Outro dia vi o cobrador do bus lendo O Mistério do Trem Azul, de Agatha Christie. Adorei. Adoro ver pessoas lendo, muito mais livros velhos e amarelados, e de escritores que não estão (mais) na moda.
Continuo nas minhas leituras entrecortadas, mas eu me entedio muito fácil, por isso leio vários livros ao mesmo tempo. Pra mim é menos cansativo.
No meio dessas leituras, peguei Borges pra ler. Outras Inquisições, uma série de textos de uma inteligência soberba, absolutamente deliciosos de ler. Daqueles livros tão inteligentes que te deixam com um sorriso na cara. Não tem nada que me alegre mais do que inteligência (muito) bem usada, com aquela ironia fina que só quem é muito inteligente e culto tem. Pode parecer arrogante, mas pessoas simples também são inteligentes. Algumas, muito mais do que certos doutores por aí.
Só que estou falando de Borges, e dizê-lo inteligente chega a ser pleonasmo. O cara era, realmente, fodástico. E esse livro é daqueles que devem ser lidos. Saboreados. Fora que ele tem tantas referências que eu preciso anotar tudo para pesquisar. Porque dos autores que ele cita, só tenho familiaridade com Schopenhauer. De resto, conheço só o nome (e lendo esse livro eu dou graças aos céus por ter estudado, voluntariamente, 2 anos de Latim, porque nenhuma frase em Latim veio traduzida).
Mas se tu não sabes Latim, usa o Google Tradutor e lê. Vale a pena.