quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Carta a Daniel 17

Querido Daniel,
mais um ano passou. No entanto, ainda sinto que tenho um espinho cravado em meu coração, daqueles que doem nos momentos mais insólitos, devido a algum sobressalto cardíaco.
Já tentei tirá-lo, mas está encravado, penetrou bem fundo, e para removê-lo, será necessário abrir um buraco no meu peito, cavoucar esse músculo involuntário, e isso trará ainda mais dor, por isso evito.
Quero que saibas que tu sabes o que fazer, apenas precisa fazê-lo. Preciso de alguém que segure minha mão quando eu cravar a faca em mim mesma, preciso de alguém que me ajude a fazer curativos, limpe o sangue, enxugue minhas lágrimas. Penso que és capaz disso.
Preciso de um colo onde descansar a cabeça, preciso de um pano de água fria na testa quando a febre se fizer inevitável. Preciso que segures firme a minha mão quando eu gritar.
Eu saí, eu voei, eu usei o telefone e mandei sinais de fumaça, porque precisava te encontrar. Agora que estás aqui, por favor, fique.
Um beijo com sabor de cereja,

C.

2 comentários:

Dona ervilha disse...

Eu não sei quem é o Daniel, e até nem sei se ele existe. Mas quando você escreve nova carta, não resisto. Parece amor. Se for, já sabes, dói.
Mas não deixe ele (o amor) ir... tá?
Beijo!

Anônimo disse...

Oi vica
Tenho andado por aqui..mas não comentei..ô preguiçaaa.
hahahahahaha
Ahh gostastes do lay da marilyn?
Pois eu também..até enjoar claro.
beijo

Faxina