’s no different than sending flowers to the office: You are declaring your love for everyone to see. Who doesn’t like to be publicly adored. Just remember that what you post is out there and there’s some stuff you can’t un-see. But the reality is that we communicate with every part of our being, and there are times when we must use it all. When someone needs us, he or she needs all of us. There’s no text that can replace a loving touch when someone we love is hurting.</div>
<div style="margin-bottom: 10px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 10px; outline-color: initial; outline-style: none; outline-width: 0px;">
We haven’t lost romance in the digital age, but we may be neglecting it. In doing so, antiquated art forms are taking on new importance. The power of a hand-written letter is greater than ever. It’s personal and deliberate means more than an email or text ever will. It has a unique scent. It requires deciphering. But, most important, it’s flawed There are errors in handwriting, punctuation, grammar, and spelling that show our vulnerability. And vulnerability is the essence of romance. It’s the art of being uncalculated, the willingness to look foolish, the courage to say,</div>
<div style="display: inline; margin-bottom: 0px !important; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 10px; outline-color: initial; outline-style: none; outline-width: 0px;">
“This is me, and I’m interested in you enough to show you my flaws with the hope that you may embrace me for all that I am but, more importantly, all that I am not.”</div>
<span class="Apple-style-span" style="color: #444444; font-family: 'Helvetica Neue', HelveticaNeue, Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19px;">”</span><table border="0" cellpadding="0" cellspacing="0" style="border-bottom-width: 0px; border-collapse: collapse; border-left-width: 0px; border-right-width: 0px; border-top-width: 0px; color: #444444; font-family: 'Helvetica Neue', HelveticaNeue, Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19px; margin-bottom: 0px !important; margin-top: 10px; outline-color: initial; outline-style: none; outline-width: 0px;"><tbody style="margin-bottom: 0px !important; margin-top: 0px !important; outline-color: initial; outline-style: none; outline-width: 0px;">
<tr style="margin-bottom: 0px !important; margin-top: 0px !important; outline-color: initial; outline-style: none; outline-width: 0px;"><td style="border-bottom-width: 0px; border-left-width: 0px; border-right-width: 0px; border-top-width: 0px; margin-top: 0px !important; outline-color: initial; outline-style: none; outline-width: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 20px; padding-right: 10px; padding-top: 0px; width: 1px;" valign="top">—</td><td class="quote_source" style="border-bottom-width: 0px; border-left-width: 0px; border-right-width: 0px; border-top-width: 0px; font-weight: bold; margin-bottom: 0px !important; outline-color: initial; outline-style: none; outline-width: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" valign="top">Ashton Kutcher</td></tr>
</tbody></table>
Vicahttp://www.blogger.com/profile/00365728624411766440noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-24096954.post-66292401239709241902011-08-30T11:27:00.000-03:002011-08-30T11:27:44.237-03:00Breves Entrevistas com Homens Hediondos<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://guiadecidades.terra.com.br/media/BAhbB1sHOgZmSSIpMjAxMS8wNy8yOC8xNl8yN180N184MDlfYnJldmVzX1IuanBnBjoGRVRbCDoGcDoKdGh1bWJJIg00MDB4MjUwPgY7BlQ" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="216" src="http://guiadecidades.terra.com.br/media/BAhbB1sHOgZmSSIpMjAxMS8wNy8yOC8xNl8yN180N184MDlfYnJldmVzX1IuanBnBjoGRVRbCDoGcDoKdGh1bWJJIg00MDB4MjUwPgY7BlQ" width="320" /></a></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Seguindo dica de <a href="http://www.annarantes.com.br/">Anna Arantes</a>, domingo à noite eu e o namorado fomos ao <a href="http://www.teatrodearena.com/">Teatro de Arena</a>, <b>participar</b> de uma peça de teatro. Ainda que a participação da platéia não tenha sido tão ativa, eu considerei essa peça uma experiência, foi como estar dentro do texto, por isso o participar.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Infelizmente para quem se interessar, foi a última apresentação.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Trata-se de <a href="http://www.skoob.com.br/livro/2909">um livro</a> de <a href="http://en.wikipedia.org/wiki/David_Foster_Wallace">David Foster Wallace</a>, de contos, adaptado ao teatro. Não sei se o roteiro é do próprio <a href="http://teatrosarcaustico.blogspot.com/">Grupo de Teatro Sarcáustico</a>, que realizou a performance, mas se é, estão de duplo parabéns.</div><div style="text-align: justify;">Foi um programa um tanto insólito para uma noite chuvosa de domingo, devo dizer.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://s3.kkloud.com/gett/static/scaled/8yMgoV6-0.yhfb22afowcxflxr.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="http://s3.kkloud.com/gett/static/scaled/8yMgoV6-0.yhfb22afowcxflxr.jpg" width="213" /></a></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">A peça, assim como (presumo) o texto de Wallace, é pesada, de difícil digestão, provocativa, instigante, emocionante. A perfomance dos atores foi magnífica. Eles deram o tom certo ao texto, o que posso dizer mesmo sem ter lido. Imagino que tenha sido muito difícil adaptar o texto. Eles conseguiram trazer o texto ao teatro, pois durante toda a apresentação eu consegui ler o texto. Pode parecer estranho, mas foi assim que eu senti, como se eles fossem meros narradores e o que estava ali, à minha frente, fosse o livro, fosse o texto, fosse o próprio autor.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Houve momentos em que a peça foi quase um balé, uma dança em que se mostra o que há dentro do ser humano. Mesmo no horror há beleza.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Eu não conheço nenhum dos atores, então acho que posso expressar uma opinião realmente isenta. Fazia tempo que eu não ia ao teatro, e fazia tempo que não via uma peça tão original e tão tocante.</div>Vicahttp://www.blogger.com/profile/00365728624411766440noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-24096954.post-25710482874255957342011-07-27T14:13:00.000-03:002011-07-27T14:13:02.961-03:00Perguntas...<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgWxJVQ5-JoIPhQoeMKBAc0duCI4J16P2H9Xn9fi1RzOvpH3x2zjPfrDnrDq2yphkWKRUTxNK2U-jkLDu8kVVk-xvFAfh-Btsts8BrIJx4LmX40DaT2Ef-8m33w-pAS4aYOEChu/s1600/11112.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgWxJVQ5-JoIPhQoeMKBAc0duCI4J16P2H9Xn9fi1RzOvpH3x2zjPfrDnrDq2yphkWKRUTxNK2U-jkLDu8kVVk-xvFAfh-Btsts8BrIJx4LmX40DaT2Ef-8m33w-pAS4aYOEChu/s400/11112.jpg" width="282" /></a></div>Vi num <a href="http://6mesespramudar.blogspot.com/2011/07/voce-por-voce-mesmo.html">blog por aí</a> e resolvi pensar a respeito...<br />
<br />
<div style="color: #042e2d; font-size: 14px; line-height: 19px; text-align: center;"><div style="font-family: Molengo;"><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; font-family: Verdana; font-size: 12px;">Para quem você é indispensável ou inesquecível?</span></div><div style="font-family: Molengo;"><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; font-family: Verdana; font-size: 12px;"><br />
</span></div><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif; font-size: 12px;">Será que sou indispensável ou inesquecível para alguém? Penso que inesquecível para a minha mãe, minhas irmãs, alguns amigos, quem sabe meu namorado. Agora indispensável? Será?</span><br />
<span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif; font-size: 12px;"><br />
</span></div><span class="Apple-style-span" style="color: #042e2d; font-family: Molengo; font-size: 14px; line-height: 19px;"><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: small;"></span></span><br />
<div style="text-align: center;"><span class="Apple-style-span" style="color: #042e2d; font-family: Molengo; font-size: 14px; line-height: 19px;"><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: small;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana; font-size: 12px;">A quem você empresta seus ouvidos, ombros e o coração?</span></span></span><br />
<span class="Apple-style-span" style="color: #042e2d; font-family: Molengo; font-size: 14px; line-height: 19px;"><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: small;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana; font-size: 12px;"><br />
</span></span></span><br />
<span class="Apple-style-span" style="color: #042e2d; font-size: 14px; line-height: 19px;"><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; font-size: small;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif; font-size: 12px;">Em geral ao namorado, aos amigos, às irmãs. Mas às vezes empresto até para estranhos.</span></span></span><br />
<span class="Apple-style-span" style="color: #042e2d; font-family: Molengo; font-size: 14px; line-height: 19px;"><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: small;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana; font-size: 12px;"><br />
</span></span></span></div><span class="Apple-style-span" style="color: #042e2d; font-size: 14px; line-height: 19px;"><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; font-size: small;"><span class="ItemDetalheTexto" id="ctl00_ctl00_ConteudoPrincipal_ConteudoPrincipal2_FormView1_TextoLabel" style="font-size: 12px;"></span></span></span><br />
<div style="text-align: center;"><div><span class="Apple-style-span" style="color: #042e2d; font-size: 14px; line-height: 19px;"><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; font-size: small;"><span class="ItemDetalheTexto" id="ctl00_ctl00_ConteudoPrincipal_ConteudoPrincipal2_FormView1_TextoLabel" style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 12px;">De onde vêm seus traços, crenças e preconceitos?</span></span></span></div><div style="font-family: Molengo;"><span class="Apple-style-span" style="color: #042e2d; font-size: 14px; line-height: 19px;"><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; font-size: small;"><span class="ItemDetalheTexto" id="ctl00_ctl00_ConteudoPrincipal_ConteudoPrincipal2_FormView1_TextoLabel" style="font-size: 12px;"><br />
</span></span></span></div><span class="Apple-style-span" style="color: #042e2d; font-size: 14px; line-height: 19px;"><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; font-size: small;"><span class="ItemDetalheTexto" id="ctl00_ctl00_ConteudoPrincipal_ConteudoPrincipal2_FormView1_TextoLabel" style="font-size: 12px;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">Dos meus pais. Crenças e preconceitos da minha mãe, do meu avô, alguns dos meus amigos, alguns de mim mesma.</span></span></span></span><br />
<div style="font-family: Molengo;"><span class="Apple-style-span" style="color: #042e2d; font-size: 14px; line-height: 19px;"><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; font-size: small;"><span class="ItemDetalheTexto" id="ctl00_ctl00_ConteudoPrincipal_ConteudoPrincipal2_FormView1_TextoLabel" style="font-size: 12px;"><br />
</span></span></span></div></div><div style="text-align: center;"><span class="Apple-style-span" style="color: #042e2d; font-size: 14px; line-height: 19px;"><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; font-size: small;"><span class="ItemDetalheTexto" id="ctl00_ctl00_ConteudoPrincipal_ConteudoPrincipal2_FormView1_TextoLabel" style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 12px;">Por quem você se arrisca e por quê?</span></span></span><br />
<span class="Apple-style-span" style="color: #042e2d; font-size: 14px; line-height: 19px;"><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; font-size: small;"><span class="ItemDetalheTexto" id="ctl00_ctl00_ConteudoPrincipal_ConteudoPrincipal2_FormView1_TextoLabel" style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 12px;"><br />
</span></span></span><br />
<span class="Apple-style-span" style="color: #042e2d; font-size: 14px; line-height: 19px;"><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; font-size: small;"><span class="ItemDetalheTexto" id="ctl00_ctl00_ConteudoPrincipal_ConteudoPrincipal2_FormView1_TextoLabel" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif; font-size: 12px;">Em geral é pelos outros, e pouco por mim mesma. Por quê? Também quero saber.</span></span></span><br />
<span class="Apple-style-span" style="color: #042e2d; font-size: 14px; line-height: 19px;"><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; font-size: small;"><span class="ItemDetalheTexto" id="ctl00_ctl00_ConteudoPrincipal_ConteudoPrincipal2_FormView1_TextoLabel" style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 12px;"><br />
</span></span></span></div><div style="text-align: center;"><span class="Apple-style-span" style="color: #042e2d; font-size: 14px; line-height: 19px;"><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; font-size: small;"><span class="ItemDetalheTexto" id="ctl00_ctl00_ConteudoPrincipal_ConteudoPrincipal2_FormView1_TextoLabel" style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 12px;">Com quem você pode contar em qualquer encrenca?</span></span></span><br />
<span class="Apple-style-span" style="color: #042e2d; font-size: 14px; line-height: 19px;"><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; font-size: small;"><span class="ItemDetalheTexto" id="ctl00_ctl00_ConteudoPrincipal_ConteudoPrincipal2_FormView1_TextoLabel" style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 12px;"><br />
</span></span></span><br />
<span class="Apple-style-span" style="color: #042e2d; font-size: 14px; line-height: 19px;"><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; font-size: small;"><span class="ItemDetalheTexto" id="ctl00_ctl00_ConteudoPrincipal_ConteudoPrincipal2_FormView1_TextoLabel" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif; font-size: 12px;">Com meu namorado. E algumas poucas e boas amigas.</span></span></span><br />
<span class="Apple-style-span" style="color: #042e2d; font-size: 14px; line-height: 19px;"><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; font-size: small;"><span class="ItemDetalheTexto" id="ctl00_ctl00_ConteudoPrincipal_ConteudoPrincipal2_FormView1_TextoLabel" style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 12px;"><br />
</span></span></span></div><div style="text-align: center;"><span class="Apple-style-span" style="color: #042e2d; font-size: 14px; line-height: 19px;"><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; font-size: small;"><span class="ItemDetalheTexto" id="ctl00_ctl00_ConteudoPrincipal_ConteudoPrincipal2_FormView1_TextoLabel" style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 12px;">De quanto tempo você precisa para perdoar?</span></span></span><br />
<span class="Apple-style-span" style="color: #042e2d; font-size: 14px; line-height: 19px;"><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; font-size: small;"><span class="ItemDetalheTexto" id="ctl00_ctl00_ConteudoPrincipal_ConteudoPrincipal2_FormView1_TextoLabel" style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 12px;"><br />
</span></span></span><br />
<span class="Apple-style-span" style="color: #042e2d; font-size: 14px; line-height: 19px;"><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; font-size: small;"><span class="ItemDetalheTexto" id="ctl00_ctl00_ConteudoPrincipal_ConteudoPrincipal2_FormView1_TextoLabel" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif; font-size: 12px;">Muito, muito mesmo.</span></span></span><br />
<span class="Apple-style-span" style="color: #042e2d; font-size: 14px; line-height: 19px;"><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; font-size: small;"><span class="ItemDetalheTexto" id="ctl00_ctl00_ConteudoPrincipal_ConteudoPrincipal2_FormView1_TextoLabel" style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 12px;"><br />
</span></span></span></div><div style="text-align: center;"><span class="Apple-style-span" style="color: #042e2d; font-size: 14px; line-height: 19px;"><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; font-size: small;"><span class="ItemDetalheTexto" id="ctl00_ctl00_ConteudoPrincipal_ConteudoPrincipal2_FormView1_TextoLabel" style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 12px;">Que nome você escolheria para você mesmo?</span></span></span><br />
<span class="Apple-style-span" style="color: #042e2d; font-size: 14px; line-height: 19px;"><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; font-size: small;"><span class="ItemDetalheTexto" id="ctl00_ctl00_ConteudoPrincipal_ConteudoPrincipal2_FormView1_TextoLabel" style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 12px;"><br />
</span></span></span><br />
<span class="Apple-style-span" style="color: #042e2d; font-size: 14px; line-height: 19px;"><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; font-size: small;"><span class="ItemDetalheTexto" id="ctl00_ctl00_ConteudoPrincipal_ConteudoPrincipal2_FormView1_TextoLabel" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif; font-size: 12px;">Não sei, gosto do meu nome. Gosto de nomes franceses antigos como Josephine, Geraldine...</span></span></span><br />
<span class="Apple-style-span" style="color: #042e2d; font-size: 14px; line-height: 19px;"><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; font-size: small;"><span class="ItemDetalheTexto" id="ctl00_ctl00_ConteudoPrincipal_ConteudoPrincipal2_FormView1_TextoLabel" style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 12px;"><br />
</span></span></span></div><div style="text-align: center;"><span class="Apple-style-span" style="color: #042e2d; font-size: 14px; line-height: 19px;"><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; font-size: small;"><span class="ItemDetalheTexto" id="ctl00_ctl00_ConteudoPrincipal_ConteudoPrincipal2_FormView1_TextoLabel" style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 12px;">Tem alguma marca ou sinal nas suas costas?</span></span></span><br />
<span class="Apple-style-span" style="color: #042e2d; font-size: 14px; line-height: 19px;"><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; font-size: small;"><span class="ItemDetalheTexto" id="ctl00_ctl00_ConteudoPrincipal_ConteudoPrincipal2_FormView1_TextoLabel" style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 12px;"><br />
</span></span></span><br />
<span class="Apple-style-span" style="color: #042e2d; font-size: 14px; line-height: 19px;"><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; font-size: small;"><span class="ItemDetalheTexto" id="ctl00_ctl00_ConteudoPrincipal_ConteudoPrincipal2_FormView1_TextoLabel" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif; font-size: 12px;">Não, só pintas.</span></span></span><br />
<span class="Apple-style-span" style="color: #042e2d; font-size: 14px; line-height: 19px;"><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; font-size: small;"><span class="ItemDetalheTexto" id="ctl00_ctl00_ConteudoPrincipal_ConteudoPrincipal2_FormView1_TextoLabel" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif; font-size: 12px;"><br />
</span></span></span></div><div style="text-align: center;"><span class="Apple-style-span" style="color: #042e2d; font-size: 14px; line-height: 19px;"><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; font-size: small;"><span class="ItemDetalheTexto" id="ctl00_ctl00_ConteudoPrincipal_ConteudoPrincipal2_FormView1_TextoLabel" style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 12px;">O que você realmente quer nesta vida e quando vai conseguir?</span></span></span><br />
<span class="Apple-style-span" style="color: #042e2d; font-size: 14px; line-height: 19px;"><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; font-size: small;"><span class="ItemDetalheTexto" id="ctl00_ctl00_ConteudoPrincipal_ConteudoPrincipal2_FormView1_TextoLabel" style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 12px;"><br />
</span></span></span><br />
<span class="Apple-style-span" style="color: #042e2d; font-size: 14px; line-height: 19px;"><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; font-size: small;"><span class="ItemDetalheTexto" id="ctl00_ctl00_ConteudoPrincipal_ConteudoPrincipal2_FormView1_TextoLabel" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif; font-size: 12px;">O que eu quero da vida? Essa pergunta sempre foi difícil pra mim. O que eu quero, nesse momento, é ter uma vida decente. Parei com essa coisa de reclamar, mas está longe de ser o que eu quero, que é ter dinheiro para viajar e criar coisas. Não tenho dinheiro e não estou criando nada. Quando eu vou conseguir? Pretendo que isso comece a acontecer nos próximos meses.</span></span></span></div>Vicahttp://www.blogger.com/profile/00365728624411766440noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-24096954.post-45565336483854658712011-07-25T16:31:00.000-03:002011-07-25T16:31:20.554-03:00Inês Pedrosa<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://2.bp.blogspot.com/-ERQWC7x6rbo/TY_zZu9dl7I/AAAAAAAAA0g/Eq9WsQvL7qY/s1600/Ines+Pedrosa+escritora+pt.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://2.bp.blogspot.com/-ERQWC7x6rbo/TY_zZu9dl7I/AAAAAAAAA0g/Eq9WsQvL7qY/s1600/Ines+Pedrosa+escritora+pt.jpg" /></a></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Já tinha ouvido falar dela, mas não a conhecia. Escritora Portuguesa de renome e, agora, já uma de minhas escritoras favoritas. Quiçá a única. A verdade é que não gosto de escritores brasileiros, e dos estrangeiros são todos homens, não havia, pensando bem, nenhuma escritora favorita em minha vida. Não que eu não tenha lido coisas excelentes escritas por mulheres, mas nenhuma me cativou tanto quanto Inês.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Li apenas um livro e bastou para esse amor existir.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Chama-se <a href="http://www.skoob.com.br/estante/livro/10288409">Os Íntimos</a> e é absolutamente encantador, pela maneira de escrever, pelas palavras, pelo enredo.</div><div style="text-align: justify;">Quem ainda não conhece, precisa conhecer <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/In%C3%AAs_Pedrosa">Inês</a>.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">A editora Objetiva tem <a href="http://www.objetiva.com.br/autor_ficha.php?id=163">4 títulos</a> da autora em seu catálogo.</div>Vicahttp://www.blogger.com/profile/00365728624411766440noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-24096954.post-86434374803825933512011-07-14T11:18:00.002-03:002011-07-14T11:18:26.372-03:00Canto da SereiaEstrelas nos olhos e tal... vai que funciona.Vicahttp://www.blogger.com/profile/00365728624411766440noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-24096954.post-35039542096253123852011-06-16T16:11:00.000-03:002011-06-16T16:11:42.669-03:00Carta da Cléo I<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh9TRsXpXHQbS38u4y5Bph_BC7B5a4Ryju3MXui-tsNz3PrBkz2mqbeUhDEcigIRohxBlEM8rWyYeUExRe_guVfPKW5QIlLTFyqLdnNul8XSzwkoOXM4HN8Pw8hLr5C99uw4b1v/s1600/42244822_D3t3naRm_c.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh9TRsXpXHQbS38u4y5Bph_BC7B5a4Ryju3MXui-tsNz3PrBkz2mqbeUhDEcigIRohxBlEM8rWyYeUExRe_guVfPKW5QIlLTFyqLdnNul8XSzwkoOXM4HN8Pw8hLr5C99uw4b1v/s320/42244822_D3t3naRm_c.jpg" width="238" /></a></div><div style="text-align: justify;">Querido ..., </div><div style="text-align: justify;">Tinha pensado em te escrever uma carta vindo para o trabalho agora de manhã.</div><div style="text-align: justify;">Era uma carta linda, e-mail, o que fosse, que começava com uma frase ótima que eu esqueci.</div><div style="text-align: justify;">Eu queria te mandar alguma coisa, acho que era uma música. Não importa, era apenas uma desculpa para tentar falar contigo, por qualquer razão.</div><div style="text-align: justify;">O que eu queria te dizer é que tu me moveste.</div><div style="text-align: justify;">Li um livro que teve enorme impacto sobre mim, quando eu tinha uns 15 anos. Chama-se Cleo e Daniel, talvez tenhas lido?</div><div style="text-align: justify;">Quando eu o li, foi emprestado de um amigo. Agora que tenho 30, decidi comprar o livro e lê-lo outra vez.</div><div style="text-align: justify;">Ontem à noite, porque ainda estou lendo um outro livro, peguei Cleo e Daniel e abri uma página ao acaso, pensando em ti, pensando em aprender a falar francês, e havia uma frase em francês, bem no meio da página:</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><blockquote><i> Évidemment. Et alors?</i></blockquote><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">O que se traduz por (<b>eu acho</b>): evidentemente, e agora?</div><div style="text-align: justify;">E agora? Bom, acho que devo começar minhas aulas de francês logo.</div><div style="text-align: justify;">O que eu quero dizer é que eu quero agradecer-te, por ter algo em você que me tocou, que me moveu.</div><div style="text-align: justify;">O que que quer que seja isso dentro de você e que eu fui capaz de ver, aparte da tua enorme necessidade de ser cuidado, que sempre me atraiu aos homens.</div><div style="text-align: justify;">Claro que não disseste: por favor, cuide de mim. Eu apenas reconheci isso em ti, porque geralmente me atraía. Mas não foi isso. Foi outra coisa. Olhos que reluzem, talvez... quem sabe?</div><div style="text-align: justify;">Não sou capaz de cuidar de ti. Mas posso, e devo, cuidar de mim mesma. E disseste que não podes ser cuidado, porque já foste muito machucado antes e não suportas mais o toque. Ainda que seja carinho. Mas talvez só por agora.</div><div style="text-align: justify;">E está tudo bem. Pra ti e pra mim. Mesmo que a gente perca o contato. E tu não ouças as músicas que te mando. Mesmo que nunca leias isso, ainda que eu acredite que de alguma maneira estamos um na vida do outro. Para estar.</div><div style="text-align: justify;">Por mais bobo ou ingênuo que isso possa parecer.</div><div style="text-align: justify;">Amor,</div><div style="text-align: justify;">Cléo.</div>Vicahttp://www.blogger.com/profile/00365728624411766440noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-24096954.post-71139521076698369692011-06-15T14:36:00.000-03:002011-06-15T14:36:08.547-03:00Sim, nós nos amávamos. Onde foi parar esse amor?<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj86AxlCPSmbaqo5KFr2z7AT6HXZ4iRHBlVrU40nXqdEjPRX4xhyphenhyphenGFklIMg4iEWCB70osE9Vm4qlV0YXNPIVbbWoTLrEqCvNidnbSny1tZUh9yJTWI-EST9OtIFOSHE2asm03JV/s1600/459708___heart__.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj86AxlCPSmbaqo5KFr2z7AT6HXZ4iRHBlVrU40nXqdEjPRX4xhyphenhyphenGFklIMg4iEWCB70osE9Vm4qlV0YXNPIVbbWoTLrEqCvNidnbSny1tZUh9yJTWI-EST9OtIFOSHE2asm03JV/s1600/459708___heart__.jpg" /></a></div><div style="border-collapse: collapse; color: #202020; font-family: 'Droid Sans', arial, sans-serif; font-size: 13px;"><span style="font-size: 10px;"><span style="font-size: xx-small;">AMAR.</span></span></div><div style="border-collapse: collapse; color: #202020; font-family: 'Droid Sans', arial, sans-serif; font-size: 13px;"><span style="font-size: 10px;"><span style="font-size: xx-small;">O VERBO.</span></span></div><div style="border-collapse: collapse; color: #202020; font-family: 'Droid Sans', arial, sans-serif; font-size: 13px;"><span style="font-size: 10px;"><span style="font-size: xx-small;">A VIDA ORIENTA-SE EM FUNÇÃO DA LINGUAGEM OU SERÁ A LINGUAGEM QUE VISA EXPRIMIR A VIDA?</span></span></div><div style="border-collapse: collapse; color: #202020; font-family: 'Droid Sans', arial, sans-serif; font-size: 13px;"><span style="font-size: 10px;"><span style="font-size: xx-small;">ACREDITO NA PARTILHA, NA INTERAÇÃO.</span></span></div><div style="border-collapse: collapse; color: #202020; font-family: 'Droid Sans', arial, sans-serif; font-size: 13px;"><span style="font-size: 10px;"><span style="font-size: xx-small;">ENTÃO, A VIDA IMITA A LINGUAGEM E A LINGUAGEM IMITA A VIDA.</span></span></div><div style="border-collapse: collapse; color: #202020; font-family: 'Droid Sans', arial, sans-serif; font-size: 13px;"><span style="font-size: 10px;"><span style="font-size: xx-small;">AMAR.</span></span></div><div style="border-collapse: collapse; color: #202020; font-family: 'Droid Sans', arial, sans-serif; font-size: 13px;"><span style="font-size: 10px;"><span style="font-size: xx-small;">A ORIENTAÇÃO.</span></span></div><div style="border-collapse: collapse; color: #202020; font-family: 'Droid Sans', arial, sans-serif; font-size: 13px;"><span style="font-size: 10px;"><span style="font-size: xx-small;">O VERBO AVANÇA POR ENTRE CASCATAS, FLORESTAS, OU PELO EÓN E A BRUTALIDADE DAS CIDADES.</span></span></div><div style="border-collapse: collapse; color: #202020; font-family: 'Droid Sans', arial, sans-serif; font-size: 13px;"><span style="font-size: 10px;"><span style="font-size: xx-small;">O VERBO CARREGA EM SI A PUREZA.</span></span></div><div style="border-collapse: collapse; color: #202020; font-family: 'Droid Sans', arial, sans-serif; font-size: 13px;"><span style="font-size: 10px;"><span style="font-size: xx-small;">E AQUELE QUE O ESCREVE DEVE SENTIR A LUZ DAS COISAS PURAS, A ESSÊNCIA LÍQUIDA DO MUNDO.</span></span></div><div style="border-collapse: collapse; color: #202020; font-family: 'Droid Sans', arial, sans-serif; font-size: 13px;"><span style="font-size: 10px;"><span style="font-size: xx-small;">AMAR.</span></span></div><div style="border-collapse: collapse; color: #202020; font-family: 'Droid Sans', arial, sans-serif; font-size: 13px;"><span style="font-size: 10px;"><span style="font-size: xx-small;">PORQUE SE AMA NOS DIAS, NAS SEMANAS, MESES E ANOS.</span></span></div><div style="border-collapse: collapse; color: #202020; font-family: 'Droid Sans', arial, sans-serif; font-size: 13px;"><span style="font-size: 10px;"><span style="font-size: xx-small;">PORQUE O SER FOI FEITO PARA AMAR.</span></span></div><div style="border-collapse: collapse; color: #202020; font-family: 'Droid Sans', arial, sans-serif; font-size: 13px;"><span style="font-size: 10px;"><span style="font-size: xx-small;">E EXPRIME O AMOR NA LINGUAGEM.</span></span></div><div style="border-collapse: collapse; color: #202020; font-family: 'Droid Sans', arial, sans-serif; font-size: 13px;"><span style="font-size: 10px;"><span style="font-size: xx-small;">EXPRIME O SEU PATHOS NO CÓDIGO INTELIGÍVEL DAS PALAVRAS.</span></span></div><div style="border-collapse: collapse; color: #202020; font-family: 'Droid Sans', arial, sans-serif; font-size: 13px;"><span style="font-size: 10px;"><span style="font-size: xx-small;">EU PODIA VIVER NO MEIO DE FRASES.</span></span></div><div style="border-collapse: collapse; color: #202020; font-family: 'Droid Sans', arial, sans-serif; font-size: 13px;"><span style="font-size: 10px;"><span style="font-size: xx-small;">EU PODIA VIVER NO MEIO DO MUNDO.</span></span></div><div style="border-collapse: collapse; color: #202020; font-family: 'Droid Sans', arial, sans-serif; font-size: 13px;"><span style="font-size: 10px;"><span style="font-size: xx-small;">EU PODIA VIVER NOS TEUS LÁBIOS,</span></span></div><div style="border-collapse: collapse; color: #202020; font-family: 'Droid Sans', arial, sans-serif; font-size: 13px;"><span style="font-size: 10px;"><span style="font-size: xx-small;">NO TEU OLHAR,</span></span></div><div style="border-collapse: collapse; color: #202020; font-family: 'Droid Sans', arial, sans-serif; font-size: 13px;"><span style="font-size: 10px;"><span style="font-size: xx-small;">EM CADA UM DOS TEUS MOMENTOS SEM MIM.</span></span></div><div style="border-collapse: collapse; color: #202020; font-family: 'Droid Sans', arial, sans-serif; font-size: 13px;"><span style="font-size: 10px;"><span style="font-size: xx-small;">PODIA VIVER AÍ.</span></span></div><div style="border-collapse: collapse; color: #202020; font-family: 'Droid Sans', arial, sans-serif; font-size: 13px;"><span style="font-size: 10px;"><span style="font-size: xx-small;">PRESSINTO-TE.</span></span></div><div style="border-collapse: collapse; color: #202020; font-family: 'Droid Sans', arial, sans-serif; font-size: 13px;"><span style="font-size: 10px;"><span style="font-size: xx-small;">PORQUE O VERBO CONJUGA-SE EM MIM E NO MUNDO QUANDO ESTÁS PRÓXIMO.</span></span></div><div style="border-collapse: collapse; color: #202020; font-family: 'Droid Sans', arial, sans-serif; font-size: 13px;"><span style="font-size: 10px;"><span style="font-size: xx-small;"><br />
</span></span></div><div style="border-collapse: collapse; color: #202020; font-family: 'Droid Sans', arial, sans-serif; font-size: 13px;"><span style="font-size: 10px;"><span style="font-size: xx-small;">(5/5/06)</span></span></div>Vicahttp://www.blogger.com/profile/00365728624411766440noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-24096954.post-52556867987808755492011-06-14T22:01:00.000-03:002011-12-04T22:20:32.893-03:00Carta a Daniel 22<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi2GDJ8n0D_NdIfCo7OfUOmNV1Gbk956Pt8CbnZVteNFEvNsOa_kMwnJC9AVhOeedV_ZDMjhNAKGXwFseUj7P42k4VVVMCJV607qDR5rA-zYPSUVSv1HTIgqvYiWFAx3ZyDrk8_/s1600/flo.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="234" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi2GDJ8n0D_NdIfCo7OfUOmNV1Gbk956Pt8CbnZVteNFEvNsOa_kMwnJC9AVhOeedV_ZDMjhNAKGXwFseUj7P42k4VVVMCJV607qDR5rA-zYPSUVSv1HTIgqvYiWFAx3ZyDrk8_/s320/flo.png" width="320" /></a></div>
Querido Daniel,<br />
eu te convidei a viver os nossos sonhos, tenho certeza de que aquele sonho específico não era só meu, era algo que criei com o material que encontrei em nossas mentes e corações. Eu te convidei, te convidei!<br />
Me negaste, abandonaste, fizeste pouco de mim.<br />
Eu não sei onde eu estava com a cabeça quando te fiz aquele convite.<br />
E agora? Onde estão os meus sonhos? Aqueles que eram só meus? Que fim tiveram? Tiveram fim?<br />
Nem procuro mais. E a casa está vazia, mas cheia de lixo. É tanto por limpar que eu nem sei por onde começar.<br />
E tu estás aí, sorrindo, com essa tua cara feia. Quem pensavas que eras?<br />
E onde estava eu com a cabeça, Daniel? Onde estava eu com a cabeça quando imaginei tudo aquilo? Perdida numa dor, perdida numa nuvem de cinzas, perdida, perdida.<br />
Agora sei onde estou, mas não sei onde está todo resto. A dor é só no corpo e o espírito é vazio e pesado ao mesmo tempo. E sinto saudades de coisas que não vivi e de pessoas que existem só na minha imaginação.<br />
Não te deixo mais beijos, Daniel.<br />
Nem sei se volto a te escrever.<br />
Morra, Daniel. Morra.<br />
C.Vicahttp://www.blogger.com/profile/00365728624411766440noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-24096954.post-16728982440455880642011-06-09T23:07:00.000-03:002011-06-09T23:07:32.708-03:00Vestido<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhW1WVY0MIUj2OgF4axTJbZVuYxQQsL2uRgoc7eyfIr1-Qt6_qA7wQhFe95JZr7RpatL8XmmX72xq0FRjLWxCeaACcmqiMVX7N5Phva9Y51UharHS9PjF-KPTipY3VbfKS4ORoG/s1600/queen-victoria-of-england-wedding-dress1.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhW1WVY0MIUj2OgF4axTJbZVuYxQQsL2uRgoc7eyfIr1-Qt6_qA7wQhFe95JZr7RpatL8XmmX72xq0FRjLWxCeaACcmqiMVX7N5Phva9Y51UharHS9PjF-KPTipY3VbfKS4ORoG/s320/queen-victoria-of-england-wedding-dress1.jpg" width="265" /></a></div>As mulheres têm a agilidade de mudar de alma como mudam de vestido. As mulheres podem vestir-se como quiserem. Agarram-se à moda como os homens agarram-se às bandeiras. São mais espertas. As bandeiras nunca dão independência aos homens que as defendem, as bandeiras enterram os homens. O mundo está carregado de cemitérios feitos do amor às bandeiras. No miradouro de São Pedro de Alcântara, com a Lisboa pombalina adormecida a meus pés, acabo de descobrir que o individualismo foi inventado pelas mulheres.<br />
<br />
- Os Íntimos, p. 186. Inês Pedrosa, Alfaguara, 2010.Vicahttp://www.blogger.com/profile/00365728624411766440noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-24096954.post-77564575418887911702011-04-07T14:07:00.000-03:002011-04-07T14:07:45.632-03:00O fio da meada<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEitXJrs4CAUlDl4CSvqStnLIf-SayWFXivdNWX-KuEKhehK9oGmiFANjK-2es13gqmLlCPq1Cntr641-lFi8m7WfhW_agjxzJ9qfQt0irlnIrIdTqpRc7kwrXjrUtOZ_lpY5jdg/s1600/O+fio+da+meada.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEitXJrs4CAUlDl4CSvqStnLIf-SayWFXivdNWX-KuEKhehK9oGmiFANjK-2es13gqmLlCPq1Cntr641-lFi8m7WfhW_agjxzJ9qfQt0irlnIrIdTqpRc7kwrXjrUtOZ_lpY5jdg/s1600/O+fio+da+meada.jpg" /></a></div>Não sei se sou só eu, mas ultimamente tenho sentido que estou perdendo o fio da meada. Foi em algum lugar do caminho, em algum momento que eu não sei precisar, que perdi a noção, o critério, o juízo, a razão. E não sei onde estou, nem o que estou fazendo.<br />
Todos os dias fico com uma sensação de que estou esquecendo algo, algo muito importante. De que deixei de fazer algo que deveria, de que esqueci alguma coisa em algum lugar. Minha vida anda o caos.<br />
Parece que estou correndo num labirinto. Nada faz sentido.Vicahttp://www.blogger.com/profile/00365728624411766440noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-24096954.post-19029117881240462252011-04-01T10:06:00.000-03:002011-04-01T10:06:39.423-03:00Leituras alheias XI e poema<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh4dQ4pNjw0UtL9o77yhV9b-6g4FdjKJ6JKsTFzehJFc2TXdlb7Snv4UQw3lMc8_zGuSUaFcqJ2L1hvvieR9aByg7cuifMqBoNj4rUmpcApNFtdCTNKLqIGzSreRNExe_U9UKEI/s1600/grimshaw-john-atkinson-spirit-of-the-night.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh4dQ4pNjw0UtL9o77yhV9b-6g4FdjKJ6JKsTFzehJFc2TXdlb7Snv4UQw3lMc8_zGuSUaFcqJ2L1hvvieR9aByg7cuifMqBoNj4rUmpcApNFtdCTNKLqIGzSreRNExe_U9UKEI/s320/grimshaw-john-atkinson-spirit-of-the-night.jpg" width="247" /></a></div>Mesma moça que vi ontem lendo A Cabana. E o Diário Gaúcho, eterno campeão das leituras em transporte coletivo.<br />
Segue algo mais inspirador:<br />
<br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: georgia, serif; font-size: 13px; line-height: 23px;"></span><br />
<pre style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-color: #f2f2f2; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; border-bottom-color: rgb(221, 221, 221); border-bottom-style: solid; border-bottom-width: 1px; border-right-color: rgb(221, 221, 221); border-right-style: solid; border-right-width: 1px; margin-bottom: 10px; margin-top: 10px; padding-bottom: 10px; padding-left: 15px; padding-right: 15px; padding-top: 10px;"><span style="font-family: georgia, palatino; font-size: 11pt;">love is a place</span>
<span style="font-family: georgia, palatino; font-size: 11pt;">& through this place of</span>
<span style="font-family: georgia, palatino; font-size: 11pt;">love move</span>
<span style="font-family: georgia, palatino; font-size: 11pt;">(with brightness of peace)</span>
<span style="font-family: georgia, palatino; font-size: 11pt;">all places</span>
<span style="font-family: georgia, palatino; font-size: 11pt;">yes is a world</span>
<span style="font-family: georgia, palatino; font-size: 11pt;">& in this world of</span>
<span style="font-family: georgia, palatino; font-size: 11pt;">yes live</span>
<span style="font-family: georgia, palatino; font-size: 11pt;">(skilfully curled)</span>
<span style="font-family: georgia, palatino; font-size: 11pt;">all worlds
-e.e. cummings</span></pre>Vicahttp://www.blogger.com/profile/00365728624411766440noreply@blogger.com0