quinta-feira, 17 de setembro de 2009

E então toca algo que me toca...

It doesn’t matter where you’ve been – how far
It doesn’t matter how run down you are
Or if there’s nothing perfect left in your heart
No, it all means nothing, it all means nothing, it all means nothing at all, at all

I’ve told you every selfish lie I know
I’ve taken falls from dizzy heights - I’ve let go
But there is a simple truth to find below
Where it all means nothing, it all means nothing, it all means nothing at all, at all

I’m on the edge for you
Losing my head for you
I’m in the red for you
Tonigh, tonight
Until my hopes fall through
There’s nothing else I can do
I’m in the red for you
Tonight, tonight
I’m on a rescue

Love is a thousand shades of grey – and we know
There’s not a safe or certain way to go
But when we’ve seen all, uneasiness and hate, it will show
That it all means nothing, it all means nothing, it all means nothing at all, at all

I’m on the edge for you
Losing my head for you
I’m in the red for you
Tonigh, tonight
Until my hopes fall through
There’s nothing else I can do
I’m in the red for you
Tonight, tonight

Until my hopes fall through
There’s nothing else I can do I’m in the red for you
Tonight
I’m on a rescue....

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Nós não queremos...


A felicidade de nossos filhos. Nem um mundo melhor. Nem menos hipocrisia. Nem mais liberdade. Queremos apenas que eles sejam quem não fomos porque não quisemos, com a desculpa de não termos tido meios. Os meios ainda estão lá. As mãos ainda dobram os dedos e podem pegar pedras. Então as atiramos contra os nossos, mas não contra os inimigos. Eles são todos imaginários. Fingimos não perceber. Entramos no ciclo da loucura. Deixamos o medo dominar as nossas mentes. Se há algo que se pode aprender com um psicopata é a não ter medo. O medo é praticamente desnecessário quando se tem infinitas possibilidades. Não precimos matar e correr. Podemos viver, sim, podemos viver. No entanto, escolhemos o escuro e a umidade quente da caverna. Não queremos ver a luz, porque é preciso acostumar os olhos. Não queremos acostumar os olhos. A espiral, a espiral, é fácil cair nela. Volte, eu digo. Volte. Ainda há tempo. Eu morrerei antes de ti, já pensaste nisso? Não há nada de errado em buscar a felicidade.

You loved me because I am fragile, and I thought that I was strong.
Agora posso ser frágil e forte. E posso ser tudo que eu quiser.


Tu precisas aceitar que eu não sou a pessoa que tu não foste. Eu sinto muito pela pessoa que tu nao foste. Ela morreu. Ou melhor, foi natimorta. Enterre-a, por favor.

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Carta a Daniel 12


Querido Daniel,
hoje pensei em te atirar na cova, aos leões. Não sei bem o que pretendo com isso. Não sei bem se os leões são de verdade. Talvez sejam gatinhos e eu esteja enxergando mal por causa da chuva e do escuro. Talvez eu ainda veja os mesmos fantasmas de sempre, mesmo que não me assuste mais com suas correntes.
Eu te mandaria uma rosa vermelha, sabes? Mas vais ter de te contentar com uma pedrinha branca. Alba notanda lapillo... Etretat é cheia de pedras brancas, para que todos possam guardar o dia que chegarem lá. Um dia feliz.
Fora isso, beberei vinho todos os dias. E sorrirei. Dessa vez vai ser diferente porque dessa vez eu quero, e é algo para mim, apenas para mim.
Hoje eu gostaria de cortar fora toda a minha pele, com uma lâmina bem afiada. Queria uma pele nova, um olhar novo, um sorriso novo. Mas sei que amanhã estarei novamente confortável comigo mesma. Como está a tua pele, Daniel? Te sentes bem nela?
Agora passo a vê-lo mais como homem, menos como menino. Antes havia algo que me impedia de vê-lo como homem. Era tão só um menino. Bobo como todos os meninos. Não sei dizer o que mudou.
O conflito é a falta de amor, sabias disso? É o não amar. O não amar que ainda me atormenta, às vezes. Eu disse: eu quero te amar. Não sei se isso foi ouvido. Aí as palavras se perdem no vento, talvez percam também o sentido. Talvez tudo, no fim, seja nada.
Um beijo machucado,
C.

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Porque não passaria disso.


Ou, sei lá. Também.
Focalize nos fatos.
E o fato é que isso pode acontecer porque eu realmente não acho nada demais. Talvez outras pessoas achassem big deal, ficassem com raiva, essas mulherzices todas que eu ainda não compreendo na totalidade. Free will, people. Free will. O que importa mesmo é franqueza. Lealdade.
Porque ele canta:

Need not to reach for the stars,
when life becomes so dark
and when the wind
does flow against the grain
you must follow your heart


E eu acho isso: siga seu coração. Brabo é essa esperançazinha idiota. Brabo é o reforço negativo. Sim, eu preciso, mesmo que não precise. Porque não adianta me dizerem isso, ou aquilo. Não fazem 15 anos que deixei de ser criança e a modernidade chegou, implacável. Só que ela ainda não é à prova de vento, que piada.
Será que eu saberia dizer quem eu sou? Formalmente, materialmente e analiticamente? Tu saberias?
E dê-lhe Rolling Stones. Gimme shelter, will you?
De novo: atenha-se aos fatos. Eu não tenho do que reclamar. Tu tens?
Acabou o papel para escrever cartas. Não sei quando vou ter tempo de comprar. Ficaremos neste hiato, tudo bem?