terça-feira, 30 de setembro de 2008

Há algo de podre no Reino da Dinamarca


Ele, sempre com aquela cara de cenário. Ela, com a expressão cada dia mais triste.

segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Cats


É uma delícia ter a Olívia de volta... é uma figurinha essa gata... fofura da mãe.

domingo, 28 de setembro de 2008

sábado, 27 de setembro de 2008

Visão além do alcance


No dia em que ele me enxergou, eu vi que não havia mais nada para nós. No dia em que ele finalmente me enxergou, eu o vi, e ele já não significava nada para mim.

E ele me enxergou, ele viu tudo, ele leu minha alma, ele falou, falou, falou, ele me conhecia por inteiro, ele me descreveu em detalhes e nuances, enquanto eu chorava e pensava: já não há mais nada, essa história acaba aqui.

Ele me desenhou com palavras, me mostrou meu espírito, me disse que meus olhos eram estrelas a alumiar a escuridão da vida dele. E eu pensando: não mais, não mais. Teu sorriso ilumina uma sala, uma casa, uma rua, uma cidade, uma vida. E eu só pensava: todo esse amor para nada, todo esse amor para nada e aquilo a me doer e me doer e me doer, e o pranto era quase como um soco vindo de dentro, era quase como uma convulsão, uma quase violência do corpo contra si.

E quando ele se calou, levantei-me e saí, esperando que o vento levasse aquele peso embora, levasse aquela tristeza embora, levasse aquele nó da minha garganta, pois não havia nada a ser dito. Não mais.

Sentia minhas pernas pesadas e os passos arrastados. Parecia que andava na neve. Como seria andar na neve? Nunca vi neve, mas meu coração estava gelado como um floco de neve. Há algo de belo na tristeza, há algo de verde na tristeza, verde de esperança. Mas naquele exato momento, não havia nenhuma esperança em meu coração, apenas o frio e a tristeza do frio e de saber que amar tanto quanto eu tinha amado não queria dizer nada, não me trouxe sequer um alento de felicidade, uma chama fraca, não, apenas o vazio do frio.

Onde ela vai? Porque me deixa? Agora que eu disse tudo, tudo, tudo o que eu sempre quis dizer? Porque ela me deixa sabendo que eu a amo tanto? Porque eu não consigo dizer nada nem fazer nada? Porque minha voz não sai, eu não me mexo, eu não consigo, eu não consigo, não vá! Por favor não vá.

Sempre é tarde demais. Sempre é tarde demais. Quando enxergamos verdadeiramente alguém, talvez seja tarde demais.

"E para lá desta corrente que me limpa, como se não fosse luz e fosse água, sei que a minha mulher vagueia pela casa. Ainda que os meus olhos não a vejam, eu vejo-a. Pensa. No que pensas, mulher? Quem é o teu rosto? E não há um silêncio que me responda. Só o silêncio onde não me entendo, onde não a ouço. Só um silêncio de esquecimento e indiferença e silêncio. Distante deste tubo de sol e junto da minha pele, vagueia pela casa, talvez perdida, talvez segura do que sabe. Preciso dela. Não a conheço" - José Luís Peixoto em Nenhum Olhar.

(Originalmente publicado aqui)

Dia de carreata

Essa bolsa é linda, e é minha!!!

Sábado de sol e muito vento nessa cidade ao sul do Brasil... já dizia Ana Terra que o vento dessas terras enlouquece as pessoas e acho que ela tem toda razão.
Carreata de políticos, vi o prefeito que concorre à reeleição no Moinhos e na Cidade Baixa.
Almoço no Primavera, melhor sanduicheria da cidade, que eu descobri por acaso, que tem sanduíches, quiches e tortas (tortas-frias e tortas doces) lindos e deliciosos... Depois Casa de La Madre, na Tobias da Silva, onde encontrei a queri da Laura e aproveitei pra comprar algumas das coisinhas lindas que ela faz: uma bolsa de plush, uma mateira lindinha, um organizador de bolsa e uma mega necessaire para guardar os poucos cosméticos que eu tenho.
Uma rápida voltinha no Moinhos Shopping, depois Pó de Estrela, que tem umas almofadas novas lindas (mas não levei nada) e para finalizar, Cometa Design, onde comprei um adesivo de parede muito legal. Também dei uma passadinha no Zaffari, comprei um pão multigrãos orgânico da Secale, cream cheese (momento Vitor Fasano do twitter), e ração para cães filhotes, que vou levar amanhã no Gasômetro para doar (passem lá e doem também, por favor).
Esse pãozinho é delícia!

Hora de Voltar

A malinha dos cosméticos que eu trouxe para vender

Uma hora a gente tem que voltar. Voltar significou, essa semana, me agarrar na minha pilha de trabalho... e nem deu tempo de respirar. Digamos também que voltar significou encontrar meu ambiente de trabalho ainda mais crowded, em função da contratação de duas estagiárias. Sim, elas são de grande ajuda, mas ocupam um espaço físico que já é meio pequeno. Ossos do ofício. Voltar significa que essa semana eu tenho que dar um jeito e ir fazer os exames que o médico me pediu antes da minha viagem, quando eu tive que ir passar duas noites na emergência da Santa Casa, de novo com cólica renal, igualzinho eu tive em 2005. Voltar significa que as minhas costas continuam podres, meu ombro cada vez pior e eu tenho que marcar urgente com o quiro japa para dar um jeito nisso. Voltar significa tentar arrumar a minha casa (eu estou sempre insatisfeita, pra mim tá sempre bagunçado demais), comprar coisinhas que ainda faltam, tentar voltar às minhas leituras. Um dos meus planos de férias era comprar o novo livro do Paulo Coelho (digam o que quiserem) e lê-lo durante a viagem, já que todos os outros dele que eu li, li de uma vez só, são muito fáceis e rápidos de ler. Mas o dito tinha capa dura, era pesado, e caro. Desisti. Tenho que terminar o Lord of the Flies para devolvê-lo ao dono e continuar na minha leitura de Tempo de Despertar. Ver a segunda temporada do Dexter e os episódios do House que eu ainda não vi. Comprar um aparelho de DVD. Ir ao cinema ver Ensaio sobre a Cegueira. Organizar a minha agenda no trabalho, porque tá tudo uma bagunça e, em função dos 3 mandados de segurança que serão impetrados no Supremo Tribunal Federal na 2ª feira, que eu tive que fazer e montar (3 autoridades coatoras e muitas, muitas cópias), eu simplesmente não consegui olhar pra mais nada. Tomar vergonha na cara e definir que tipo de pós eu quero fazer e dar um jeito de entrar numa pro ano que vem. Comprar uma tolha nova para a Olívia, um shampoo para gato, e um cobertorzinho novo também, agora que ela está comigo e o "pai" dela simplesmente não me entregou essas coisas. Dar atenção às amigas, dar atenção à minha mãe. Pelo menos terminei de listar as coisinhas que eu trouxe para vender, que vou depois colocar no Tie Dye (mas acho que não será necessário, haja vista já ter vendido muita coisa). Ir ao cabelereiro passar Cellophane da Sebastian na cor Red Brunette. Quem sabe cortar o cabelo. Fazer pé e mão com meu esmalte drama queen da L'Oreal (porque pink é o novo vermelho). Pensar se torro quase 2 mil reais no show da Madonna em Buenos Aires... so much to do, so much to buy, so little time, so little money. Mas estamos na luta, isso que importa.

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Cortador de grama


A verdade está lá fora e só ela liberta. Por mais dura ou cruel que possa ser. No entanto, passamos muito do nosso tempo (e muitos passam todo o tempo), tapando o sol com a peneira e queimando os cantos dos olhos, porque não queremos ver. Embora possamos.
Eu ainda não assisti ao Ensaio sobre a Cegueira, mas tenho certeza de que um pouco da mensagem do filme é essa. Veja porque podes ver.
Seria bom se as pessoas cortassem sua própria grama antes de apontar a grama alta do vizinho.

quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Nós alimentamos os dementes...

Pessoa podre de cansada e p da vida porque o vôo da volta atrasou

Como disse o Gabriel. Meu stalker... ;)
Tem fotos das minhas férias aqui. Pena que tu não tens convite, né?

quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Ajude a dizimar o planeta.


Vire advogado. 600 reais em xerox num dia. Foi-se metade da Amazônia e a culpa é minha. Não, a culpa é do TCU maledetto.
E adivinhem quem vai organizar as duas caixas de cópias??

Que filme é você?





Você é "O ódio" de Mathieu Kassovitz. Você é inconformado(a), revoltado. Vive se metendo em brigas, mas tem muita atitude.

Faça você também Que
bom filme é você?
Uma criação deO
Mundo Insano da Abyssinia




Reflexo do mau humor dos últimos dois dias... Porto Alegre me faz... mal.

terça-feira, 23 de setembro de 2008

Get lucky!


Ai, voltar pra casa me desanimou... férias são ótimas e seriam melhores ainda se durassem para sempre. Pelo menos essas minhas férias de 10 diaszinhos...
Assisti àquele filme What Happens in Vegas. Achei que seria uma bobagem, mas não é que é bem legal?
Por mais bobo que ele seja, no fundo, a temática sempre funciona. O que qualquer pessoa precisa, quando está com alguém, é poder ser ela mesma. Se não é assim, não funciona. Se você tem que manter em segredo as coisas que gosta de fazer (quando não é nada criminoso nem vexatório demais, claro), quando você não pode dividir algumas coisas, somar outras, o relacionamento vai pro ralo, essa é verdade. Passar o tempo tentando agradar o parceiro para não perdê-lo? Se liga, parte pra outra, abre uma Coruja beeem gelada, que a vida é curta e tem muito mais coisas que valem a pena nesse mundo (bah, ô se tem!).
Além disso, o filme é bem divertido. Eu ri bastante e, claro, dei uma choradinha básica no final, porque quem resiste a um água com açúcar com aquele lindo do Ashton Kutcher?

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

Your life is shitty, not mine, my dear...


Choose life
Choose a job
Choose a career
Choose a family
Choose a fucking big television
Choose washing machines, cars, compact disc players, and electrical tin openers
Choose good health, low cholesterol and dental insurance
Choose fixed-interest mortgage repayments
Choose a starter home
Choose your friends
Choose leisure wear and matching luggage
Choose a three piece suite on hire purchase in a range of fucking fabrics Choose DIY and wondering who you are on a Saturday morning
Choose sitting on that couch watching mind-numbing sprit-crushing game shows stuffing fucking junk food into your mouth
Choose rotting away at the end of it all, pissing you last in a miserable home no more than an embarrassment to the selfish, fucked-up brats you have spawned to replace yourself
Choose your future
Choose life
I chose not to choose life
I chose something else

sexta-feira, 12 de setembro de 2008

People are strange


E o pior: fedem. São "malê-ducadas", estúpidas, egoístas, metidas, sujas, esnobes e ignorantes. Pronto falei. Deus me proteja das pessoas, porque como já dizia Sartre: o inferno são os outros.

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Open your eyes


What if closed, but yet opened?
And if opened, what would I want to see?
What would YOU want to see, if you could see anything?
What would YOU want to be, if you could be anything?
I wanna be free. I am not like you.

quarta-feira, 10 de setembro de 2008

O Homem que vivia na cabine telefônica

Escrevi em 2001.

O sol brilhava esplendoroso no alto dos 7 céus sob a cidade mágica. Cada céu era como um filtro. Como havia apenas um sol, a luz perdia um pouco do seu calor ao passar por cada um dos céus. Quando atingia os telhados dourados das casas da cidade mágica, estava praticamente sem calor, e os dias da cidade mágica eram sempre frios. Raios de sol gélidos batiam suavemente em seus olhos. Pássaros cantavam. Uma menina passou correndo, as tranças voando com laços de fita carmim.

No meio de tudo isso, ele acordou.
Abriu os olhos lentamente. A claridade cegando-o. Sem camisa e sem sapatos, encolhido num pedaço de papelão, ele estava deitado no chão de uma cabine telefônica em uma movimentada avenida. Alheio ao movimento externo, ele permaneceu na mesma posição, estendeu a mão para fora da cabine, como se quisesse sentir a temperatura.
Pessoas passavam e olhavam com pena para aquele homem encolhido na cabine telefônica. Alguém provavelmente pensou: como alguém pode chegar a este estado? Como viver assim?
Alheio, ele piscava os olhos, a claridade ofuscava-o.

Um dia decidiu que ia fechar os olhos do lado de fora e abrí-los para dentro. Tudo vermelho. Uma luz... e ele pôde, finalmente, enxergar a si mesmo.

Primeiro viu o sangue... quanto sangue dentro dele mesmo. Pensou que talvez, se sangrasse, pudesse ver-se com mais clareza. Na escuridão de fora, procurou por uma faca. Lentamente o líquido quente escorreu-lhe pelos pulsos. Pingos no chão. E tudo foi ficando mais claro. Uma luz muito forte. Abriu lentamente os olhos e viu a si mesmo. Olhos nos olhos. Seus dedos procuraram seus dedos, e eles se encontraram. Que estranha sensação a de tocar a si mesmo.

O sangue pingava no chão. O homem, em pé, estendia os braços e as mãos e os dedos, e parecia tocar alguma coisa. Os olhos fechados.
O corpo foi caindo, caindo... Olhando para si mesmo, tocando-se a si mesmo, ele percebeu...

...percebeu sua própria fluidez e, então, o coração se partiu em dois, o amor finalmente escapou daquela prisão. Pela primeira vez era livre, livre, e isso era uma sensação indescritível.

Os médicos colocaram o corpo inerte na maca. Muitos tubos, bandagens, agulhas. "Mais uma merda de um suicida. Que merda de trabalho"! A palavra suicida ecoou-lhe na mente. Não era nada disso. Mas agora estava livre... 

Acordou. Abriu os olhos lentamente. A visão turva. Piscou. Piscou. O forro de gesso do teto começou a ficar nítido. O ambiente estava bem iluminado, talvez iluminado demais. Tudo tão branco, seus olhos estavam meio ofuscados. Olhou para o braço direito. Bandagens no pulso. Uma tira de couro em volta do braço. Tentou movê-lo. Estava amarrado.

Olhou para o braço esquerdo; a mesma coisa. Tentou mexer as pernas, também estavam amarradas. Ficou olhando para o teto.
O forro de gesso branco foi se liquefazendo... agora parecia um lago branco sobre sua cabeça. De repente, um trovão. Começa a chover. Chove do chão para o teto. Ele pode ver gotas de chuva fazendo pequenas ondulações no lago branco sobre sua cabeça.
Logo descobre-se flutuando entre seu próprio corpo e o lago branco. Está livre. Poderia tocar aquele líquido branco? Qual seria a sensação? Estende a mão. A chuva continua subindo, forte. Lentamente seus dedos tocam o lago. Tudo escurece.

Noites em branco. Não lembrava mais de seus sonhos como antes. Ou não sonhava mais. Não podia saber. A voz que lhe falava aparecia em raras ocasiões, mas era o bastante para lhe perturbar. Estava passando por uma cabine telefônica quando sentiu alguém lhe tocar o ombro, mas não havia ninguém. O telefone tocou. Pensou em atender, mas continuou andando. A curiosidade lhe corroeu durante o resto do dia. Voltou à cabine após o trabalho. Mas desta vez o telefone permaneceu quieto. A cabine lhe observava do mesmo modo como ele a observava. “Acho que nunca mais vou ser normal”, pensou. Foi para casa.

Encolhido na cabine telefônica pensou em escrever suas memórias. Pensou em explicar como chegara ali, porque havia desistido de tudo para escutar uma voz. Porque esperava, e esperaria para sempre, por um telefonema dela. Mesmo sabendo que ela se fora. Não estava ali, nem nunca estivera. Claire, aquela a quem ele nunca amara.

“O amor foi a minha perdição. Mas salvo minha alma todos os dias esperando para ouvir a voz dela. Um dia ela me chamará. Um dia ela me chamará”.

terça-feira, 9 de setembro de 2008

Alice no país...

Choro.
Olho para trás. Não virei estátua de sal, mas sinto o salgado das lágrimas que me escorrem pelo rosto.
Se por um lado me alivia ver tudo o que percorri até agora, por outro o que está por vir me assusta. Mas não me impede de prosseguir.
O medo, na maior parte das vezes, me move. O medo, na maior parte das vezes, relaciona-se com o temor da loucura, que parece-me iminente. Paranóia, obsessão. Talvez o que impeça que essa treva tome conta de mim seja a dor. O amor. E o próprio ressentimento. Que indicam que ainda posso sentir, não apenas pensar.
Trilhar o caminhar sem afundar na psicose. Saber o que desejar, porque a falta de desejo gera tédio e o tédio empurra para a loucura. Uma loucura que consiste na inebriante vontade de rasgar a própria pele para que meu espírito possa enfim libertar-se. A libertação da troca de corpos, de um novo corpo, um novo rosto, um novo eu.
Para que eu possa voltar, verdadeiramente, a sorrir.

segunda-feira, 8 de setembro de 2008

Harajuku girl


Eu vi uma menina. Uma menina de lindos cabelos vermelhos encaracolados. Compridos. Saia curta, tênis, simples e feliz. De mãos dadas com o namorado, ela tinha brilho no olhar.
Eu vi essa mesma menina, anos depois. Ainda com o mesmo namorado. Mas dessa vez não estavam de mãos dadas. Discutiam. Vi desrespeito e desprezo nos olhos dele. Vi tristeza e desespero nos olhos dela, que já não tinham mais aquele brilho. Os cabelos, ainda vermelhos, mas mais curtos, mal cuidados, despenteados, sem os lindos cachos de outrora.
As pessoas entram em espirais de auto destruição não sentida. O desrespeito inicia comedido e vai se infiltrando na mente e no coração de quem ama aquele que desrespeita. Essa pessoa, cega, apaixonada, não vê como o processo todo acontece, apenas se dá conta quando sua alma já está reduzida a farrapos. Pensa que o amor causa sofrimento, quando, na verdade, é a falta dele que causa. Amar e não ser correspondido, amar e ser tratado como nada, como uma coisa, envenena a alma, derruba o espírito, machuca o coração e o corpo. 
O pior: ela ainda não percebeu isso. Essa menina. Espero que perceba logo, antes que não consiga mais recosturar os farrapos.

O vermelho e o... vermelho.


Vermelho é a cor que marca a vida de Dexter, o psicopata camarada.
Está na abertura do seriado, na cor da pele e dos cabelos ruivos, na origem de toda trama.
Fazia tempo que eu queria escrever sobre esse seriado, que me deixa com um profundo sentimento de confusão. Como simpatizar e ao mesmo tempo repudiar a mesma pessoa? Se, por um lado, ele é um assassino frio (tenho minhas dúvidas) que faz coisas terríveis, por outro, ele é um cara beeem legal, trata a namorada e os filhos dela super bem, tem um ótimo relacionamento com quase todos os colegas, é adorado pela irmã adotiva, é super educado e charmoso e, ainda por cima, mata com "código de honra".
Já assisti quase toda primeira temporada e fico pensando onde essa personagem vai parar, porque me parece que, inevitavelmente, ele chegará a um "dead end", um beco sem saída, onde, ou ele vai finalmente transformar-se num ser "normal", ou será pego. Porque ele ficar matando assim pro resto da vida vai ser, no mínimo, totalmente sem graça e a série vai ter que terminar, anyway.
O interessante da série é, em princípio, a inexistência do conflito moral na personagem. Ele tenta sobreviver dentro do mundo "normal", mas não sente como uma pessoa normal. Aliás, ele afirma não sentir nada. No entanto, ele busca a normalidade e vive dentro de um sistema moral, ainda que isso tenha sido incutido. E isso é que é realmente misterioso: afinal de contas, ele segue o sistema moral do pai adotivo por quê?
Conforme a trama vai se desenvolvendo, o conflito interno começa a surgir. Um dos melhores episódios, na minha opinião, é aquele em que a vítima é um psiquiatra. Depois desse episódio a coisa vai culminar num tremendo conflito moral, talvez o primeiro pelo qual Dexter vai passar. O que é esse conflito moral? É pesar interesses. Mais, na verdade, embora ele não admita, eu vejo que a personagem pesa sentimentos. Esses, que ele alega não possuir. E isso é o que vai aproximando Dexter da tão almejada normalidade, embora eu não consiga prever realmente onde isso vai parar.
Há uma outra personagem ainda mais interessante, pena que mal explorada. Não vou falar a respeito pra não tirar a graça de quem ainda não viu.
Dos últimos tempos, essa é, com certeza, uma das melhores séries enlatadas, mistura drama, comédia, ação, e, claro, investigações policiais, o que sempre atrai o público. 

Monday wisdom

quinta-feira, 4 de setembro de 2008

Bem mulherzinha!

Fazemos tudo por uma promoção...
Espie aqui as coisinhas fofas dessa moça...
Acabei de me dar conta que eu já vi isso... acho que foi no Mix Bazaar, será?

Coisas que só a Brasil Telecom faz para você!


Inacreditável, simplesmente, inacreditável. Me caiu os butiás do bolso ler essa notícia no site do TJ.


Concessionária deve indenizar cliente por direcionar ligações do “190” a telefone residencial



A Brasil Telecom S/A foi condenada por falha que ocasionou o redirecionamento da linha 190, da Brigada Militar, para prefixo residencial de cliente da Capital, por 36 horas, durante fim de semana. Em decisão unânime, a 9ª Câmara Cível do TJRS arbitrou em R$ 15 mil a indenização por danos morais a ser paga ao autor da ação. O valor será acrescido de correção monetária pelo IGP-M e juros moratórios de 1% ao mês.

No apelo ao Tribunal de Justiça, a concessionária alegou não ter havido qualquer irregularidade em sua rede externa que comprovasse o dano alegado pelo demandante. Já conforme o autor, ele e a família foram forçados a atender ligações de emergência oriundas do 190 a fim de repassá-las ao número fixo da Brigada Militar. O cliente narrou também que uma das ligações referia-se a pedido de socorro seguido de execução por arma de fogo. Outras eram igualmente de natureza aflitiva, escabrosa e horripilante, disse.

O relator do recurso, Juiz-Convocado ao TJ, Léo Romi Pilau Júnior, ressaltou que o dano moral é evidente. O fato ocorreu justamente no final de semana, frisou o magistrado, quando os acidentes/ocorrências aumentam. Registrou que “tampouco é necessário imaginar o que foi ouvido pelo autor no período, e a aflição por que passou, diante da total impotência diante dos pedidos de socorro.” Da mesma forma, ressaltou “ser inadmissível a ocorrência de semelhante problema técnico justamente envolvendo linha de urgência”.

Em seu entendimento, está bem caracterizado o dever de indenizar, arbitrando em R$ 15 mil a reparação por danos morais. “Quantia que se mostra condizente com o dano sofrido, pois esse valor se presta para a recomposição dos danos, não caracterizando enriquecimento ilícito por parte do autor.”

Votaram de acordo com o relator, a Desembargadora Iris Helena Medeiros Nogueira e o Desembargador Odone Sanguiné.

Proc. 70025154451

Afim e a fim - porque eu não aguento mais!!!!


Não aguento, não aguento, não aguento!!! Todo mundo erra essa idiotice, então, por favor, aprendam!!!!!!!!!!!!! (Ou será que eu preciso desenhar??)

Afim e a fim

Escreve-se numa só palavra o adjetivo afim (que designa predisposição, afinidade ou parentesco).

Escreve-se separada a locução adverbial a fim (que significa no intuito de, para)


E mais uma coisinha útil:

Se não e senão

Se não é:

a)
a conjunção se e o advérbio não: se não tomar este remédio, vou morrer;
b)
equivalente a se é que não: levará meses, se não anos.

Senão pode ser:

a)
conjunção explicativa, equivalendo a quando não: escreve a carta senão terás chatices;
b)
conjunção condicional, significando a não ser: não chegarás ao cimo senão subindo as escadas;
c)
advérbio de exclusão, equivalendo a só: não tenho senão dois casacos;
d)
substantivo: só havia um senão;
e)
elemento das locuções conjuncionais senão que (= mas antes) e adverbial senão quando (=eis que, de repente).

terça-feira, 2 de setembro de 2008

O tal do blip.fm

Mais uma nerdice, claro. No começo, achei legal, mas a maioria das músicas que eu procurei eram covers e depois o negócio começou a dar pau. Já larguei de mão, ando sem paciência e sem tempo. Prefiro o last.fm. Tenho ouvido todos os dias, praticamente, as rádios dos meus artistas preferidos no momento: Colin Hay, Sara Bareilles, Feist, Kate Nash, The Kooks...
Alguém tem alguma sugestão de música pra me dar? Tô a fim de coisas novas, mas coisas mais calminhas, nada de heavy metal, hard core, essas coisas.