domingo, 30 de novembro de 2008

E amanhã...


... eis que chega primeiro de dezembro, o primeiro dia, do último mês do ano. Começa a dar aquela vontade de fazer retrospectiva, de olhar pra trás, de olhar pra frente, o que passou, o que virá, o que ainda está, o que deve continuar, o que deve acabar...
2008 foi punk. Em vários sentidos. Foi um ano em que a minha vida virou reflexo da modernidade: sem tempo pra nada. E, ao mesmo tempo, tendo que fazer tudo. Não teve nenhuma parada, tive férias, mas não tive momentos de quietude, nem de reflexão. A reflexão foi forçada mesmo, na terapia, fora isso, não consigo parar, tenho mil coisas pra fazer, pra pensar... ufa. Talvez por isso, a minha meta, pro recesso a.k.a. férias coletivas, é dar uma parada, pra pensar mesmo.
Claro, considerando que estarei em São Paulo no período, e vou até fazer um filme por lá, talvez isso vá ser difícil, mas é o que pretendo fazer.
Porque chega um momento em que você tem que saber que parte de você deve ser deixada para trás...

Queime depois de ler


Assisti hoje e adorei. O novo filme dos irmãos Cohen é um barato! Divertidíssimo! O Brad Pitt é um palhaço e tá engraçadíssimo nesse filme, como um personal trainer burro e metido a esperto. Quem não viu, tem de ver!

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

O Africano - JMG Le Clézio


Então que eu tinha lido umas 5 páginas do Disgrace, do Coetzee, e daí peguei o I-Ching, o Livro das Mutações, e li um dos prefácios e daí passei para História do Pranto, do Alan Pauls e daí que peguei o Livro das Perguntas, do Neruda e aí que comecei a ler O Africano, de Le Clézio, e resolvi ir até o final. Livro fino, pungente, com fotos de época. Livro sobre a África antes de ela ser a África que eu conheci na infância pela tv (Apartheid, Somália e por aí vai) e antes de ser a África que é hoje: aids, pobreza extrema, guerras civis, maldades grotescas e muitas vezes inimagináveis e muita ganância explorando um povo que já nasce explorado.
Uma África de liberdade e descoberta. Uma África de natureza e beleza. Uma África de agricultores e ignorância que protege e traz felicidade.
Embora seja curta a narrativa, traz todo um sentimento de aventura, de explorar o desconhecido, e de como a vida acaba por tornar as pessoas duras. No caso, o pai do Autor. É quase um romance autobiográfico, mas centrado na pessoa do pai do Autor e nos anos em que viveu no continente africano. Vale pela parte histórica, e também pela descrição de sentimentos e sensações que o Autor passa.
Aliás, uma só frase vale por todo o livro: "Era tarde demais, não se recupera o tempo, nem sequer em sonhos".

domingo, 23 de novembro de 2008

Tom Welling 2008, A pedidos.


Essa é da nova temporada, mas não sei de quando é.

Essa foto é de maio desse ano, foi a mais recente que consegui achar.

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Música boa, companhia boa...


Eu desejo o mesmo pra você, eu não sou sua inimiga. Pense o que quiser. Eu não sou sua inimiga. A verdade é que a vida é curta demais, não perca tempo comigo, não perca tempo com aquilo que você diz que não lhe importa, a vida é curta demais. Eu queria que você tivesse grandes amigas como eu tenho. Grandes amigas mesmo. De confissões, de medos, de coragem, de amor, de ódio, de tudo. Aquelas com quem tu compartilhas a alma. E se eu te escrevo isso, é porque gosto de você. Te vejo como uma criança, alguém que está apenas aprendendo, começando, tateando. Been there, done that, um dia talvez tu vás pro exterior, um dia talvez tu vás além. Enquanto isso, perdoa os soluços dele, perdoa o mau humor, ri de ti mesma, porque a vida é curta, curta, curta, e até quando a gente quer acertar, a gente erra. Eu bebo muita cerveja, rio de mim mesma, ouço música e desejo, desejo tudo de bom que há no mundo, pra mim e pra ti, porque o mundo é grande, o mundo é cheio de coisas belas, pessoas boas e amor. Amor acima de tudo, amor que me fez comprar camisetas iguais pra mim e pro meu namorado, amor que é o que me faz perdoar quem precisa do meu perdão, amor que me faz amar quem me ama, amor que me leva adiante, amor que me faz amar ainda mais aquele que soluça na minha frente, amor que me faz amar ainda mais essas crianças minhas e querer muito uma criança minha (por pouco tempo, mas ainda assim, minha), amor que me leva pra frente, que me move, que me faz desejar, pensar, vislumbrar.... amor no coração, amiga, amor no coração. Amo-te, amiga, amo-te, amor, amo-te, amigo, amo-te, mãe, amo-te, irmão, amo-te, irmã. Pai, um dia te perdôo, juro.

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Miau!



Passarão, passarinho, catwoman gonna eat 'em all.

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Colírio!! Este é um super homem mesmo!

Dá pra acreditar que este




já foi ele??



Com vocês, Tom Welling, o gatíssimo Superman, de Smallville.

Divã cura perebas?


Em tempos nos quais a informação multiplica-se exponencialmente (veja aqui), e tudo é muito, muito rápido, e três das advogadas aqui do escritório fazem terapia (eu uma delas), fora as várias amigas que fazem terapia (quase todas, a bem da verdade), tendo Jojô afirmado que o divã tudo cura, eu pergunto: cura pereba?
Brincadeira a parte (tendo em vista que semana passada, resultado do estresse dos últimos meses, estourou no meu lábio superior uma herpes monstra), divã ajuda a curar muitas coisas, claro. Fazemos terapia tentando ser melhores. Em quê, exatamente, ainda não descobri. Nevertheless, melhores. Ou tentamos sofrer menos, também. Às vezes eu tenho a sensação de não sair do lugar na terapia, voltar sempre pro mesmo ponto, pros mesmos assuntos... coisas que talvez eu venha tentando digerir há anos, sem muito sucesso. Isso me irrita. Deve fazer parte do processo, talvez a cada retorno eu cave mais um pouquinho, um pouquinho mais fundo, pra ver se chego no âmago da coisa. Atrás de teias de aranha, sujeira e medo, tem um coração que bate. Sujeira é aquele lixo dos outros, quase ancestral, ao qual vamos acrescentando o nosso lixo. E aí, o que fazer com tudo isso? Conselho do baú da fortuna: para atrair coisas boas, primeiro devemos nos livrar das ruins. Certo, comofas? Por via das dúvidas, incenso de limão.
Talvez sejamos nós mesmos, ao mesmo tempo, nosso gato e rato. Freud talvez explique. Será?

domingo, 16 de novembro de 2008

Turquia das praias azuis...


Sonho muito louco e que se passou em vários lugares: São Paulo, Brasília, Nova Iórque (tudo bem, nesses 3 lugares eu estive esse ano) e na Turquia (país que eu quero muito conhecer). O sonho não foi muito bom, porque tinha uma criancinha fofa que estava em perigo e que eu tentava salvar de todos os jeitos. Teve loja de cosméticos e uma van cheia de mulheres de óculos metidas a besta, criticando uma pessoa que elas não conhecem. Depois a Turquia. Onde havia um lago azul, de água cristalina, absolutamente lindo, e uma escada que entrada na água, feita de pedra negra. E lá eu nadava e fazia muito calor. Sonhei também com um apartamento lindo, que volta e meia aparece nos meus sonhos, é onde eu vou morar, espero que em breve. Lindo, amplo, ensolarado, com uma cozinha enorme de janelas grandes.
E nada do meu batom vermelho da Clinique chegar. Saco. Nem as camisetas que comprei. A feira do livro acaba hoje e rendeu dois happy hours divertidos, uns poucos livros (2 que dei de presente, e o I Ching e Papel Manteiga, que é bem legalzinho e tem umas receitinhas que parecem ótimas), e muita balbúrdia e aglomeração na praça. Esse ano achei a feira menos movimentada do que no ano passado, e também não vi muitas ofertas. Bem mais fácil e barato comprar pelo site da Saraiva ou da Cultura, vamos combinar. A feira, claro, é sempre movimentada, mas achei mesmo que ano passado teve mais gente. Enfim... hoje é o último dia, então se você ainda não foi, corre lá.
Ontem trabalhei o dia inteiro, ninguém merece. Mutirão sexta e sábado pra colocar em ordem nosso arquivo. Muito trabalho. Eu consegui revisar 50 pastas em dois dias e eram 180 pastas para cada um... sem condições total. Pelo menos algumas coisas foram enviadas para o arquivo morto, outras vamos dar uma agilizada, e colocamos coisas em dia, que estavam paradas há horas. Foi um começo. E ontem pelo menos teve milkshake da best food, porque senão não dava.
E só tem hoje de folga, amanhã de volta ao batente. Oh, Lord.

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Homem lindo e gostoso!


Foi por acaso, de tanto virem parar aqui procurando pelo Top 10 homens lindos e gostosos, que descobri a existência desse homem grego que, valha-me Deus!, vá ser lindo assim no inferno!
Grego! Vocês têm noção???
Para quem sabe ler grego, vá aqui.
Para quem quer ouvir, vá aqui.
Sakis Rouvas nasceu na Grécia, em 1972. Iniciou a carreira de cantor pop em 1991. Mas nada disso importa...

Já conhece a Sigma MakeUp?

Já conhece as maquiagens da Lime Crime? Descubra!


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terça-feira, 11 de novembro de 2008

A mutação é a imutabilidade


Nunca as mesmas flores, sempre a primavera.
Comprei o I-Ching, Livro das Mutações, na Feira do Livro no domingo. O post do GD atiçou ainda mais a curiosidade que eu já tinha sobre esse livro. Procurei-o há umas duas semanas atrás, e não o encontrei, também na Feira. Domingo, ele me achou (praticamente). E daí tive que comprá-lo.
Somente ontem à noite resolvi começar a ler. Estou bem no comecinho, mas como boa brasileira que sou, consultei o oráculo da maneira mais fácil: sem fazer perguntas, apenas abri o livro aleatoriamente.
E o resultado foi bem interessante.
A Estagnação: Pessoas más não favorecem a perseverança do homem superior. O grande parte; o pequeno se aproxima.
Para se pensar.

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Oremos


Senhor, nessa segunda-feira cinza, não me considere blasfema por usar o blog para fazer esta oração. Por favor, abencoe todos aqueles que eu amo. Abencoe todas as crianças do mundo porque elas enchem a vida de beleza e alegria, proteja-as de todo o mal. Que possamos viver num mundo mais tranqüilo, que as pessoas recuperem o espírito natalino de compaixão e amor e vivam assim durante todo o ano, e não só nessa época. Que a solidariedade e a compreensão sejam valores resgatados e postos em prática todos os dias. Que eu possa perdoar, que eu possa esquecer, que eu possa me libertar de toda e qualquer angústia. Que eu possa acreditar na verdade, na justiça, no amor. Que possamos todos acreditar. E ter fé. E esperança. Obrigada.

Lord, grant me patience to bear the things I cannot change, courage to change the things I can, and wisdom to know the difference.

domingo, 9 de novembro de 2008

The Perishers

E por onde andará o espírito natalino? Filosofias com Carolita.


Andei descobrindo umas coisinhas musicais muito boas, como The Perishers, Jonna Lee, Róisín Murphy (ontem Miss Flag falou-me sobre ela, e fazia tempo que eu não ouvia), dentre outras coisas, graças ao Last.fm. Não tenho conseguido baixar muita coisa, esse é o problema, mas a rádio desse blog e a rádio do last.fm quebram bem o galho.

Adorei essa música, because it fit me.

Promise to get well soon
To feel much better soon
when I come back in june
you'll still be around
get well soon

late november somethings wrong
you've kept it secret way too long
theres not much anyone can do
from here on in its up to you
I wish it wouldnt
but you know
the show goes on, I have to go

Promise to get well soon
To feel much better soon
when I come back in june
you'll still be around
get well soon

Can you feel it, is it true?
Is something gone inside of you
Wish there was something I could do
From here on in, its all to you
I dearly wish it wasnt so
But life goes on, I have to go..

Promise to get well soon
To feel much better soon
when I come back in june
you'll stillbe around
get well soon

You'll get well soon
Just get well soon

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

Christmas' all around us...


E então que estamos, finalmente, no fim do ano. Mais um pouquinho e puff... 2008 acabou (Graças a Deus, dirão alguns e, provavelmente, até eu). Decorações natalinas por toda a parte. Eu já disse que eu adoro o Natal? Disse, eu sei. Gosto mesmo. Adoro decorações natalinas, comidas natalinas, amigos secretos, todas essas coisas de final de ano.
Anos passados, a essas alturas, eu já tinha feito minhas listas de presentes e cartões (sim, sempre mandei cartões de Natal pelo correio). Mas, esse ano, não fiz. E acho que não vou fazer. Vou comprar presente pra mim mesma. Pro amigo secreto do escri. E algo mais que rolar. Quem sabe aquele tradicional amigo secreto de amigas secretas que eu sempre organizo e gosto tanto. Champanharia, que faz eras que não vou.
Ouvindo Stepping Stone da Duffy e querendo dançar coladinho. Justo eu, descoordenada.
Pensava eu ontem, numa noite ruim, ruim, que a depressão era como a peste negra, insidiosa, quando você menos espera, sente-se o lixo, do lixo, do lixo e nem sabe como chegou naquele fundo de poço. E ontem eu enchi, enchi, o saco de quem me ama. E hoje acordei bem. Porque a depressão também é assim, pode ir embora de uma hora para outra. Eu, na verdade, não andava bem deprimida, era mais angustiada, sem eira nem beira. Daí eu li o maravilhoso Alice in Wonderland, uns pedaços e a parte do Cheshire cat, que meu amigo me disse: lê e tu vai entender.


So she set the little creature down, and felt quite relieved to see it trot away quietly into the wood. 'If it had grown up,' she said to herself, 'it would have made a dreadfully ugly child: but it makes rather a handsome pig, I think.' And she began thinking over other children she knew, who might do very well as pigs, and was just saying to herself, 'if one only knew the right way to change them--' when she was a little startled by seeing the Cheshire Cat sitting on a bough of a tree a few yards off.
The Cat only grinned when it saw Alice. It looked good-natured, she thought: still it had very long claws and a great many teeth, so she felt that it ought to be treated with respect.
'Cheshire Puss,' she began, rather timidly, as she did not at all know whether it would like the name: however, it only grinned a little wider. 'Come, it's pleased so far,' thought Alice, and she went on. 'Would you tell me, please, which way I ought to go from here?'
'That depends a good deal on where you want to get to,' said the Cat.
'I don't much care where--' said Alice.
'Then it doesn't matter which way you go,' said the Cat.
'--so long as I get somewhere,' Alice added as an explanation.
'Oh, you're sure to do that,' said the Cat, 'if you only walk long enough.'

Entenderam? Eu entendi. E hoje acordei melhor, bem melhor. Apesar do trabalho estressante, do cansaço, das noites mal dormidas. O ano deve acabar, porque certas coisas devem acabar, para que coisas novas comecem. Então o verão parece finalmente ter chegado e isso me faz sentir bem. Senti vontade de visitar uma amiga e tomar chimarrão e fui. Final de tarde ótimo. Uma leveza que há tempos eu não sentia. Nuvem negra foi embora. Thank God. Semana que vem, só coisa boa.

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Preciso me encontrar - Cartola


Deixe-me ir
Preciso andar
Vou por aí a procurar
Rir prá não chorar
Deixe-me ir
Preciso andar
Vou por aí a procurar
Rir prá não chorar...

Quero assistir ao sol nascer
Ver as águas dos rios correr
Ouvir os pássaros cantar
Eu quero nascer
Quero viver...

Deixe-me ir
Preciso andar
Vou por aí a procurar
Rir prá não chorar
Se alguém por mim perguntar
Diga que eu só vou voltar
Depois que me encontrar...

Quero assistir ao sol nascer
Ver as águas dos rios correr
Ouvir os pássaros cantar
Eu quero nascer
Quero viver...

Deixe-me ir
Preciso andar
Vou por aí a procurar
Rir prá não chorar...

Deixe-me ir preciso andar
Vou por aí a procurar
Sorrir prá não chorar
Deixe-me ir preciso andar
Vou por aí a procurar
Rir prá não chorar...

(E pensar que eu, adolescente ignorante, dizia que não gostava de samba...)

2009 uma odisséia que ainda nem começou


Se eu sobreviver até o ano que vem...
Ando colocando 2009 nas datas de quase todas as petições que faço. Sinal de que quero que o ano acabe logo? Bem provável.

Once


Just once, just once.
Once upon a time.
Então ele me disse pra ler o diálogo de Alice com o gato (Cheshire cat), que vai me fazer entender, entender. Comprei a obra completa de Lewis Carrol, no original, com ilustrações e sequer olhei pro livro. Ao menos terminei o Borges. Li duas páginas de Disgrace. Aguardo ansiosa meus livrinhos da Cosac Naify chegarem. Minha Elle de outubro que não veio.
Finalmente sonhei com ele. Um sonho de briga, claro. Discussão, desentendimento. Finalmente sonhei com ele depois de meses.
Precisava de algo pra me alegrar nessa manhã cinza e descobri The Aquabats e seu ska cômico. Pensei em algo que devia fazer hoje e realmente fiz. Nada demais, apenas mandar um e-mail. Uma coisa de cada vez, não? Um dia de cada vez, um passo de cada vez.
Como ele disse: não faria diferença. Não faria, não fez, não fará.
Azeda e cortante eu ando, como uma bala azedinha. Saudades de cinema e balas. Saudades de cinema, balas e risadas. Eu só queria ser adulta e ser adulta é esse lixo todo. E depois me convenci de que, realmente, certas coisas nunca mais serão as mesmas. A isso as pessoas chamam fases.
Saudades de Curtindo a vida adoidado, eu precisava de um dia de Ferris. Save Ferris, save Ferris! Ou de férias. De novo.
Gente, há eras que eu não vou ao cinema. Não vi Ensaio sobre a Cegueira, não vi nada. Acho que hoje eu vou tirar o Once pra ver em casa. Ontem perdi um tempão configurando o anti vírus do note e recuperando minha senha do hotmail, que alguém conseguiu trocar. Ódio.
Meu colega disse que não gosta de pessoas que odeiam. Eu odeio, odeio, odeioooooo... mas adoro ele, meu maninho, o Júnior... hahahaha total "no sense" como disse a radialista ontem... e comprei o batom vermelho. Espero que seja vermelho do tom que eu penso que é.
Desisti de ir no show do REM. Até que meus prazos estão em dia, então aproveitarei para resgatar o tanto que ainda está para trás.
O que a gente deveria esperar de um relacionamento? O que a gente deveria esperar de todos os relacionamentos?
Eu sei que o que mais move é o interlocutor oculto. Dá prazer pensar em alguém que te assiste à distância. Pensar que alguém te observa. Mórbido? Fetichista? Pode ser. Quem entende mesmo o que agrada às pessoas? Fato é: agrada. Fato é: mobiliza. Como mudar isso? Descubra.

Somewhere over the rainbow


It's where I wanna be.

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Imagens do dia


terça-feira, 4 de novembro de 2008

To Mick - MPH

Can you please say at least hello to me?

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Só por hoje...


Como nos alcóolicos anônimos: só por hoje, não beberei. Só por hoje. Só por hoje. Não vou me precipitar, vou dar crédito ao horóscopo sinistro, vou acreditar no I-Ching do Personare, vou ouvir essas músicas romantiquinhas e pensar que são apenas músicas, como tantas outras coisas são apenas tantas outras coisas e pensar que amanhã é terça e eu tenho terapia e o vigia do prédio deve me odiar cada vez mais, porque a psiqui fica comigo além do horário, porque eu sei que além de paciente sou entretenimento...
Só por hoje vou fingir que a distância espiritual é apenas física. Só por hoje vou fingir que não me importo. Só por hoje vou fingir que queria ir trabalhar amanhã. Vejam bem, não é meu trabalho, é apenas uma falta de vontade de colocar o nariz na rua. Já conseguem ver a imagem em suas mentes? Goldie Hawn em A Morte lhe Cai Bem... gorda, rodeada de gatos no apartamento minúsculo, enchendo a cara de sorvete... não, esqueça, essa não sou eu. Nem serei eu. Mas só por hoje essa posso ser eu. Só por hoje eu posso ser loira pagodeira. Só por hoje eu posso ser qualquer pessoa além de mim, além da infância, além daquilo tudo que me faz carcaça de mim mesma. Tudo aquilo que me consome e que eu não consigo arrancar. O fim foi só o começo. Todo fim é um começo vocês dirão. Mas eu acho que não. Só por hoje, só alguns. E o fato dessa música tocar tão insistentemente me diz que há um significado. Eu só não entendo. E só por hoje vou fingir que não quero entender.
(They'll see us waving from such great heights... but everything looks perfect from far away...)

domingo, 2 de novembro de 2008

a escrita do deus


"Um homem se confunde, gradualmente, com a forma de seu destino; um homem é, afinal, suas circunstâncias".
"No firmamento há mudança. A montanha e a estrela são indivíduos e os indivíduos caducam".
"Julgou intuir, obscuramente, que o passado é a substância de que é feito o tempo; por isso é que este se torna passado imediatamente".

Trechos esparsos de O Aleph, de Borges.

E eu apenas sou. Uma pessoa como tantas outras que sorri pouco nos últimos tempos. Não que tenha me tornado uma pessoa triste. É apenas um momento de introspecção. Não consigo achar tudo isso de especial que outras pessoas acham em si mesmas.
Mas não sou mais aquela que era. Não és mais aquela que eras. Não nos reconhecemos mais. E não porque meu rosto tenha mudado, ou minha voz se tenha calado, ainda não tenho rugas nas mãos, mas nos sabemos mais velhas. E nem por isso mais sábias. Tu não te enxergas mais no reflexo dos meus olhos porque meu olhar mudou. Eu vejo que mudou e não sei dizer como mudou. Havia uma semelhança entre nós que nos aproximava e que virou diferença, que nos afasta. Ou talvez, finalmente, tenhamos ficado tão iguais que isso seja o que nos repele.
As coisas mundanas me atraem cada vez menos e eu represento isso em atos de consumismo puro. Não que eu queira todas essas coisas, muito menos que precise delas, o consumir é, estranhamente, um ato de desprendimento. Nada importa. Ainda somos e vivemos como nossos pais e isso me faz chorar lágrimas de sangue. Os líderes estão todos mortos. Existem mitos e, mitos que são, são todos falsos. Ou apenas falácias. Mil e uma noites. De vazio e insônia, embora eu consiga dormir, embora eu durma cada vez mais (mas apenas aos fins de semana, pois durante a semana sou escrava). És escrava, mais ainda do que eu. Pensas que tens as rédeas de um destino que não te pertence e que te comanda através de subterfúgios divinos. Ou diabólicos. Não seria, pois, o Diabo, o Mr. Hyde de Deus? (Já questionava Mário Quintana) Uma única moeda tem duas faces assim como tu tens duas faces e fazes crer que oferece-as para aquele que te agride, quando na verdade o que fazes é revidar, e sempre da pior maneira. A verdade é que nada disso seria realmente importante para ti se houvesse o que fosse realmente importante para ti. Ou para mim.
No momento eu apenas não consigo querer, quando o querer é o que nos move. Te move. Me move. Não me movo. Não consigo. Na verdade, o que eu quero é bem simples, e chama-se ausência. Quero estar ausente. De mim e do mundo. Especialmente do mundo. Um voltar-se para dentro. Abrir os olhos e primeiro ver o sangue, tanto sangue dentro de mim mesma, e depois enxergar o que há de luz e de escuridão neste corpo que é meu por essa vida, apenas. O meu corpo, um corpo perfeitamente perfeito que Deus me deu e que eu não cuido da maneira amorosa como deveria. Não cuidamos todos. Fazemos do corpo um receptáculo de tudo aquilo de ruim que dizemos não querer. E, no entanto, aparentemente, queremos.
Não há capim cheiroso que cure o mau hálito da maledicência. Não há amaciante que torne menos calejadas as mãos daqueles que juntam as pedras do chão. Os cães ladram e a caravana mata-os. Apedreja-os. Impede-os de serem aquilo que são. Impede-os de cumprirem os desígnios de Deus. Ou de Alá. Embora exista apenas um Deus. O UM Deus. Ou a inexistência de toda e qualquer deidade.
Fato é que de mistérios o mundo anda em falta.