Querido Daniel, confesso-te que não gostei muito do que me escreveste na última carta. Sabes o quanto ando fragilizada, sensível, talvez "fresca" como me dizem alguns, e mesmo assim pegaste pesado. Sei que pode parecer contradição minha, eu que digo aos quatro ventos o quanto aprecio sinceridade, franqueza. Mas não é. Há momentos, e o momento não era bom, e sabias disso, mesmo assim o fizeste, disseste, escreveste. Fiquei com dor no peito, uma dor fictícia e não menos dolorida. Feriste-me. Chorei e quis morrer. Era tudo verdade, sim, tudo verdadeiramente verdadeiro. Nem por isso menos pungente.
Agora já não dói tanto.
Um parêntese: ele pensa que agora somos amigos. Tu bem o sabes que isso é impossível.
De qualquer forma, meu querido, tenha mais paciência comigo. Tenha mais amor. Só o que te peço. Muito te emprestei meu ombro e agora me tratas assim. Tenha mais paciência, sequer te peço desculpas pelo que achas que eu fiz. No sonho, havia um carro, havia água, havia fuga. Eu não quero mais fugir, mas precisas esperar um pouco mais. Logo, logo, estou aí. Só que demora um pouco mais do que queres, menos do que eu gostaria, ou será que não?
O dia hoje era frio. Não tão frio quanto ontem. Ontem eu não te quis. Hoje, te quero. Amanhã eu olho para outros olhos. Das despedidas e reencontros. Nos desencontramos naquele aeroporto, e eu sabia que era importante. Porque nos dobramos aos caprichos dos outros? Porque tanta leviandade, tanta superficialidade, tanta mentira?
Um umbigo que dói, o buraco na minha carapaça, a ferida que não cicatriza. Espere, te peço. Só isso. Mais paciência. Desculpe pelo mais amor de acima. Sei que me amas. Só mais paciência, então. Meu universo vaza pelo umbigo, podes crer? Chega a ser ridículo.
Existem amantes no Japão? Ou as pessoas vão para lá e descobrem o amor? Eu queria que ela não se apegasse tanto ao que não merece apego. Tenho medo desse futuro que sinaliza separação. Um dia, as pessoas se afastam, e não há nada que possa ser feito.
Outras, creio eu, se aproximam sempre.
Agora já não dói tanto.
Um parêntese: ele pensa que agora somos amigos. Tu bem o sabes que isso é impossível.
De qualquer forma, meu querido, tenha mais paciência comigo. Tenha mais amor. Só o que te peço. Muito te emprestei meu ombro e agora me tratas assim. Tenha mais paciência, sequer te peço desculpas pelo que achas que eu fiz. No sonho, havia um carro, havia água, havia fuga. Eu não quero mais fugir, mas precisas esperar um pouco mais. Logo, logo, estou aí. Só que demora um pouco mais do que queres, menos do que eu gostaria, ou será que não?
O dia hoje era frio. Não tão frio quanto ontem. Ontem eu não te quis. Hoje, te quero. Amanhã eu olho para outros olhos. Das despedidas e reencontros. Nos desencontramos naquele aeroporto, e eu sabia que era importante. Porque nos dobramos aos caprichos dos outros? Porque tanta leviandade, tanta superficialidade, tanta mentira?
Um umbigo que dói, o buraco na minha carapaça, a ferida que não cicatriza. Espere, te peço. Só isso. Mais paciência. Desculpe pelo mais amor de acima. Sei que me amas. Só mais paciência, então. Meu universo vaza pelo umbigo, podes crer? Chega a ser ridículo.
Existem amantes no Japão? Ou as pessoas vão para lá e descobrem o amor? Eu queria que ela não se apegasse tanto ao que não merece apego. Tenho medo desse futuro que sinaliza separação. Um dia, as pessoas se afastam, e não há nada que possa ser feito.
Outras, creio eu, se aproximam sempre.
2 comentários:
JAMAIS vai haver MELHOR out-door
Farei uma camisa com isso, alias.
:)
Nossa..tem certeza que tu criptografa essas cartas da minha mente? Tive aí hoje, na corrida. Pena que não deu de novo para te ver. Parece que temos muito a conversar no nosso futuro café. bjs
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