quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Casa M da 8a Bienal do Mercosul

Eu sou guria de apartamento e cresci no Centro de Porto Alegre, bairro onde morei a maior parte da minha vida. Morei na Rua da Praia, na Washington Luiz, na Duque de Caxias e na Bento Martins, assim, posso dizer que conheço aquelas ruas do lado de lá da Caldas Júnior, até o Gasômetro, como a palma da minha mão.

Tenho minhas casas preferidas no Centro. A maioria, casas antigas de estilo português, hoje caindo aos pedaços.

Qual não foi minha mais grata surpresa e motivo de extrema alegria ontem à tarde, quando, ao visitarmos a 8a Bienal do Mercosul pela 2a vez, descobrirmos que uma dessas minhas casas preferidas foi reformada e virou espaço de arte na programação da Bienal. Trata-se da Casa M, localizada na Rua Fernando Machado nº513, em frente à escadaria da João Manoel (outro dos meus lugares favoritos no Centro, e que está ao Deus dará, infelizmente).

Fiquei encantadíssima e felicissíma com o resultado da reforma e o uso dado à casa. Tirei algumas fotos com o celular que estão no 4Square. O lugar é sensacional, e tem livros que podem ser lidos, espaço para crianças, várias atividades artísticas e culturais relacionadas com a Bienal.

A Casa M fica aberta ao público até dia 10 de dezembro de 2011.

O único porém: ela está locada à Fundação Bienal, e depois do dia 10/12, será fechada. Estou rezando para que alguém alugue e abra um restaurante ali (seria um lugar incrível), ou para que algum ricaço benfeitor  adote a idéia da casa e mantenha como um espaço aberto à comunidade, para produção artística e cultural.

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Filmes Argentinos


Há 2 filmes argentinos em cartaz em Porto Alegre, imperdíveis, na minha opinião:


Ambos tratam do ser humano: o que nos aproxima, o que nos afasta. Enquanto um retrata uma amizade insólita, o outro mostra a cidade de Buenos Aires como elemento que une e separa as pessoas ao mesmo tempo.

São filmes bem feitos, leves, divertidos, tristes; tudo na medida certa. Retratam o que há de mais humano nos humanos: as interações sociais e a capacidade que temos de utilizá-las, ainda que inadvertidamente, como fonte de mudança.

Parece ser esse o ponto central de ambos os filmes: mudança. É necessário mudar, deixar o passado para trás, e então ir adiante. Ambos falam não só de amor, como de cura: primeiro você precisa esperar, deixar a ferida cicatrizar, assim você consegue ir adiante, consegue ver do que precisa. Nesse processo de cura entram as outras pessoas: as personagens dos dois filmes são solitárias mas, com a interferência de outros  conseguem passar pelo luto, pela dor, até a casquinha da ferida cair e mostrar a pele nova embaixo.

Quanto aos filmes, devo dizer que a premissa dos dois é extremamente criativa. Sem grandes efeitos especiais, poucos cenários (até porque a cidade de Buenos Aires é um cenário fantástico por si mesma), poucos e bons atores. O suficiente para trabalhos excelentes, entretenimento e também ponto de partida para discussões filosóficas, porque não?

Os dois estão em cartaz no GNC do Shopping Moinhos, e também no Unibanco Arteplex. #ficadica