segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Resenha: O Mágico de Oz - L. Frank Baum

Pasmem! Como eu já havia dito, os sapatos de Dorothy, na verdade, não eram vermelhos! Eram prateados no livro. Muitos butiás rolaram do meu bolso quando descobri.
Passado o choque inicial, prossegui na leitura, que foi imensamente prazerosa. Não é à toa que este livro é um dos maiores clássicos da literatura infantil: é uma delícia! Um conto de fadas moderno, com direito a várias lições de moral nas entrelinhas.
A história todo mundo já deve conhecer, mas não custa repetir: por causa de um tornado, a casa onde Dorothy vive com a Tia Em e o Tio Henry, no Kansas, sai voando pelos ares, levando a menina e seu fiel escudeiro, o cãozinho Toto, para a mágica terra de Oz, o feiticeiro.
Logo ao chegar, Dorothy vira heróina da terra dos Munchkins: a casa dela caiu em cima da Bruxa Má do Leste. Esmagada pela casa, para horror da nossa heróina, menina boa de coração puro, da bruxa sobram apenas os sapatos prateados, que ficam de herança para Dorothy. Os sapatos são mágicos, mas a menina não sabe disso e vai viver muitas aventuras até retornar para casa.
Glinda, a Boa Bruxa do Norte, diz à menina que ela deve procurar a ajuda do grande Oz, um feiticeiro, que poderá fazer com que ela volte para casa. Para chegar até ele, Dorothy deve seguir a estrada de tijolos dourados.
O interessante é que o Kansas de Dorothy é descrito como um lugar todo cinza. Seu tio e sua tia são também pessoas "cinza", que nunca sorriem. Já Oz é um mundo colorido. E isso foi explorado no filme, que começa em sépia e depois usa a tecnologia technicolor para colorir o mundo de Oz.
A terra de Oz é divida em quatro "cantões", por assim dizer. Há a terra dos Munchkins, no Leste. Há a terra da Boa Bruxa do Sul e da Boa Bruxa do Norte, bem como a terra da Bruxa Má do Oeste, a quem Dorothy deve matar para voltar para casa. 
A cidade das Esmeraldas, onde vive o Mágico de Oz, fica no centro disso tudo.
No caminho, Dorothy encontra seus companheiros de viagem: o Espantalho, o Homem de Lata e o Leão Covarde. Eles decidem viajar com ela pois querem pedir a Oz, respectivamente: um cérebro, um coração e coragem.
No livro há personagens e passagens que não estão no filme, como a terra de porcelana, os ratos do campo, e os homens cabeça-de-martelo. É uma pena, porque essas passagens estão recheadas de mensagens nas entrelinhas. Em especial a terra de porcelana, onde todos os habitantes são feitos de porcelana, e se quebram facilmente. Me parece que a mensagem do autor, nessa passagem, foi a de que você não pode se quebrar muito (num sentido psicológico), ou nunca mais será o que era antes. Há uma personagem aqui que representa essa idéia: um palhaço. Segundo a princesa de porcelana, o palhaço não era bem certo de tanto se quebrar.
Há muitas idéias no livro, lições para Dorothy e para as crianças, sobre como encarar o mundo lá fora. 
Há passagens um tanto sanguinárias, como a cena do Homem de Lata cortando a cabeça de um gato gigante para salvar a vida da Rainha dos Ratos do Campo, ou então quando ele mata (também cortando a cabeça) todos os lobos selvagens que a Bruxa Má do Oeste manda atrás de Dorothy e seus amigos.
Dorothy é uma menina boa, que é sempre socorrida e protegida pelos amigos que faz nas terras de Oz, e consegue escapar ilesa de todas as provações que a história do livro lhe impõe. 
Apesar de ter achado o livro melhor, eu continuo amando o filme e acho que a idéia de transformar os sapatos prateados em vermelhos foi genial.
Aliás, a questão dos sapatos é total referência à questão da menina que vira mulher. Os sapatos vermelhos traduzem mais essa idéia.
Como toda fábula, a história fala das vicissitudes de crescer, deixar a infância e os amigos da infância para trás, e entrar na vida adulta. É um belo conto de fadas e aqui você pode lê-lo na íntegra (em inglês).


Esse texto faz parte do projeto de blogagem coletiva Desafio Literário 2011, proposto pelo blog Romance Gracinha. A resenha corresponde ao mês de Janeiro, cujo objetivo é ler um livro de Literatura Infanto-Juvenil.
Confira no blog do desafio as resenhas dos outros participantes para este mês.
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quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Brain x Heart

'All the same', said the Scarecrow, 'I shall ask for brains instead of a heart; for a fool would not know what to do with a heart if he had one'.
'I shall take the heart', returned the Tin Woodman, 'for brains do not make one happy, and happiness is the best thing in the world'.
The Wizard of Oz.

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

O Mágico de Oz

Finalmente comecei a ler o primeiro livro do desafio literário 2011. Para variar, estou lendo vários ao mesmo tempo, tentando, ainda, terminar o On Beauty, que está me exasperando. Ele não é propriamente ruim, mas também não é bom. A impressão que ele me passa é que foi escrito pensando em ser um roteiro de filme televisivo. Total dramalhão.
Agora O Mágico de Oz eu peguei ontem à noite pra ler e descobri que o autor dele escreveu um total de 60 livros! Muitos sobre a fantástica terra de Oz. Mas O Mágico de Oz é o primeiro, e o que fez mais sucesso, um clássico.
E é realmente maravilhoso, daqueles livros delícia de ler. Só não terminei de ler ontem mesmo porque comecei tarde e tinha que ir dormir.

O livro, naturalmente, não é tão parecido com o filme. Ou melhor: o filme é que não é tão parecido com o livro, e isso já se percebe no começo. De início, fiquei sabendo que os sapatos da bruxa, que Dorothy usa durante a história, não eram vermelhos, e sim prateados. Aqui tenho que fazer uma concessão a Victor Fleming, o diretor do também clássico filme, porque a alteração foi realmente ótima. Quem não quer aquele par de sapatos vermelhos que Judy Garland, a Dorothy, usa no filme? Viraram objeto de desejo no mundo todo.
Devo terminar de ler até o final de semana, aí posto a primeira resenha do DL2011. Enquanto isso, bem que o Tim Burton podia regravar o filme, né?

domingo, 23 de janeiro de 2011

Miles per hour

It's just an urge to be happy. Right now. Right this moment. Then you listen to music and you fall in love with some guy's voice. You think he'd make you happy. They say no one can make you happy, but yourself. But you can't. And you don't. And you need.
And I fell happy when I'm with you. But I'm a concept to you. I'm not a person. I'm a character, I'm some kind of façade of myself. I thought you really understood me, but you don't.
And yet, you love me back.
Eventhough you say no. Actually, you never say no. You just imply the no. You expect something from me, which I can't understand and therefore deliver.
I expect something from you, but you're too much of a coward to deliver.
Write me a letter.
Tell me you love me.
Life is too short, and it's getting even shorter. Let's be together. Make things together. Build something.
A LIFE together.

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Hank Moody I love you!



É um romântico. Como não amar?
Chorei aqui. Ele tem toda razão.

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Leituras alheias

Perdi a contagem...
Confesso que não tenho prestado muita atenção.
Outro dia tinha um cara lendo um livro, ele parecia estar se divertindo muito na leitura, mas não consegui ver de jeito nenhum qual era o livro.
Ontem, vi uma mulher lendo o indefectível "Crepúsculo".
Hoje, um cara lendo "Rostos e Gostos da Música Popular Brasileira", de Tárik de Souza.
Eu? Sigo na leitura de On Beauty.
Tenho que pegar O Mágico de Oz pra ler, que é o 1o livro do desafio literário. Vou ver se começo isso hoje ou amanhã.

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Mais leituras alheias em Baires

9 de Julio te extrañamos!

Continuando os livros que andei "pescando" as pessoas lendo por Buenos Aires:

- El Psicoanalista - John Katzenbach;
- Vigiar y Castigar - Michael Focauld;
- Los Huesos de Dios - Leonardo Gori;
- In Other Rooms, Other Wonders - Daniyal Mueenuddin;
- Amsterdam - Ian McEwan;
- Minha Vida - Charles Chaplin;
- El Símbolo Perdido - Dan Brown.

Com esses encerro o leituras alheias em terras argentinas. Vamos voltar pros ônibus de Porto Alegre.

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Leituras alheias em Buenos Aires

Tenho tentado ver o que as pessoas andam lendo por aqui. Claro, tem gente do mundo inteiro, então não há só livros em espanhol.
Segue a listinha desde 02.01.11:

- Karin Fossum - Se deg ikke tilbake!
- Jack Kerouak - Os subterrâneos
- H.D.F. Kitto - Los Griegos
- Milan Kundera - La Inmortalidad
- Alan Pauls - El Pasado
- Enrique Mariscal - Cuentos para regalar
- Louis de Bernieres - Birds without wings
- Fedor Dostoiweski - Los Hermanos Karamazov (escrevi o nome do autor como escrevem os argentinos)
- James Patterson - I, Alex Cross

E eu continuo no On Beauty, da Zadie Smith. Continua chato.
Comprei hoje "Historia Universal de la Infamia", de Jorge Luis Borges. Pretendo lê-lo em breve.
E tem livro novo do Gabo por aqui, acho que vou comprar.